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Significado de Mateus 12:33-37

Jesus compartilha uma analogia sobre uma árvore frutífera para mostrar a relação entre as palavras de um homem e seu coração. Ele diz aos fariseus que suas palavras são más porque seu coração é mau. As palavras revelam o coração, para a nossa glória ou vergonha.

Este ensinamento em particular não é encontrado nos relatos do Evangelho, embora seja semelhante em muitos aspectos a Mateus 7:16-20.

Os fariseus tinham acabado de falar contra o Espírito Santo. E depois que Jesus terminou de apontar a seriedade daquela blasfêmia, Ele os repreende pela malignidade em seus corações e pelo descuido de suas palavras. Para mostrar Seu ponto de vista e indicar a relação entre o coração do homem e suas palavras, Jesus apresenta a analogia da árvore boa e seu fruto bom, e da árvore ruim e seu fruto ruim; pois a árvore é conhecida por seu fruto.

A árvore descrita por Jesus é uma árvore frutífera. Cada árvore é conhecida pelo tipo e qualidade dos frutos que produz. Se a árvore produz bons frutos, a árvore é boa. Se a árvore produz frutos ruins, a árvore é ruim. Mas a árvore é a produtora e, portanto, é a causa do fruto, e não o contrário. Vamos aprovar ou desaprovar a árvore pela qualidade de seus frutos. Se uma pessoa deseja colher bons frutos, ela terá que, primeiro, garantir que a árvore é boa. Seria inútil tentar tornar uma árvore boa através de melhorar seus frutos ruins. Nesta analogia, a árvore é o coração do homem. Os frutos da árvore são as palavras que saem da boca do homem. Para falar boas palavras, o coração deve primeiro ser curado.

Depois desta analogia, Jesus repreende aos fariseus. Ele se dirige a eles: Raça de víboras. Este foi o mesmo rótulo usado por João Batista para se referir aos fariseus e saduceus quando estes saíram ao deserto para vê-lo (Mateus 3:7). As víboras são cobras venenosas. As víboras estão associadas ao mal e ao diabo, porque a serpente enganou Eva e ela desobedeceu a Deus. Ao chamar os fariseus de raça de víboras, Jesus os está chamando de filhos do diabo. Há uma ironia na descrição de Jesus. Os fariseus haviam acabado de acusar Jesus de trabalhar no poder de Belzebu, um dos apelidos de Satanás (Mateus 12:24), e agora Jesus chama os fariseus de uma raça de víboras, descendentes da serpente.

Jesus lhes faz uma pergunta retórica: Como podeis, sendo maus, falar o que é bom?  Porque eram maus, eles eram incapazes de dizer o que era bom. Eram árvores ruins com frutos ruins.

Jesus, então, declara o princípio de Sua analogia da árvore frutífera: Pois a boca fala daquilo que está cheio o coração. Assim como o fruto é o produto da árvore, as palavras que procedem da boca do homem são o produto do coração deste homem. Jesus deveria estar com Provérbios 10:11 em mente quando disse essas coisas aos fariseus.

"A boca dos justos é uma fonte de vida, mas a boca dos ímpios esconde a violência." (Provérbios 10:11)

Jesus elabora e explica sua analogia sobre as árvores frutíferas com outra analogia. O homem bom tira do seu tesouro bom o que é bom; e o homem mau tira do seu tesouro mau o que é mau.

As observações de Jesus são uma reminiscência do que Ele havia ensinado sobre os falsos profetas no Sermão da Montanha.

"Você os conhecerá por seus frutos. As uvas não são colhidas de arbustos espinhosos nem figos de cardos, não é? Assim, toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode produzir frutos ruins, nem uma árvore ruim pode produzir bons frutos. Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. Então, os conhecereis pelos seus frutos." (Mateus 7:16-20)

Jesus, então, adverte os fariseus a observarem o que eles dizem. Isso ocorre porque prestaremos contas de cada palavra descuidada no dia do juízo. Assim como toda a humanidade, os fariseus eram responsáveis pelas coisas que diziam, mesmo em  momentos descuidados. Há palavras descuidadas em cada observação que fazemos, cada maldição que proferimos, cada piada feia que contamos, cada comentário que postamos e depois excluímos das mídias sociais, cada palavra que dizemos revela algo do nosso coração. E nossas palavras nos justificarão ou nos condenarão no dia do juízo.

"Se você disser: 'Veja, nós não sabíamos disso', 'Aquele que pesa os corações não considera isso? E Aquele que vela sobre a sua alma não sabe disso? E Ele não retribuirá uma pessoa de acordo com a sua obra?" (Provérbios 24:12)

Mas o ponto principal de Jesus ao dizer tudo isso aos fariseus não é que eles apenas deveriam observar suas palavras; era muito mais importante que eles guardassem seus corações. Nossas palavras são um indicador-chave do que está em nossos corações:

"Vigiai sobre o vosso coração com toda a diligência, pois dele brotam as fontes da vida." (Provérbios 4:23)

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