O SENHOR anuncia que exporia Nínive e a faria experimentar vergonha e destruição.
Nesta seção, o SENHOR fala como se estivesse falando diretamente a Nínive para anunciar sua derrota. Ele começa com a partícula hebraica "hineh", muitas vezes traduzida como “eis que”.
Deus fala diretamente, dizendo: "Eis que sou contra ti", declara o Senhor dos Exércitos.
A partícula “eis que” geralmente servia para concentrar a atenção na afirmação que a segue. O mensageiro muitas vezes a usava para se concentrar em um evento surpreendente ou inesperado para seus ouvintes. Em nossa passagem, o SENHOR usa “eisque” para anunciar Sua oposição a Nínive, dizendo: Eu sou contra ti.
O pronome “ti” aparece no singular feminino no texto em hebraico e, portanto, refere-se à cidade de Nínive (Naum 2:13Naum 2:13 commentary). A declaração “sou contra ti” é seguida pela fórmula profética: Declara o Senhor dos Exércitos”. Obviamente, não seria bom ter a Deus como inimigo. Isso não terminaria bem para Nínive.
O termo SENHOR refere-se a Javé, o Deus autoexistente e eterno, o EU SOU que se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14-15Êxodo 3:14-15 commentary) O termo “exércitos” traduz o termo hebraico "sabaoth". Refere-se aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:31 Samuel 1:3 commentary). Em suma, a frase O Senhor dos Exércitos demonstrava o poder de Deus e enfatizava Seu caráter como guerreiro liderando Seu exército na lutar contra Nínive. As vastas hostes espirituais do céu estavam prestes a desencadear guerra contra o poder terrestre e oculto da Assíria.
Tendo se posicionado para lutar contra Nínive, o SENHOR declara: Eu levantarei suas saias sobre seu rosto e mostrarei às nações sua nudez e aos reinos sua desgraça.
A ação de levantar as saias sobre o rosto tem a ver com tirar a roupa de uma mulher para revelar sua nudez. No mundo antigo, as pessoas despiam uma mulher para infligir-lhe castigo pela prostituição ou adultério (Oséias 2:3Oséias 2:3 commentary; ver também Jeremias 13:22Jeremias 13:22 commentary; Ezequiel 23:10Ezequiel 23:10 commentary). Pelo fato de Nínive ter seduzido as nações para explorá-las, o Senhor a julgaria e a faria experimentar a vergonha e a humilhação. O explorador se tornaria explorado. Deus mostraria às nações a nudez de Nínive. Isso seria para Nínive uma desgraça diante dos reinos da terra.
O SENHOR continua a dizer: Eu jogarei imundície sobre ti e a tornarei vil e a colocarei como espetáculo. A palavra “imundície” referia-se a algo detestável ou abominável. Em Levítico, refere-se ao que é impuro (Levítico 7:21Levítico 7:21 commentary; 11:23-2411:23-24 commentary; 20:2520:25 commentary). Em Deuteronômio, a palavra refere-se à adoração de deuses e ídolos estrangeiros (Deuteronômio 7:25-26Deuteronômio 7:25-26 commentary; 29:1729:17 commentary). Em Naum, a imundície se referia metaforicamente a alguma substância repugnante, como excrementos, que Deus lançaria sobre Nínive para mostrar o quanto Ele a desprezava. A imundície a tornaria vil ou desagradável e ela se tornaria um espetáculo público. As pessoas zombariam dela com nojo.
Os observadores ficariam revoltados ao ver o que aconteceria com a perversa cidade de Nínive. Como o SENHOR declara: E acontecerá que todos os que vos virem se afastarão de vós. O verbo traduzido como “afastar” significa fugir de algo. Muitas vezes descreve uma fuga em pânico, como o vôo dos pássaros pelo terror evocado pela presença de um predador (Isaías 16:2Isaías 16:2 commentary; Jeremias 4:25Jeremias 4:25 commentary; Provérbios 27:8Provérbios 27:8 commentary). A idéia parece ser a de que as pessoas veriam a destruição total de Nínive, ficariam nauseadas e correriam.
Em nossa passagem, o verbo “afastar” descreve como as pessoas se sentiriam repelidas ao ver a condição fatal de Nínive. Os espectadores diriam: Nínive está devastada! Dada a crueldade de Nínive com outras nações, era de se esperar que seus inimigos aplaudissem ao fato de ela ter sido devastada. Porém, a imagem aqui parece ser a de que a destruição seria tão completa que chocaria até mesmo a seus inimigos.
O Senhor dos Exércitos destruiria a cidade e sua destruição total levaria as pessoas a recuar, revoltadas. Elas perguntariam: Quem vai chorar por ela? e Onde acharemos consoladores?
A resposta implícita para a pergunta era "Ninguém". Aparentemente, não haveria sequer um grupo remanescente suficiente para lamentar. Não haveria ninguém, aparentemente incluindo os aliados, que pudesse ser procurado como consolador para Nínive.
O verbo traduzido como “tristeza” significa mostrar piedade, como quando os amigos de Jó vieram "simpatizar com ele e consolá-lo" (Jó 2:11Jó 2:11 commentary; 42:1142:11 commentary). Ninguém ficaria para simpatizar-se com Nínive no dia de sua destruição. Ela havia explorado e oprimido a muitas nações. Agora, ela seria devastada - totalmente destruída. Ela ficaria tão completamente aniquilada que seus espectadores aparentemente ficariam chocados. Nínive não teria mais forças, nem aliados restantes.
A palavra traduzida como “consoladores” é construída a partir da mesma raiz do nome de Naum, o profeta enviado por Deus para prever a destruição de Nínive e consolar ao povo de Judá. Este jogo de palavras estabelece um contraste entre o plano de Deus para Nínive e Seu plano para Judá.
Dito de outra forma, o destino de Nínive significaria esperança e conforto para Judá. Nínive não teria ninguém para consolá-la, mas o povo de Judá encontraria conforto, porque eles pertenciam ao Senhor.
Quando Deus julga a Seu povo, Seu fogo de julgamento os refina. Porém, quando Deus julga a Seus inimigos, Seu fogo de julgamento os consome (Hebreus 10:27Hebreus 10:27 commentary). Nosso Deus é um fogo consumidor (Deuteronômio 4:24Deuteronômio 4:24 commentary; Hebreus 12:29Hebreus 12:29 commentary). Porém, para aqueles que são Dele, Seu fogo de julgamento acaba se transformando em consolo (Romanos 8:28-29Romanos 8:28-29 commentary).
Naum 3:5-7 explicação
Nesta seção, o SENHOR fala como se estivesse falando diretamente a Nínive para anunciar sua derrota. Ele começa com a partícula hebraica "hineh", muitas vezes traduzida como “eis que”.
Deus fala diretamente, dizendo: "Eis que sou contra ti", declara o Senhor dos Exércitos.
A partícula “eis que” geralmente servia para concentrar a atenção na afirmação que a segue. O mensageiro muitas vezes a usava para se concentrar em um evento surpreendente ou inesperado para seus ouvintes. Em nossa passagem, o SENHOR usa “eis que” para anunciar Sua oposição a Nínive, dizendo: Eu sou contra ti.
O pronome “ti” aparece no singular feminino no texto em hebraico e, portanto, refere-se à cidade de Nínive (Naum 2:13Naum 2:13 commentary). A declaração “sou contra ti” é seguida pela fórmula profética: Declara o Senhor dos Exércitos”. Obviamente, não seria bom ter a Deus como inimigo. Isso não terminaria bem para Nínive.
O termo SENHOR refere-se a Javé, o Deus autoexistente e eterno, o EU SOU que se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14-15Êxodo 3:14-15 commentary) O termo “exércitos” traduz o termo hebraico "sabaoth". Refere-se aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:31 Samuel 1:3 commentary). Em suma, a frase O Senhor dos Exércitos demonstrava o poder de Deus e enfatizava Seu caráter como guerreiro liderando Seu exército na lutar contra Nínive. As vastas hostes espirituais do céu estavam prestes a desencadear guerra contra o poder terrestre e oculto da Assíria.
Tendo se posicionado para lutar contra Nínive, o SENHOR declara: Eu levantarei suas saias sobre seu rosto e mostrarei às nações sua nudez e aos reinos sua desgraça.
A ação de levantar as saias sobre o rosto tem a ver com tirar a roupa de uma mulher para revelar sua nudez. No mundo antigo, as pessoas despiam uma mulher para infligir-lhe castigo pela prostituição ou adultério (Oséias 2:3Oséias 2:3 commentary; ver também Jeremias 13:22Jeremias 13:22 commentary; Ezequiel 23:10Ezequiel 23:10 commentary). Pelo fato de Nínive ter seduzido as nações para explorá-las, o Senhor a julgaria e a faria experimentar a vergonha e a humilhação. O explorador se tornaria explorado. Deus mostraria às nações a nudez de Nínive. Isso seria para Nínive uma desgraça diante dos reinos da terra.
O SENHOR continua a dizer: Eu jogarei imundície sobre ti e a tornarei vil e a colocarei como espetáculo. A palavra “imundície” referia-se a algo detestável ou abominável. Em Levítico, refere-se ao que é impuro (Levítico 7:21Levítico 7:21 commentary; 11:23-2411:23-24 commentary; 20:2520:25 commentary). Em Deuteronômio, a palavra refere-se à adoração de deuses e ídolos estrangeiros (Deuteronômio 7:25-26Deuteronômio 7:25-26 commentary; 29:1729:17 commentary). Em Naum, a imundície se referia metaforicamente a alguma substância repugnante, como excrementos, que Deus lançaria sobre Nínive para mostrar o quanto Ele a desprezava. A imundície a tornaria vil ou desagradável e ela se tornaria um espetáculo público. As pessoas zombariam dela com nojo.
Os observadores ficariam revoltados ao ver o que aconteceria com a perversa cidade de Nínive. Como o SENHOR declara: E acontecerá que todos os que vos virem se afastarão de vós. O verbo traduzido como “afastar” significa fugir de algo. Muitas vezes descreve uma fuga em pânico, como o vôo dos pássaros pelo terror evocado pela presença de um predador (Isaías 16:2Isaías 16:2 commentary; Jeremias 4:25Jeremias 4:25 commentary; Provérbios 27:8Provérbios 27:8 commentary). A idéia parece ser a de que as pessoas veriam a destruição total de Nínive, ficariam nauseadas e correriam.
Em nossa passagem, o verbo “afastar” descreve como as pessoas se sentiriam repelidas ao ver a condição fatal de Nínive. Os espectadores diriam: Nínive está devastada! Dada a crueldade de Nínive com outras nações, era de se esperar que seus inimigos aplaudissem ao fato de ela ter sido devastada. Porém, a imagem aqui parece ser a de que a destruição seria tão completa que chocaria até mesmo a seus inimigos.
O Senhor dos Exércitos destruiria a cidade e sua destruição total levaria as pessoas a recuar, revoltadas. Elas perguntariam: Quem vai chorar por ela? e Onde acharemos consoladores?
A resposta implícita para a pergunta era "Ninguém". Aparentemente, não haveria sequer um grupo remanescente suficiente para lamentar. Não haveria ninguém, aparentemente incluindo os aliados, que pudesse ser procurado como consolador para Nínive.
O verbo traduzido como “tristeza” significa mostrar piedade, como quando os amigos de Jó vieram "simpatizar com ele e consolá-lo" (Jó 2:11Jó 2:11 commentary; 42:1142:11 commentary). Ninguém ficaria para simpatizar-se com Nínive no dia de sua destruição. Ela havia explorado e oprimido a muitas nações. Agora, ela seria devastada - totalmente destruída. Ela ficaria tão completamente aniquilada que seus espectadores aparentemente ficariam chocados. Nínive não teria mais forças, nem aliados restantes.
A palavra traduzida como “consoladores” é construída a partir da mesma raiz do nome de Naum, o profeta enviado por Deus para prever a destruição de Nínive e consolar ao povo de Judá. Este jogo de palavras estabelece um contraste entre o plano de Deus para Nínive e Seu plano para Judá.
Dito de outra forma, o destino de Nínive significaria esperança e conforto para Judá. Nínive não teria ninguém para consolá-la, mas o povo de Judá encontraria conforto, porque eles pertenciam ao Senhor.
Quando Deus julga a Seu povo, Seu fogo de julgamento os refina. Porém, quando Deus julga a Seus inimigos, Seu fogo de julgamento os consome (Hebreus 10:27Hebreus 10:27 commentary). Nosso Deus é um fogo consumidor (Deuteronômio 4:24Deuteronômio 4:24 commentary; Hebreus 12:29Hebreus 12:29 commentary). Porém, para aqueles que são Dele, Seu fogo de julgamento acaba se transformando em consolo (Romanos 8:28-29Romanos 8:28-29 commentary).