Jesus afirma o fundamento divino do casamento, enfatizando que a união entre marido e mulher deve ser santa e inquebrável por decisão humana.
Marcos 10:2-9Marcos 10:2-9 commentary começa com: Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus para o pôr à prova e questionaram-no se era lícito ao homem divorciar-se de sua mulher (v. 2). Este encontro provavelmente ocorreu na região a leste do rio Jordão, historicamente conhecida como Pereia, um território que se situava além das fronteiras tradicionais da Judeia. Os fariseus, uma seita judaica influente no primeiro século d.C., abordaram Jesus com uma pergunta que visava a prendê-lo, em vez de obter instruções honestas. A preocupação deles com o divórcio tocava tanto na Lei Mosaica quanto nos debates sociais da época. Por meio deste teste, eles esperavam expor o que acreditavam ser uma falha ou uma posição controversa em Seus ensinamentos.
E, respondendo, disse-lhes: Que vos ordenou Moisés? (v. 3). Aqui, Jesus os direciona de volta às Escrituras e à autoridade de Moisés, o reverenciado líder de Israel, tradicionalmente datado entre os séculos XV e XIII a.C. Ao pedir aos fariseus que se lembrassem da ordem de Moisés, Jesus habilmente muda a conversa para examinar não apenas a tradição, mas também os corações e as motivações por trás dela. Ele ressalta que qualquer debate sobre casamento e divórcio deve começar com o que Deus já disse, e não com interpretações humanas ou conveniências sociais.
Eles disseram: “Moisés permitiu que o homem escrevesse uma certidão de divórcio e a mandasse embora” (v. 4). Os fariseus enfatizam uma disposição encontrada na Lei (ver Deuteronômio 24:1Deuteronômio 24:1 commentary), que permitia ao marido emitir um documento declarando o fim do casamento. Embora a Lei incorporasse tal disposição, ela nunca teve a intenção de ser o ideal. Seu objetivo era regular uma situação decadente e imperfeita, na qual o divórcio já estava acontecendo, em vez de encorajar as pessoas a dissolverem seus casamentos. Isso revela que o pecado e a ruína humana frequentemente ditavam o ambiente no qual a Lei de Deus tinha que se manifestar.
Mas Jesus lhes disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos escreveu este mandamento” (v. 5). Jesus aponta a questão central: a condição do coração humano. Dureza de coração refere-se à teimosia, ao orgulho e à relutância em se submeter aos desígnios de Deus. A lei sobre a certidão de divórcio era uma concessão para proteger cônjuges vulneráveis em uma cultura que frequentemente marginalizava as mulheres. Ao dizer isso, Jesus mostra que a principal razão para a discórdia no casamento reside na recusa das pessoas em seguir o desígnio original de Deus, e não numa falha no próprio plano de Deus.
Mas, desde o princípio da criação, Deus OS FEZ HOMEM E MULHER (v. 6). Aqui, Jesus cita o relato da criação em Gênesis, lembrando aos Seus ouvintes que a humanidade foi criada por Deus de maneira distinta e com um propósito. Jesus aponta para o princípio fundamental de que homens e mulheres compartilham o mesmo valor e devem refletir a imagem de Deus (Gênesis 1:26-27Gênesis 1:26-27 commentary). Ao afirmar esse modelo original, Jesus indica que o casamento foi instituído como uma união complementar e sagrada, destinada a demonstrar o poder criativo e o desígnio amoroso de Deus.
POR ESTA RAZÃO, O HOMEM DEIXARÁ SEU PAI E SUA MÃE (v. 7). Jesus ecoa o mandamento bíblico de que o casamento envolve uma escolha deliberada de formar um novo vínculo familiar. Deixar pai e mãe demonstra uma ruptura com lealdades anteriores e um passo em direção a um compromisso exclusivo com o cônjuge. Cultural e historicamente, essa transição significou maturidade, independência e uma união publicamente reconhecida no antigo Israel. Permanece um princípio atemporal que ressalta a seriedade e a exclusividade do relacionamento conjugal.
E OS DOIS SERÃO UMA SÓ CARNE; assim, já não são dois, mas uma só carne (v. 8). Essa descrição do casamento o eleva além de um mero contrato legal. Nas Escrituras, tornar-se uma só carne significa uma profunda unidade entre marido e mulher: física, emocional e espiritualmente. Jesus afirma que, no desígnio de Deus, o casamento une os corações e as vidas de dois indivíduos em um vínculo profundamente pessoal que não deve ser deixado de lado levianamente ou tratado como descartável. Esse tema ressoa ainda mais no Novo Testamento, pois a união entre marido e mulher prenuncia o relacionamento entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:31-32Efésios 5:31-32 commentary).
Na Judeia do primeiro século, as academias farisaicas de Hillel e Shamai enquadravam o debate público: os discípulos de Hillel liam Deuteronômio 24:1Deuteronômio 24:1 commentary de forma tão ampla que um marido podia dispensar a esposa por qualquer motivo, enquanto a escola de Shamai insistia que o adultério, por si só, justificava o divórcio. Era nessa controvérsia que os fariseus queriam enredar Jesus.
Portanto, o que Deus uniu, não separe o homem (v. 9). Esta declaração destaca que a verdadeira união no casamento é orquestrada pelo próprio Deus, conferindo ao vínculo conjugal uma qualidade e um propósito divinos. Jesus coloca sobre a humanidade a responsabilidade de não separar o que o Criador uniu solenemente. Em vez de ver o divórcio como uma opção casual, Jesus exige um compromisso que modele a fidelidade e a graça infinitas de Deus. Seu ensinamento confronta qualquer cultura ou contexto que trivialize o casamento e lembra os fiéis a defender a sacralidade desta aliança.
Marcos 10:2-9 explicação
Marcos 10:2-9Marcos 10:2-9 commentary começa com: Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus para o pôr à prova e questionaram-no se era lícito ao homem divorciar-se de sua mulher (v. 2). Este encontro provavelmente ocorreu na região a leste do rio Jordão, historicamente conhecida como Pereia, um território que se situava além das fronteiras tradicionais da Judeia. Os fariseus, uma seita judaica influente no primeiro século d.C., abordaram Jesus com uma pergunta que visava a prendê-lo, em vez de obter instruções honestas. A preocupação deles com o divórcio tocava tanto na Lei Mosaica quanto nos debates sociais da época. Por meio deste teste, eles esperavam expor o que acreditavam ser uma falha ou uma posição controversa em Seus ensinamentos.
E, respondendo, disse-lhes: Que vos ordenou Moisés? (v. 3). Aqui, Jesus os direciona de volta às Escrituras e à autoridade de Moisés, o reverenciado líder de Israel, tradicionalmente datado entre os séculos XV e XIII a.C. Ao pedir aos fariseus que se lembrassem da ordem de Moisés, Jesus habilmente muda a conversa para examinar não apenas a tradição, mas também os corações e as motivações por trás dela. Ele ressalta que qualquer debate sobre casamento e divórcio deve começar com o que Deus já disse, e não com interpretações humanas ou conveniências sociais.
Eles disseram: “Moisés permitiu que o homem escrevesse uma certidão de divórcio e a mandasse embora” (v. 4). Os fariseus enfatizam uma disposição encontrada na Lei (ver Deuteronômio 24:1Deuteronômio 24:1 commentary), que permitia ao marido emitir um documento declarando o fim do casamento. Embora a Lei incorporasse tal disposição, ela nunca teve a intenção de ser o ideal. Seu objetivo era regular uma situação decadente e imperfeita, na qual o divórcio já estava acontecendo, em vez de encorajar as pessoas a dissolverem seus casamentos. Isso revela que o pecado e a ruína humana frequentemente ditavam o ambiente no qual a Lei de Deus tinha que se manifestar.
Mas Jesus lhes disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos escreveu este mandamento” (v. 5). Jesus aponta a questão central: a condição do coração humano. Dureza de coração refere-se à teimosia, ao orgulho e à relutância em se submeter aos desígnios de Deus. A lei sobre a certidão de divórcio era uma concessão para proteger cônjuges vulneráveis em uma cultura que frequentemente marginalizava as mulheres. Ao dizer isso, Jesus mostra que a principal razão para a discórdia no casamento reside na recusa das pessoas em seguir o desígnio original de Deus, e não numa falha no próprio plano de Deus.
Mas, desde o princípio da criação, Deus OS FEZ HOMEM E MULHER (v. 6). Aqui, Jesus cita o relato da criação em Gênesis, lembrando aos Seus ouvintes que a humanidade foi criada por Deus de maneira distinta e com um propósito. Jesus aponta para o princípio fundamental de que homens e mulheres compartilham o mesmo valor e devem refletir a imagem de Deus (Gênesis 1:26-27Gênesis 1:26-27 commentary). Ao afirmar esse modelo original, Jesus indica que o casamento foi instituído como uma união complementar e sagrada, destinada a demonstrar o poder criativo e o desígnio amoroso de Deus.
POR ESTA RAZÃO, O HOMEM DEIXARÁ SEU PAI E SUA MÃE (v. 7). Jesus ecoa o mandamento bíblico de que o casamento envolve uma escolha deliberada de formar um novo vínculo familiar. Deixar pai e mãe demonstra uma ruptura com lealdades anteriores e um passo em direção a um compromisso exclusivo com o cônjuge. Cultural e historicamente, essa transição significou maturidade, independência e uma união publicamente reconhecida no antigo Israel. Permanece um princípio atemporal que ressalta a seriedade e a exclusividade do relacionamento conjugal.
E OS DOIS SERÃO UMA SÓ CARNE; assim, já não são dois, mas uma só carne (v. 8). Essa descrição do casamento o eleva além de um mero contrato legal. Nas Escrituras, tornar-se uma só carne significa uma profunda unidade entre marido e mulher: física, emocional e espiritualmente. Jesus afirma que, no desígnio de Deus, o casamento une os corações e as vidas de dois indivíduos em um vínculo profundamente pessoal que não deve ser deixado de lado levianamente ou tratado como descartável. Esse tema ressoa ainda mais no Novo Testamento, pois a união entre marido e mulher prenuncia o relacionamento entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:31-32Efésios 5:31-32 commentary).
Na Judeia do primeiro século, as academias farisaicas de Hillel e Shamai enquadravam o debate público: os discípulos de Hillel liam Deuteronômio 24:1Deuteronômio 24:1 commentary de forma tão ampla que um marido podia dispensar a esposa por qualquer motivo, enquanto a escola de Shamai insistia que o adultério, por si só, justificava o divórcio. Era nessa controvérsia que os fariseus queriam enredar Jesus.
Portanto, o que Deus uniu, não separe o homem (v. 9). Esta declaração destaca que a verdadeira união no casamento é orquestrada pelo próprio Deus, conferindo ao vínculo conjugal uma qualidade e um propósito divinos. Jesus coloca sobre a humanidade a responsabilidade de não separar o que o Criador uniu solenemente. Em vez de ver o divórcio como uma opção casual, Jesus exige um compromisso que modele a fidelidade e a graça infinitas de Deus. Seu ensinamento confronta qualquer cultura ou contexto que trivialize o casamento e lembra os fiéis a defender a sacralidade desta aliança.