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Significado de Gênesis 22:4-8

Os dois servos ficam com os jumentos, enquanto Abraão toma a Isaque, uma faca e a madeira necessária para a oferenda. Enquanto caminham, Isaque pergunta a Abraão o que eles iriam sacrificar. Abraão responde que Deus proveria o cordeiro.

Eles viajam por vários dias. Então, no terceiro dia, Abraão chega ao lugar para onde Deus o havia levado. Ele levantou os olhos e viu o lugar de longe. Não sabemos como Abraão sabia que aquele era o lugar, mas ele claramente sabia. Seus servos não eram mais necessários. Assim, Abraão dispensa os dois homens, dizendo-lhes: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos, voltaremos a vós”. É claro que Abraão esperava retornar com seu filho vivo. Hebreus nos diz que Abraão havia concluído que Deus tinha poder para ressuscitar Isaque dentre os mortos (Hebreus 11:19). Portanto, em um sentido real, todo esse episódio mostra o Senhor testando a disposição de Abraão de obedecê-Lo e de confiar plenamente no Seu poder da ressurreição.

Curiosamente, esta é a primeira ocasião da palavra "adoração" na Bíblia. Isso mostra a grande fé de Abraão em Deus. Abraão creu na promessa de Deus: "Por meio de Isaque será chamada a tua descendência " (Gênesis 21:12b). O futuro da aliança girava em torno de Isaque, mas Deus estava pedindo a Abraão que o sacrificasse. Abraão estava disposto a obedecer a Deus porque cria que Sua promessa seria cumprida, independente das circunstâncias. Ele cria que Deus ressuscitaria Isaque da morte.

Abraão foi imnicialmente justificado na presença de Deus pela fé (Atos 7:1-4; Gênesis 15:6). Sua fé estava em seu coração muito antes de qualquer pessoa poder identificá-la. Porém, agora, Abraão é justificado (contado como justo) na presença de espectadores humanos por causa de suas obras (Tiago 2:21-22). Na verdade, Tiago nos diz que, por suas obras, a fé de Abraã foi "aperfeiçoada" (melhor traduzida como "concluída").

Para ser justificado diante de Deus, Abraão só precisava crer. Tal fé só era visível a Deus. Porém, quando ele colocou sua fé em ação, outras pessoas puderam vê-la. Sua fé mostrou amadurecimento quando Abraão agiu. Sua fé foi revelada em uma expressão exterior de obediência. Sua obediência estava enraizada na fé de que Deus cumpriria Sua promessa por meio de Isaque. É disso que Tiago fala ao dizer que Abraão foi justificado por suas obras; Abraão foi justificado diante dos homens por seus atos visíveis de fé. Desta forma, Abraão foi uma excelente testemunha da fé.

Deixando seus servos para trás, Abraão pegou a madeira do holocausto e a colocou sobre Isaque. Enquanto caminhavam juntos, Isaque levanta uma questão. Claramente ele sabia que eles iriam fazer um sacrifício a Deus, mas ele percebe que não há animal algum para o sacrifício. Isso nos mostra uma série de coisas. Primeiro, que Isaque tinha idade suficiente para ter plena consciência do que estava acontecendo. Segundo, que Isaque tinha idade suficiente para carregar uma quantidade de madeira para o holocausto. Estima-se que a idade de Isaque fosse de aproximadamente 25 anos.

Isaque dirige-se a Abraão: “Meu pai! E Abraão responde: Eis-me aqui, meu filho”. Isaque lista os suprimentos, notando a falta do animal para o sacrifício: “Eis o fogo e a lenha, porém onde está o cordeiro para o holocausto?”

A resposta de Abraão é interessante: “Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho”. Abraão sabia quem seria sacrificado, ou seja, a própria pessoa que fazia a pergunta: Isaque. No entanto, ele não diz abertamente ao filho que iria sacrificá-lo, por razões óbvias. Ele diz que um cordeiro seria o sacrifício, embora soubesse que Isaque era o cordeiro. Abraão atribui a Deus a provisão para o sacrifício, pois era Deus quem havia feito tal pedido a Abraão. Deus seria o provedor do holocausto.

No sacrifício levítico, o próprio ofertante providenciava o animal. Embora Abraão estivesse disposto a sacrificar a seu próprio filho, ele cria que Deus ressuscitaria Isaque dentre os mortos (Hebreus 11:17-19). Deve-se notar que não havia registro de nenhum caso de ressurreição até este momento na história do mundo. Abraão considerava que este problema pertencia a Deus, porque Ele precisaria cumprir Sua promessa em relação aos filhos de Isaque. O cumprimento imediato da resposta confiante de Abraão foi o carneiro no v. 13, mas seu cumprimento final seria o Cordeiro de Deus (João 1:29,36). Abraão cria que tudo ficaria bem no final. Ele oferece seu filho para o sacrifício (prenunciando o sacrifício de Cristo); da mesma forma, Deus oferece Seu próprio filho, a quem Ele amava, pelos pecados do mundo (Mateus 3:17; João 3:14-16).

A resposta de Abraão satisfaz à curiosidade de Isaque, pois a conversa termina ali e os dois seguem juntos.

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