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Marcos 12 Comentário

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Marcos 12:1-11 explicação

Jesus compartilha esta parábola para revelar a rejeição persistente dos mensageiros de Deus e, finalmente, do próprio Filho de Deus, mas também para proclamar o plano soberano de Deus em exaltar o Salvador rejeitado como a pedra angular de Seu reino.

Marcos 12:12 significado

Líderes religiosos planejaram secretamente silenciar Jesus, mas o medo do povo os fez parar e ir embora.

Jesus expõe motivos hipócritas, afirma a legitimidade do pagamento de impostos e lembra a todos que as coisas de Deus pertencem irrevogavelmente ao Pai que reina acima de tudo.

Jesus corrige a pergunta dos saduceus sobre uma mulher que se casou várias vezes, ensina que o casamento não continuará no céu e afirma a verdade da ressurreição referenciando o relacionamento eterno de Deus com os patriarcas.

A essência da verdadeira fé é amar a Deus supremamente e amar as pessoas sacrificialmente, transcendendo todos os símbolos externos de devoção.

Jesus declara que o Messias é o Senhor de Davi e também seu descendente, revelando a natureza divina de Cristo.

Jesus alerta contra a armadilha destrutiva da hipocrisia, chamando Seus seguidores a buscar humildade e devoção genuína em vez da aprovação das pessoas.

Até mesmo o menor presente, dado por amor ao Senhor, pode superar a maior das ofertas quando brota de um coração entregue e de fé.


Marcos 12 dá continuidade ao ministério de Jesus em Jerusalém durante a última semana antes de Sua crucificação, por volta de 30 d.C. Ele começa contando uma parábola de arrendatários que se recusam a dar ao proprietário o que lhe é devido e chegam a matar o filho amado, enviado para cobrar o que lhe é devido por direito. Jesus compara esses arrendatários aos líderes religiosos que O rejeitaram e conspiram para matá-Lo. Esta parábola ecoa advertências proféticas de todo o Antigo Testamento, ilustrando como o povo escolhido de Deus resistiu repetidamente aos Seus mensageiros, culminando na rejeição do próprio Messias (Isaías 5:1-7).

Um grupo de fariseus e herodianos então desafia Jesus sobre o pagamento de impostos. A pergunta deles — se era lícito pagar impostos a César — visava prendê-lo numa armadilha. Jesus responde dizendo: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Marcos 12:17). Essa resposta demonstra a sabedoria de Jesus em expor a hipocrisia de seus adversários. Também revela o princípio espiritual de reconhecer a autoridade terrena legítima, lembrando-se de que toda a vida pertence, em última análise, a Deus. Nesse período da história, Tibério César (que reinou de 14 a 37 d.C.) governava o Império Romano, e sua moeda trazia sua imagem, reforçando o ponto de Jesus sobre retribuir a cada um o que lhe é devido.

Os saduceus, que negavam a ressurreição, apresentam então um cenário intrigante para testar Jesus. Ele corrige o mal-entendido deles, lembrando-os do poder de Deus e apontando para as Escrituras, afirmando que aqueles que ressuscitam dos mortos “são como anjos no céu” (Marcos 12:25). Imediatamente após essa troca de palavras, um escriba pergunta a Jesus sobre o maior mandamento. Jesus responde citando o Shemá judaico: “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor; amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração... e amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (Marcos 12:29-31), unindo a devoção a Deus e o amor ao próximo, um princípio cumprido e personificado por Cristo (cf. Romanos 13:8-10).

Marcos 12 conclui com Jesus desafiando a compreensão comum do Messias meramente como filho de Davi, demonstrando, a partir das Escrituras, que o Messias também é Senhor de Davi (Marcos 12:35-37). Isso afirma a filiação e a missão divinas de Jesus. No contexto mais amplo do Livro de Marcos — e, de fato, da Bíblia — esse ensinamento destaca que o plano redentor de Deus supera as expectativas políticas da época. Jesus se apresenta como o herdeiro prometido de Davi e o Filho de Deus, fornecendo uma base para a compreensão de Sua morte sacrificial e ressurreição. Marcos 12 enfatiza a necessidade de reconhecer a autoridade de Jesus, amar a Deus de todo o coração e viver em fiel fidelidade ao Seu reino.