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Salmo 5:4-7 explicação

A santidade do Senhor estabelece um padrão de verdade, pureza e humildade, enquanto Seu amor fiel abre o caminho para que os adoradores se aproximem.

No Salmo 5:4-7, Davi, o segundo rei de Israel, governando aproximadamente de 1010 a 970 a.C., descreve o caráter de Deus quando declara: Pois tu não és Deus que se compraza na maldade; o mau não poderá assistir contigo (v. 4). Essa declaração ressalta a santidade absoluta do Senhor, cuja presença não pode coexistir com o pecado. Na época de Davi, a cidade de Jerusalém era o local central de adoração do povo de Deus, servindo como local para o tabernáculo e, mais tarde, para o Templo. Aqui neste versículo, Davi destaca que o Senhor é completamente puro, proporcionando esperança para aqueles que buscam refúgio na natureza justa de Deus. Ele contrasta essa pureza com as imperfeições da humanidade, lembrando a todos os crentes que o padrão de moralidade de Deus é inabalável.

O salmista continua: Não poderão permanecer à tua vista os arrogantes; aborreces todos os que obram a iniquidade (v. 5). Ao se referir à arrogância dos orgulhosos, Davi ressalta que o orgulho e a autoexaltação não têm lugar diante de um Deus santo. Esse ensinamento ressoa por toda a Escritura e encontra a correção final no ensinamento de Cristo de que a humildade abre a porta para a graça de Deus (Lucas 14:11). Como Davi viveu em uma época em que as nações vizinhas adoravam inúmeras divindades, sua declaração esclarece que o Deus verdadeiro não tolera a maldade, não importa quão orgulhosamente ela se disfarce. As palavras de Davi asseguram aos fiéis que Deus confronta toda forma de pecado para que a verdade e a justiça prevaleçam.

Em seguida, Davi revela a gravidade da linguagem pecaminosa quando escreve: Destruirás os que proferem mentiras; ao sanguinário e ao fraudulento, Jeová abomina (v. 6). Os termos fortes usados aqui — destruir, abomina — enfatizam a intensa repulsa de Deus por mentiras e violência. A estrutura moral da aliança de Israel com Deus dependia da verdade e da justiça, refletindo Seu próprio coração compassivo. A perspectiva de Davi se alinha com a narrativa bíblica mais ampla que convoca os crentes a falar a verdade em todas as circunstâncias (Efésios 4:25). Ao destacar como o Senhor pune comportamentos destrutivos, o versículo reforça a compreensão de que o amor inabalável de Deus pela justiça é inseparável de Seu desdém pela corrupção que prejudica os outros.

Por fim, o salmista afirma um caminho para a adoração e a proximidade com o Senhor, dizendo: Quanto a mim, porém, pela abundância da tua bondade, entrarei na tua casa; no temor que te é devido, inclinar-me-ei para o teu templo (v. 7). Embora o templo permanente em Jerusalém fosse posteriormente construído por Salomão, filho de Davi, o tabernáculo, naquela época, era um local sagrado de reunião onde os adoradores podiam se reunir. Davi ressalta o papel da benignidade de Deus — ou amor pactual — em conceder-lhe o privilégio de se aproximar da presença divina. Ao se curvar em reverência, Davi modela a genuína humildade que reconhece tanto a perfeita santidade de Deus quanto a Sua extraordinária misericórdia. Para os cristãos de hoje, esse princípio encontra seu ápice em Jesus, que convida todos a se aproximarem de Deus pela fé (Hebreus 4:16).

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