A mulher em Betânia ungiu Jesus com um perfume caro, revelando tanto sua devoção a Cristo quanto Seu sacrifício iminente, pois Jesus afirmou suas ações e declarou que ela seria lembrada onde quer que o evangelho fosse pregado.
Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de Simão, o leproso, chegou uma mulher com um vaso de alabastro contendo perfume de nardo puro, de muito preço; quebrou o vaso e o derramou sobre a cabeça de Jesus. (v. 3) Este evento ocorre em Betânia, uma pequena vila a cerca de três quilômetros a leste de Jerusalém, perto do Monte das Oliveiras. Neste ponto da história, provavelmente por volta de 30 d.C., Jesus entrou nos últimos dias de Seu ministério terreno. Betânia havia se tornado um local frequente de ministério e comunhão para Jesus, e a casa de Simão, o leproso, sugere que Simão pode ter sofrido de lepra, possivelmente curado por Jesus.
A mulher se aproxima de Jesus com um frasco de alabastro contendo um perfume caro feito de nardo puro, uma substância frequentemente importada de regiões remotas do Himalaia. O frasco de alabastro teria sido selado para preservar a fragrância do perfume, e quebrá-lo foi um ato de total devoção, entregando todo o seu conteúdo para ungir Jesus. Na cultura daquela época, ungir com perfume caro demonstrava profunda honra e reverência. Sua extravagante demonstração de amor ressalta seu reconhecimento de que Jesus era digno de um presente tão precioso.
Espiritualmente, este momento destaca um coração de adoração focado em Cristo, em vez de expectativas sociais ou cálculos materiais. Eventos semelhantes de unção aparecem nos outros Evangelhos (ver João 12:1-8João 12:1-8 commentary), lembrando-nos de como os atos de devoção a Jesus podem assumir muitas formas, mas cada uma demonstra reverência por sua missão divina.
Mas alguns, indignados, comentavam uns com os outros: Por que este perfume foi desperdiçado? (v. 4) Os espectadores que testemunharam esta unção suntuosa não ficaram todos satisfeitos. Eles viam o uso de um perfume tão caro em Jesus como uma forma de desperdício. A reação deles revela valores moldados mais pela eficiência exterior do que pela adoração humilde.
Em vez de elogiar a mulher por seu grande ato de generosidade, eles se ofenderam. À primeira vista, pode parecer prático questionar o uso de um perfume tão caro em um único momento, mas seu tom indignado ignora a importância de honrar o Filho de Deus em preparação para Seu sacrifício iminente. Isso ressalta a facilidade com que os corações podem perder o significado espiritual mais profundo de uma ação ao se concentrarem apenas no custo material.
Essa resposta também demonstra que mesmo aqueles ao redor de Jesus podem não compreender o Seu valor. O preço do perfume era enorme, mas a mulher compreendeu a necessidade de dar o seu melhor por Cristo. Seu coração devoto contrasta fortemente com as queixas daqueles que questionam suas ações.
Pois este perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, e o dinheiro dado aos pobres. E eles a repreendiam. (v. 5) Um denário no contexto do primeiro século representava o salário de um dia de trabalho de um trabalhador comum. Trezentos denários, essencialmente a renda de quase um ano, era uma quantia impressionante. A reclamação de que o dinheiro poderia ter sido gasto com os pobres pode parecer válida, mas ignora o significado mais profundo por trás da ação da mulher.
O fato de a terem repreendido demonstra como a pressão social pode diminuir atos sagrados de adoração. A repreensão demonstra uma mentalidade que prioriza o serviço terreno em detrimento de um ato de amor que honra o Senhor pessoalmente. Cuidar dos pobres é uma prática virtuosa, frequentemente ordenada nas Escrituras (Deuteronômio 15:11Deuteronômio 15:11 commentary); no entanto, a presença do próprio Jesus justificava uma resposta singular.
Embora os pobres estejam próximos do coração de Deus, este versículo convida a uma reflexão sobre equilíbrio. Dar aos necessitados é importante, mas reverenciar Jesus como o Messias — especialmente nestes momentos finais antes do Seu sofrimento — carrega um significado especial. O ato da mulher reconhece a missão redentora de Cristo, e esse reconhecimento em si é um ato de fé profunda.
Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a incomodais? Ela praticou uma boa ação para comigo. (v. 6) Jesus imediatamente defende a mulher, ignorando as críticas daqueles que não conseguem enxergar a profundidade do seu sacrifício. Essa declaração afirma que seu profundo gesto de devoção não foi equivocado nem um desperdício. Em vez disso, Ele o chama de uma boa ação, honrando seu compromisso e repreendendo aqueles que a castigam.
Ao pedir aos outros que a deixassem em paz, Jesus ressalta Sua aprovação à adoração sincera dela. Ao longo dos séculos, os fiéis têm se consolado com o fato de Jesus ver atos genuínos de amor e devoção, mesmo quando outros a interpretam mal ou a criticam. Em última análise, é a Sua aprovação que importa, pois somente Ele é o Senhor e julga de acordo com os verdadeiros motivos.
Essa repreensão também reflete a terna compaixão de Jesus por aqueles que O servem humildemente. Da mesma forma, Ele demonstra Sua autoridade para defender atos de justiça, revelando Sua posição como Aquele que discerne corretamente o coração. Ao proclamar que a ação dela é boa, Ele estabelece que a adoração intencional e custosa é preciosa aos olhos de Deus.
Pois sempre tendes os pobres convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes o bem; mas a mim nem sempre me tendes. (v. 7) Jesus aborda a objeção deles sobre ajudar os pobres, colocando-a em perspectiva. Certamente, os crentes têm a responsabilidade contínua de cuidar dos necessitados, pois os pobres estarão presentes em todas as gerações. As palavras de Jesus não desvalorizam o altruísmo; em vez disso, enfatizam a singularidade do momento em que se encontram.
A frase "nem sempre me tendes" é uma referência à iminente crucificação e à subsequente partida de Jesus deste mundo em Sua forma física. Este momento em Betânia foi parte da última janela de oportunidade para fazer algo fisicamente tangível por Jesus antes de Sua prisão e morte. O senso de urgência sugere que o tempo que antecedeu Seu sacrifício deve ser valorizado.
Este versículo simultaneamente incita os fiéis a manterem a compaixão pelos pobres, ao mesmo tempo em que reconhece a singularidade da presença encarnada de Cristo. Sempre que ajudamos os pobres, refletimos o coração de Deus, mas este momento histórico extraordinário exigiu uma profunda demonstração de adoração a Jesus, reconhecendo que Ele estava prestes a entregar a Sua vida.
Ela fez o que pôde; ungiu o meu corpo de antemão para o sepultamento. (v. 8) Jesus esclarece o significado profético das ações da mulher. A unção para o sepultamento era uma prática comum naquela época, frequentemente envolvendo especiarias e perfumes. Normalmente, ungia-se um corpo após a morte. Aqui, a unção da mulher prefigura o sepultamento que Jesus sofreria logo após a Sua crucificação.
Seu ato é uma preparação ordenada por Deus para eventos que abalariam o mundo. A menção de Jesus ao sepultamento aponta para a verdade solene de que Ele em breve seria morto na cruz. A mulher pode não ter compreendido completamente os detalhes, mas seu ato estava em harmonia com o plano de Deus, um testemunho final de que Cristo voluntariamente entregaria Sua vida como sacrifício pelo pecado.
A frase "ela fez o que pôde" sugere a plenitude de sua devoção. Não havia mais nada para ela reter; ela aproveitou um momento fugaz, derramando tudo o que tinha em honra ao Senhor. Os fiéis podem se inspirar nessa ousadia para dar o seu melhor, confiando que Deus vê e abençoa tal adoração sincera.
Em verdade vos digo que, em todo o mundo, onde quer que o Evangelho for pregado, o que ela fez também será contado em sua memória (v. 9). Jesus conclui proclamando um forte apoio ao ato dessa mulher. Sua história, ligada às boas novas da morte e ressurreição de Cristo, de fato ecoou por todas as gerações e culturas onde o Evangelho é proclamado.
Esta declaração é notável por sua abrangência — onde quer que o evangelho seja pregado, abrange o globo inteiro. Ela confirma que sua oferta estava tão intimamente ligada à obra salvadora de Jesus que seu exemplo de devoção jamais se perderia. O fato de os leitores ainda refletirem sobre seu ato quase dois milênios depois confirma a veracidade das palavras de Jesus.
Em essência, seu amor e reverência por Cristo criaram um testemunho duradouro de adoração. A generosidade repleta de fé que ela demonstrou ressalta o grau em que os crentes são chamados a pertencer a Jesus de todo o coração. Prenuncia a profundidade do amor e do compromisso que todos os que seguem a Cristo demonstrariam ao proclamar Sua morte e ressurreição ao mundo.
Marcos 14:3-9 explicação
Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de Simão, o leproso, chegou uma mulher com um vaso de alabastro contendo perfume de nardo puro, de muito preço; quebrou o vaso e o derramou sobre a cabeça de Jesus. (v. 3) Este evento ocorre em Betânia, uma pequena vila a cerca de três quilômetros a leste de Jerusalém, perto do Monte das Oliveiras. Neste ponto da história, provavelmente por volta de 30 d.C., Jesus entrou nos últimos dias de Seu ministério terreno. Betânia havia se tornado um local frequente de ministério e comunhão para Jesus, e a casa de Simão, o leproso, sugere que Simão pode ter sofrido de lepra, possivelmente curado por Jesus.
A mulher se aproxima de Jesus com um frasco de alabastro contendo um perfume caro feito de nardo puro, uma substância frequentemente importada de regiões remotas do Himalaia. O frasco de alabastro teria sido selado para preservar a fragrância do perfume, e quebrá-lo foi um ato de total devoção, entregando todo o seu conteúdo para ungir Jesus. Na cultura daquela época, ungir com perfume caro demonstrava profunda honra e reverência. Sua extravagante demonstração de amor ressalta seu reconhecimento de que Jesus era digno de um presente tão precioso.
Espiritualmente, este momento destaca um coração de adoração focado em Cristo, em vez de expectativas sociais ou cálculos materiais. Eventos semelhantes de unção aparecem nos outros Evangelhos (ver João 12:1-8João 12:1-8 commentary), lembrando-nos de como os atos de devoção a Jesus podem assumir muitas formas, mas cada uma demonstra reverência por sua missão divina.
Mas alguns, indignados, comentavam uns com os outros: Por que este perfume foi desperdiçado? (v. 4) Os espectadores que testemunharam esta unção suntuosa não ficaram todos satisfeitos. Eles viam o uso de um perfume tão caro em Jesus como uma forma de desperdício. A reação deles revela valores moldados mais pela eficiência exterior do que pela adoração humilde.
Em vez de elogiar a mulher por seu grande ato de generosidade, eles se ofenderam. À primeira vista, pode parecer prático questionar o uso de um perfume tão caro em um único momento, mas seu tom indignado ignora a importância de honrar o Filho de Deus em preparação para Seu sacrifício iminente. Isso ressalta a facilidade com que os corações podem perder o significado espiritual mais profundo de uma ação ao se concentrarem apenas no custo material.
Essa resposta também demonstra que mesmo aqueles ao redor de Jesus podem não compreender o Seu valor. O preço do perfume era enorme, mas a mulher compreendeu a necessidade de dar o seu melhor por Cristo. Seu coração devoto contrasta fortemente com as queixas daqueles que questionam suas ações.
Pois este perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, e o dinheiro dado aos pobres. E eles a repreendiam. (v. 5) Um denário no contexto do primeiro século representava o salário de um dia de trabalho de um trabalhador comum. Trezentos denários, essencialmente a renda de quase um ano, era uma quantia impressionante. A reclamação de que o dinheiro poderia ter sido gasto com os pobres pode parecer válida, mas ignora o significado mais profundo por trás da ação da mulher.
O fato de a terem repreendido demonstra como a pressão social pode diminuir atos sagrados de adoração. A repreensão demonstra uma mentalidade que prioriza o serviço terreno em detrimento de um ato de amor que honra o Senhor pessoalmente. Cuidar dos pobres é uma prática virtuosa, frequentemente ordenada nas Escrituras (Deuteronômio 15:11Deuteronômio 15:11 commentary); no entanto, a presença do próprio Jesus justificava uma resposta singular.
Embora os pobres estejam próximos do coração de Deus, este versículo convida a uma reflexão sobre equilíbrio. Dar aos necessitados é importante, mas reverenciar Jesus como o Messias — especialmente nestes momentos finais antes do Seu sofrimento — carrega um significado especial. O ato da mulher reconhece a missão redentora de Cristo, e esse reconhecimento em si é um ato de fé profunda.
Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a incomodais? Ela praticou uma boa ação para comigo. (v. 6) Jesus imediatamente defende a mulher, ignorando as críticas daqueles que não conseguem enxergar a profundidade do seu sacrifício. Essa declaração afirma que seu profundo gesto de devoção não foi equivocado nem um desperdício. Em vez disso, Ele o chama de uma boa ação, honrando seu compromisso e repreendendo aqueles que a castigam.
Ao pedir aos outros que a deixassem em paz, Jesus ressalta Sua aprovação à adoração sincera dela. Ao longo dos séculos, os fiéis têm se consolado com o fato de Jesus ver atos genuínos de amor e devoção, mesmo quando outros a interpretam mal ou a criticam. Em última análise, é a Sua aprovação que importa, pois somente Ele é o Senhor e julga de acordo com os verdadeiros motivos.
Essa repreensão também reflete a terna compaixão de Jesus por aqueles que O servem humildemente. Da mesma forma, Ele demonstra Sua autoridade para defender atos de justiça, revelando Sua posição como Aquele que discerne corretamente o coração. Ao proclamar que a ação dela é boa, Ele estabelece que a adoração intencional e custosa é preciosa aos olhos de Deus.
Pois sempre tendes os pobres convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes o bem; mas a mim nem sempre me tendes. (v. 7) Jesus aborda a objeção deles sobre ajudar os pobres, colocando-a em perspectiva. Certamente, os crentes têm a responsabilidade contínua de cuidar dos necessitados, pois os pobres estarão presentes em todas as gerações. As palavras de Jesus não desvalorizam o altruísmo; em vez disso, enfatizam a singularidade do momento em que se encontram.
A frase "nem sempre me tendes" é uma referência à iminente crucificação e à subsequente partida de Jesus deste mundo em Sua forma física. Este momento em Betânia foi parte da última janela de oportunidade para fazer algo fisicamente tangível por Jesus antes de Sua prisão e morte. O senso de urgência sugere que o tempo que antecedeu Seu sacrifício deve ser valorizado.
Este versículo simultaneamente incita os fiéis a manterem a compaixão pelos pobres, ao mesmo tempo em que reconhece a singularidade da presença encarnada de Cristo. Sempre que ajudamos os pobres, refletimos o coração de Deus, mas este momento histórico extraordinário exigiu uma profunda demonstração de adoração a Jesus, reconhecendo que Ele estava prestes a entregar a Sua vida.
Ela fez o que pôde; ungiu o meu corpo de antemão para o sepultamento. (v. 8) Jesus esclarece o significado profético das ações da mulher. A unção para o sepultamento era uma prática comum naquela época, frequentemente envolvendo especiarias e perfumes. Normalmente, ungia-se um corpo após a morte. Aqui, a unção da mulher prefigura o sepultamento que Jesus sofreria logo após a Sua crucificação.
Seu ato é uma preparação ordenada por Deus para eventos que abalariam o mundo. A menção de Jesus ao sepultamento aponta para a verdade solene de que Ele em breve seria morto na cruz. A mulher pode não ter compreendido completamente os detalhes, mas seu ato estava em harmonia com o plano de Deus, um testemunho final de que Cristo voluntariamente entregaria Sua vida como sacrifício pelo pecado.
A frase "ela fez o que pôde" sugere a plenitude de sua devoção. Não havia mais nada para ela reter; ela aproveitou um momento fugaz, derramando tudo o que tinha em honra ao Senhor. Os fiéis podem se inspirar nessa ousadia para dar o seu melhor, confiando que Deus vê e abençoa tal adoração sincera.
Em verdade vos digo que, em todo o mundo, onde quer que o Evangelho for pregado, o que ela fez também será contado em sua memória (v. 9). Jesus conclui proclamando um forte apoio ao ato dessa mulher. Sua história, ligada às boas novas da morte e ressurreição de Cristo, de fato ecoou por todas as gerações e culturas onde o Evangelho é proclamado.
Esta declaração é notável por sua abrangência — onde quer que o evangelho seja pregado, abrange o globo inteiro. Ela confirma que sua oferta estava tão intimamente ligada à obra salvadora de Jesus que seu exemplo de devoção jamais se perderia. O fato de os leitores ainda refletirem sobre seu ato quase dois milênios depois confirma a veracidade das palavras de Jesus.
Em essência, seu amor e reverência por Cristo criaram um testemunho duradouro de adoração. A generosidade repleta de fé que ela demonstrou ressalta o grau em que os crentes são chamados a pertencer a Jesus de todo o coração. Prenuncia a profundidade do amor e do compromisso que todos os que seguem a Cristo demonstrariam ao proclamar Sua morte e ressurreição ao mundo.