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Salmos 11 Comentário

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Salmo 11:1-3 explicação

Esta passagem incentiva a confiança completa no SENHOR como o único refúgio verdadeiro contra ameaças perversas e estruturas morais fracassadas.

Salmo 11:4-7 explicação

Davi afirma a soberania e a justiça de Deus, ressaltando a esperança abundante reservada para aqueles que confiam nele, mesmo quando o mal abunda.


O Salmo 11 é atribuído a Davi, o segundo rei de Israel, que reinou aproximadamente de 1010 a 970 a.C. O salmo começa com uma declaração resoluta de confiança em Deus: “No SENHOR me refugio; como podes dizer à minha alma: ‘Foge como um pássaro para o teu monte’?” (Salmo 11:1). Diante de ameaças e incertezas, Davi se recusa a sucumbir ao medo. Isso transmite um tema central em todo o Livro dos Salmos: os justos encontram sua verdadeira segurança não na força física ou em esquemas, mas no caráter imutável do SENHOR.

A vida de Davi foi marcada por múltiplas provações e perigos, como seu relacionamento tumultuado com o Rei Saul (1 Samuel 18-31) e conflitos com exércitos estrangeiros. Diante desse cenário, o clamor de Davi captura a tensão entre os desafios do mundo real e o chamado para confiar na proteção soberana de Deus. Este salmo ecoa as próprias experiências de Davi ao se esconder no deserto e fugir de situações perigosas, mas também ressalta que a segurança suprema reside no trono de Deus, não em fortalezas terrenas: “O SENHOR está no seu santo templo; o trono do SENHOR está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens” (Salmo 11:4).

Ao destacar que o SENHOR “prova o justo e o ímpio” (Salmo 11:5), o Salmo 11 tanto adverte quanto tranquiliza. A justiça de Deus é perfeita, mas o Seu cuidado também o é, o que significa que nenhuma situação escapa à Sua atenção. Ao longo da narrativa bíblica, essa tensão entre o julgamento de Deus sobre a injustiça e a Sua libertação dos fiéis é recorrente, demonstrando o desejo divino de que a justiça prevaleça no coração do Seu povo. “Porque o SENHOR é justo e ama a justiça; os retos contemplarão o seu rosto” (Salmo 11:7) confirma que Deus recompensa aqueles que depositam sua confiança nEle.

O Salmo 11 ressoa com o restante das Escrituras em seu convite à confiança em Deus em meio às dificuldades. A ideia de “contemplar a Sua face” evoca a esperança suprema dos crentes de estarem em Sua presença, cumprida no Novo Testamento por meio de Jesus, que abriu caminho para a humanidade se aproximar de Deus (Hebreus 10:19-22). Joel, Isaías e outros profetas afirmam que a justiça imutável de Deus exige arrependimento e confiança nEle para a salvação. Nos ensinamentos de Jesus, os crentes são lembrados do cuidado vigilante de Deus sobre eles (Mateus 10:29-31), reforçando a verdade de que, quando enfrentamos a adversidade, nosso verdadeiro refúgio reside na soberania e justiça inabaláveis do SENHOR.