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Significado de Daniel 3:24-27
Nabucodonosor acabara de ordenar a execução de Sadraque, Mesaque e Abedenego. Seu crime fora o de se recusarem a adorar ao ídolo de ouro criado pelo rei. Sua sentença foi serem queimados vivos em uma fornalha ardente. No processo, os soldados que escoltavam aos três judeus são mortos pelo calor das chamas da fornalha.
Agora, Nabucodonosor testemunha algo impressionante. De alguma forma, ele consegue olhara para a fornalha ardente e ver algo incrível. A fornalha parecia oferecer uma visão clara de tudo o que fosse jogado nela. Nabucodonosor vê algo inesperado. Ele fica “espantado” e se levanta “depressa”. Ele questiona seus altos funcionários: "Não foram três homens que lançamos amarrados no meio do fogo?" Ele não consegue acreditar no que vê e então pede aos outros que assistiam ao evento sua perspectiva e explicação. Apenas três homens haviam sido jogados na fornalha para serem executados. Os oficiais confirmam: "Certamente, ó rei". Nabucodonosor expressa o motivo de seu espanto e confusão: "Eis que vejo quatro homens soltos e andando no fogo sem ferimentos." Três homens foram lançados no fogo, mas uma quarta pessoa aparece lá com eles. Por mais incrível que pudesse parecer, nenhum dos homens havia morrido. Eles estavam livres das cordas que os amarravam e caminhavam em liberdade. Mais estranho ainda, o quarto homem, o estranho, era “semelhante a um filho dos deuses”.
Nabucodonosor, um rei politeísta (ele cria em muitos deuses) descreve o que vê de sua perspectiva. Ele faz referência a vários deuses, sem saber a origem daquela intervenção e apenas expressa o que seus olhos testemunham. Logo ele liga os pontos. A quarta pessoa que ele estava vendo no fogo parecia ser um ser espiritual, o representante de um poder sobrenatural. No versículo 28 ele esclarece o que quis dizer com "filho dos deuses", dizendo que um anjo havia sido enviado à fornalha.
O rei se achega à fornalha para investigar e entender o que estava acontecendo. Ele se aproxima da “porta da fornalha”. O calor do fogo parece ter dimunuído neste momento e, portanto, não havia mais ameaça para que observadores se aproximassem. Da forma como estava antes, a intensidade do fogo havia matado aos soldados que escoltavam os prisioneiros. Também é possível que o mesmo poder divino que preservara a Sadraque, Mesaque e Abedenego tenha se expandido para proteger aos que se aproximaram da fornalha, de modo que a glória de Deus pudesse ser revelada aos homens que não acreditavam em Seu poder para salvar a Seus servos.
Não apenas o rei, mas também seus “sátrapas, deputados, governadores e conselheiros” se reúnem para ver aquele evento milagroso. Nabucodonosor, vendo que Sadraque, Mesaque e Abedenego estavam vivos e bem, pede-lhes que deixassem a fornalha: "Saí e vinde”. Nesta frase, o rei reconhece quem havia salvado àqueles homens. O Deus Altíssimo, o Poder sobre todos os poderes, até mesmo sobre o poder do orgulhoso Nabucodonosor e dos muitos deuses aos quais ele adorava. Ele tentou destruir a Sadraque, Mesaque e Abedenego mas o Deus Altíssimo de Israel preservou suas vidas.
Os três judeus saem da fornalha e todos ali reunidos vêem que não apenas eles estavam vivos, mas não havia evidência alguma do fogo. “O fogo não teve poder sobre os seus corpos, nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem sofreram mudança os seus calções, nem por eles tinha passado o cheiro de fogo”. Sadraque, Mesaque e Abedenego estavam exatamente como estavam antes de serem lançados no fogo. O julgamento do rei não havia alterado a aspecto algum deles. Deus os manteve completamente a salvo do fogo.
Em todas as Escrituras, o fogo é usado para representar ao próprio Deus, bem como Seu juízo. Por exemplo, Deus é descrito como "fogo consumidor" (Deuteronômio 4:24; 9:3; Isaías 29:6; 30:30; Hebreus 12:29). Mais tarde no livro de Daniel, veremos que o trono de Deus está cercado por um rio de fogo e que a besta será morta e lançada a nesse fogo (Daniel 7:10, 11). Pode ser que a história dos três judeus transmita a imagem do contraste entre os justos redimidos que habitarão na presença de um Deus que é fogo consumidor em comparação com os não redimidos, que serão consumidos pelo fogo da presença de Deus.