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Significado de Gênesis 18:23-26

Abraão negocia com Deus, tentando poupar as cidades do juízo. Ele não poderia destruir os justos com os pecadores iníquos. Então, ele propõe uma pergunta a Deus: se houver 50 justos na cidade, Deus pouparia a cidade por causa deles? Deus responde que pouparia toda a cidade se houvesse 50 justos.

Neste ponto, Abraão fala com Deus três vezes (Gênesis 15:2,8, 17:17). Em cada uma das vezes o bem-estar pessoal de Abraão era o tema da conversa. Neste ponto, Abraão demonstra preocupação com seu próximo, demonstrando uma atitude oposta à demonstrada por Sodoma. Abraão responde para além de seus interesses pessoais imediatos. Abraão aproxima-se e diz: "Hás de perder os justos com os ímpios?" Abraão torna-se intercessor por Sodoma diante de Deus. A preocupação de Abraão é se Deus mataria os inocentes junto com os culpados. Ao destruir Sodoma, Deus pode destruir algumas pessoas justas junto com os ímpios. Esta foi a segunda vez que Abraão interveio por seus parentes (Gênesis 14:11-12, 14-16).

Abraão pede ao Senhor em nome de Sodoma (Hebreus 7:23-26). Ele propõe que, se houvesse cinquenta justos dentro da cidade, Deus deveria isentar toda a cidade da destruição. Abraão pede a Deus por Sua misericórdia divina, algo que se torna um padrão para outros intercessores (1 Samuel 7:5-9, 12:19-25; 2 Reis 4:33, 6:15-20; Êxodo 32:11-13,31-34, 33:12-15;  Números 12:11-13, 14:13-19). Abraão provavelmente conduziu essa negociação como negociava profissionalmente. Uma vez que Abraão era próspero, não é de se surpreender que ele fosse um excelente comerciante.

Abraão aponta para uma potencial injustiça: “Matarás os justos com os ímpios, de sorte que sejam os justos como os ímpios? Seja isto longe de ti: não fará justiça o Juiz de toda a terra?” As palavras “juiz” e “justiça” transmitem um sentido jurídico que envolve tanto a condenação de culpados quanto a absolvição de inocentes (1 Reis 8:32; Salmos 146:7). Abraão viu um dilema se as cidades fossem destruídas: os inocentes sofreriam e essa não era a ação de um Deus justo. Abraão até mesmo afirma ao SENHOR: Longe de Ti fazer tal coisa, matar os justos com os ímpios, para que os justos e os ímpios sejam tratados da mesma forma. Essa declaração demonstrava que Abraão sabia claramente que estava falando com o SENHOR. Ela também mostra que Abraão conhecia o caráter de Deus. Assim, é apropriado que Abraão tenha sido chamado de amigo de Deus (Tiago 2:23).

Curiosamente, toda a cidade poderia ser poupada caso houvesse uma minoria inocente. Não se tratava mais de um simples apelo à justiça, mas de um chamado à misericórdia de Deus. Abraão era um grande negociador. Deus diz a Abraão que Ele pouparia a todos por conta dos inocentes.

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