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Significado de Romanos 12:14-16
Romanos 12 não é uma prescrição de uma nova lei ou uma lista de tarefas que nos levará à justiça. Paulo descreve como viver pela fé. Ele identifica o que acontece quando nossas mentes são renovadas e passam a pensar segundo a verdade, não da falsidade dos caminhos do mundo.
Quando caminhamos em novidade da vida através do poder da ressurreição de Jesus, nosso caráter muda. Nossa natureza pecaminosa nos ordena que cuidemos de nós mesmos, explorando as pessoas. Quando somos atacados, nosso primeiro instinto natural é entrar em conflito, nos defender e atacar de volta. Paulo, aqui, nos instrui a abençoar os que nos perseguem: “Abençoai e não amaldiçoeis” (v. 14).
Não deseje mal aos seus ofensores. Viver pela fé significa abençoar aos nossos inimigos.
Como abençoar aos nossos inimigos? Há várias formas. Podemos confrontá-lo com a verdade, como Paulo faz nesta carta, por exemplo. Porém, embora Paulo estivesse confrontando a seus detratores com a verdade, seu motivo era o de proteger os crentes romanos, bem como levar seus inimigos ao arrependimento, para seu benefício (Romanos 3:8-9; 9:3).
As cartas de Paulo deixam claro que ele se alegraria muito se seus inimigos se reconciliassem com ele; ele tinha o melhor interesse deles em seu coração, por isso os confrontava. É nosso trabalho fazer a nossa parte para buscar a resolução dos conflitos, porém não às custas da verdade. Jesus confrontava os fariseus e os incentivava a se arrepender (Mateus 23).
Amar aos nossos inimigos também pode ser dar a outra face. Devemos sempre lutar pela verdade e pelo benefício dos outros; porém, como princípio geral, não devemos nos defender. Podemos dizer que dar a outra face significa "nunca reagir".
Em sua carta aos romanos, Paulo busca defender seu ministério, sua autoridade e o Evangelho. Na verdade, ele não se defende. Devemos olhar para nós mesmos e ver que não somos irrepreensíveis (Mateus 7:3-5). Quando atacados, caso sigamos à nossa natureza pecaminosa, produziremos brigas e separação (morte). Se seguirmos à carne geraremos "explosões de raiva" (Gálatas 5:20). Viver de acordo com os desígnios de Deus significa viver em justiça (corretamente, em harmonia com a vontade de Deus). Isso pode ser realizado ao abençoarmos nossos inimigos e confiarmos na soberania de Deus. Nosso trabalho é buscar a paz uns com os outros, caso isso dependa de nós.
Um dos benefícios de praticarmos tal abordagem de abençoar aos que nos perseguem é que esta prática nos liberta do controle dos outros. Ao abençoarmos os que nos perseguem, mostramos que somos livres e temos alegria, independentemente do que nos façam.
Além de não reagirmos às provocações, devemos nos alegrar com os que se alegram (v. 15). Isso é o oposto da inveja.
Se outras pessoas têm motivos para celebração, devemos celebrar também. Se alguém está de luto, devemos nos solidarizar e compartilhar sua dor, chorando com os que choram (v. 15).
A expressão de qualquer emoção sempre compartilha algo. No caso da alegria, por exemplo, elevamos a alegria da pessoa quando nos alegramos com ela; no caso da tristeza, aliviamos a tristeza da pessoa quando dividimos o peso da dor com ela. O objetivo aqui é encontrar as pessoas onde elas estejam. Não devemos insistir para que as pessoas nos encontrem onde estamos. Precisamos “ter a mesma mente uns para com os outros” (v. 16).
Devemos também rejeitar as divisões sociais e procurar deliberadamente evitar a divisão por classes. “Não cuideis nas coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes” (v. 16). Não deve haver hierarquia social na igreja; o status social só importa aos homens, não a Deus. Ele é um Deus que transformou pastores em reis (1 Samuel 11-12) e colocou imperadores de joelhos (Daniel 4:1-3).
A advertência consistente de Paulo é contra a altivez, a arrogância e o orgulho. O versículo tema de Romanos cita Habacuque 2:4, indicando que o orgulho é o oposto da fé. Fé é crer que os caminhos de Deus são para o nosso bem. Orgulho é crer que podemos buscar e controlar nossos próprios caminhos e explorar as pessoas para nosso bem.
No capítulo 11, Paulo desencoraja os crentes gentios em Roma a se sentirem altivos, uma vez que Deus demonstrou misericórdia para com eles pela queda dos judeus (Romanos 11:18-24). Ele continua dizendo: “Não sejaIs sábios aos seus próprios olhos” (v. 16); a arrogância é contrária à fé.
Se mentirmos para nós mesmos acreditando ser melhores do que somos, estaremos dando ouvidos a nós mesmos, ao invés de ouvirmos a Deus. Criaremos uma falsa realidade, uma mentira contada por nossa natureza pecaminosa. Ela sempre buscará nos levar de volta ao pecado e à morte (Romanos 6:20, 21).
Ao longo de sua carta aos Romanos, Paulo encoraja os cristãos a uma vida de fé e humildade, porque através da fé podemos viver como Deus nos projetou. Ao vivermos de acordo com os bons desígnios de Deus, viveremos como fomos planejados, o que será para o nosso bem. Assim, agradamos ao nosso Criador ao vivermos sacrificialmente (Romanos 12:1-2).