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Significado de Hebreus 8:6-8

O ministério de Cristo como Sumo Sacerdote é maior que qualquer outro ministério. Os sacerdotes terrenos serviram à Lei e à Antiga Aliança, mas Cristo trouxe uma Nova Aliança, com novas e melhores promessas.

O ministério de Cristo como mediador de uma aliança melhor nos trouxe uma nova aliança promulgada sobre promessas melhores. A palavra “aliança” significa "acordo" ou "contrato". Um contrato humano típico tem, pelo menos, duas partes, onde cada parte concorda em fazer algo pela outra parte. De fato, no direito ocidental, um contrato não é válido a menos que haja uma "contra-prestação", significando que um contrato não é válido a menos que ambos os lados recebam algo de valor. As alianças de Deus são tanto semelhantes quanto diferentes. A "aliança" é diferente porque Deus faz algumas promessas unilaterais – não precisamos fazer nada para que Ele receba benefícios (no caso do sacrifício de Jesus, que expiou os nossos pecados, não somos capazes de fazer nada para devolver um valor equivalente). Deus é nossa herança, não importa o que façamos. Apenas precisamos crer. Porém, algumas das promessas de Deus demandam que façamos algo, como no caso da recompensa da herança. Essa recompensa exige que sejamos fiéis.

A Nova Aliança tem melhores promessas em ambos os aspectos, tanto condicionais quanto incondicionais.

Os sacerdotes terrenos, os levitas, serviram à Antiga Aliança, a Lei do Antigo Testamento. Deus escolheu Israel como Seu povo e incluiu em Sua lei uma porta aberta para qualquer "estrangeiro" que desejasse estar sob a cobertura de Israel. Na verdade, a Bíblia destaca as histórias de Rute e Raabe como duas mulheres estrangeiras que creram no Deus de Israel e foram recompensadas por sua fé.

Deuteronômio 30:16-18 resume a parte condicional da Antiga Aliança: "Se guardares o mandamento que eu hoje te ordeno, de amar a Jeová, teu Deus, de andar nos seus caminhos e de guardar os seus mandamentos, os seus estatutos e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e Jeová, teu Deus, te abençoará na terra na qual tu estás entrando para a possuíres. Porém, se o teu coração se desviar, e tu não quiseres ouvir, mas fores seduzido, e adorares outros deuses, e os servires, declaro-vos hoje que sem falta perecereis. Não prolongareis os vossos dias na terra, para entrar na qual vós ides passar o Jordão, a fim de a possuirdes."

O ponto do autor do livro de Hebreus é que, se a primeira aliança tivesse sido irrepreensível, não haveria necessidade de uma segunda, ou seja, não haveria necessidade de se estabelecer um novo pacto se o primeiro tivesse sido suficiente. A lei tinha sacrifícios que expiavam os pecados, mas essa expiação não era permanente. A lei orientava os israelitas sobre como viver, mas não mudava seus corações. A maior parte do Antigo Testamento fala sobre a rebelião consistente de Israel em relação a Deus, não importava quantas vezes Ele lhes mostrava proteção e misericórdia. Nesta passagem, o apóstolo cita Jeremias 31:31-34, começando no versículo 7, onde Deus declara que, um dia, criaria uma nova aliança com Israel e Judá (os israelitas).

Jesus é, ao mesmo tempo, o líder e o agente desta Nova Aliança. Ele é a pessoa entre nós e Deus. Sua morte expiou nossos pecados para sempre e Seu sangue é o que nos santifica (Hebreus 13:12). A principal diferença entre o novo e o velho está centrada no coração humano. O sacrifício de Jesus expiou os pecados de uma vez por todas e limpou cada pedacinho de culpa na presença de Deus na vida de todos os que crêem. Assim, a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu abriram o caminho para o Espírito Santo, que veio para habitar nos corações daqueles que crêem. É a isso que o autor se refere como um grande mistério, o fato de Jesus estar, agora, dentro de nós.

O apóstolo continuará a citar Jeremias, visando mostrar o contraste entre a Antiga Aliança da lei e a Nova Aliança da graça por meio de Jesus Cristo.

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