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Significado de Gênesis 8:18-22

Noé, sua família e todos os animais deixam a arca. Noé constrói o primeiro altar e oferece sacrifícios ao Senhor. Deus estava satisfeito com Noé e seus sacrifícios e promete nunca mais amaldiçoar a terra ou destruir aos seres vivos como havia acabado de fazer.

Depois de mais de um ano na arca, os passageiros agora desembarcam. Noé sai, e seus filhos e sua esposa e as esposas de seus filhos com ele. Todos os animais também desembarcam, de todas as espécies. Cada besta, incluindo os répteis e pássaros, tudo o que se move sobre a terra. Todas as criaturas saem da arca.

Noé, então, levanta um altar ao Senhor e sacrifica alguns dos animais limpos. Deus havia ordenado que sete pares de animais limpos fossem levados para a arca (Gênesis 7:2). Assim, quando Noé toma de cada animal limpo e de cada pássaro limpo e oferece holocausto no altar, ele estava oferecendo 1/14 de todos os animais limpos então existentes. Esta foi, portanto, uma oferta incrivelmente relevante. Noé poderia facilmente ter raciocinado que os animais limpos eram preciosos demais para recomeçarem a vida para serem oferecidos em sacrifício. Afinal, a terra era, agora, um ambiente hostil em comparação com o que ele havia conhecido antes. Porém, as ações de Noé deixam claro que sua esperança estava em Deus.

Embora os sacrifícios de adoração fossem conhecidos desde os dias de Caim e Abel, o versículo 20 é a primeira menção na Bíblia de um altar sendo usado para um sacrifício. Um altar era uma estrutura elevada usada para se oferecer sacrifícios. O primeiro ato de Noé depois de deixar a arca foi trazer uma oferta e adorar a Deus através de um sacrifício. Noé começa sua nova temporada de vida com uma adoração espiritual. Um holocausto era uma oferta que deveria subir até a presença de Deus. Na medida em que o sacrifício era consumido pelo fogo, o cheiro e o aroma subiam para Deus, levando com ele a gratidão e a adoração do ofertante.

Este sacrifício representava a devoção completa de Noé ao Senhor. A ascensão da fumaça do holocausto subiu ao céu e o Senhor sentiu seu aroma. O SENHOR, então, diz: "Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, pois a imaginação do coração do homem é má desde a sua mocidade; nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como acabo de fazer. Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite."

O objetivo do dilúvio havia sido alcançado: ele interrompeu a violência do mundo anteriormente existente. Porém, o dilúvio não reverteu a corrupção da vontade e da mente humana. A humanidade não era fundamentalmente diferente do que era antes do dilúvio; ainda havia má intenção no coração do homem desde sua juventude. Não precisamos ensinar nossas crianças a serem egoístas, a dividirem seus brinquedos com outras crianças. No entanto, Deus promete que o mundo seria um ambiente mais estável e produziria um lugar onde a humanidade poderia viver e prosperar. O coração humano poderia continuar instável, mas o mundo de Deus se tornaria regular em seus ciclos.

Através da misericórdia divina, Deus promete nos versículos 21-22 nunca mais amaldiçoar a terra por causa do homem. Esta promessa não remove a maldição de Gênesis 3:17. Deus, entretanto, promete não mais amaldiçoar a terra. Deus também promete não destruir ou eliminar os seres vivos desta mesma maneira novamente. A humanidade poderia novamente produzir a iniquidade descrita em Gênesis 6:5, mas Deus promete nunca mais responder com o mesmo tipo de destruição.

No versículo 22, Deus faz uma promessa notável a respeito da estabilidade cosmológica da terra: “Enquanto durar a terra”. Sabemos que a terra será destruída pelo fogo e transformada em uma nova terra, com um novo céu (Apocalipse 21:1; 2 Pedro 3:7). No entanto, tal destruição e renovação serão diferentes. Não temos detalhes sobre como vão diferir. Porém, uma diferença aparente está na comparação entre o novo e o antigo. A terra depois de Noé parecia ser um ambiente muito inferior de se viver, contrastando com a nova terra que está por vir, que será um lar para toda a criação e é muito superior à terra atual.

A promessa de que o dia, a noite, a colheita e as estações continuariam enquanto durasse a terra tem vastas ramificações cosmológicas. Como a arca havia sido um lugar de segurança e libertação no meio de um mundo perverso, a terra, agora, se torna uma espécie de arca para a humanidade. Deus promete a criação de diferentes estações. As estações seriam causadas pelo equilíbrio delicado da inclinação da terra e a estreita janela dentro da qual a terra gira em torno do sol. Uma pequena mudança perturbaria completamente as estações, ou seja, tornaria a terra inabitável. A vida na terra, neste aspecto, não poderia ser mais frágil! Porém, não precisamos nos preocupar, porque Deus sustenta as estações. Isso é algo pelo qual devemos ter a mesma gratidão de Noé e tomar esta promessa como garantida.

Deus também promete que o dia e a noite não cessarão. Isso significava que Deus estabilizaria a rotação da terra. Mais uma vez, esta é uma promessa incrível, permitindo que a terra seja uma "arca" que preserva a humanidade durantes as diferentes estações da história humana. Tal como acontece com a rotação da terra em torno do sol e sua inclinação, se o giro da terra se alterasse materialmente, isso provavelmente seria calamitoso para a raça humana. Mas, Deus promete sustentar o delicado equilíbrio da terra até que seja hora de uma nova terra ser construída.

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