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Significado de Romanos 7:1-3
O apóstolo Paulo escreveu esta carta aos crentes romanos (cuja fé era reconhecida em todo o mundo, Romanos 1:8), referindo-se a eles aqui como “irmãos”. Nesta carta, ele lida com várias declarações caluniosas feitas pelas autoridades judaicas em Roma, que deturpavam o Evangelho que Paulo pregava. Em Romanos 3:8, Paulo cita especificamente quais eram as acusações caluniosas: "Por que não (como somos caluniados e como alguns afirmam que nós dizemos): Façamos males para que venham bens?"
É provável que a carta aos crentes romanos fosse, em parte, destinada a apoiar Áquila e Priscila, companheiros judeus que haviam pregado o Evangelho com Paulo na Grécia e agora haviam regressado a Roma, onde iniciaram uma igreja em sua casa (Romanos 16:3-5; Atos 18:2, 18, 26). Áquila e Priscila provavelmente estivessem lutando também contra com essas autoridades judaicas e suas calúnias.
A acusação caluniosa era a de que se Paulo ensinava que os crentes não mais estavam sob a Lei pelo fato da graça de Cristo tê-los livrado de todo pecado (passado, presente e futuro), então ele estava dizendo que todos deveriam pecar para que a graça aumentasse, já que isso mostraria como Deus era gracioso. Paulo confirma a primeira parte - que a graça de Deus cobria todos os pecados - porém, nega categoricamente a segunda.
Paulo estava falando com pessoas que conheciam bem a Lei (v. 1). Portanto, aquelas autoridades afirmavam que o ensinamento de Paulo era ridículo e que os irmãos deveriam retornar à Lei. Paulo, porém, demonstra que a Lei não era mais obrigatória porque eles estavam mortos para a Lei em Cristo: “Porventura, ignorais, irmãos pois falo aos que conhecem a lei, que ela tem domínio sobre o homem durante todo o tempo que ele vive?” (v. 1). Paulo argumenta que a Lei não tinha mais jurisdição sobre os crentes porque eles haviam morrido com Cristo, tendo sido batizados em Sua morte (Romanos 6:3).
Nos versículos 2 e 3, Paulo dá a seu público um exemplo que confirma sua afirmação. O exemplo é de uma mulher casada. Quando uma mulher é casada, ou seja, seu marido ainda está vivo, se une a outro homem, ela será chamada de adúltera. Ela está vinculada pela lei ao marido enquanto ele estiver vivo, já que prometeu ao marido estar com ele até que a morte os separe.
Porém, se seu marido morre e ela se casa com outro homem, ela não é mais uma adúltera, pois já não está mais sob o voto de casamento anterior. Se seu marido morre, ela está liberada da lei relativa ao marido (v. 3). Quando a mulher é casada e seu marido ainda vive, ela está vinculada a ele sob a lei: “A mulher casada está ligada pela lei a seu marido, enquanto ele vive” (v. 2). No entanto, se o marido morrer, ela está liberada da lei relativa ao marido e pode se casar novamente (v. 2).
Se ela se casar novamente após a morte de seu marido, ela não estará quebrando a lei de Deus - a promessa "até que a morte nos separe" foi cumprida, porque a morte a separou do marido anterior. “Assim, pois, enquanto o marido vive, se ela for de outro homem, será chamada adúltera” (v. 3). Se a mulher se casar com outro homem enquanto seu marido vive, ela comete adultério: “A mulher casada está ligada pela lei a seu marido, enquanto ele vive” (v. 2).
No entanto, se seu marido morrer, ela está livre da lei e é livre para se casar novamente. Se ela se casa novamente depois de ficar viúva, ela não é adúltera, embora esteja unida a outro homem (v. 3).
Da mesma forma, fomos libertos das exigências da lei porque fomos batizados na morte de Cristo quando cremos em Jesus (Romanos 6:3): “Porventura, ignorais, irmãos pois falo aos que conhecem a lei, que ela tem domínio sobre o homem durante todo o tempo que ele vive?” (v. 1). Paulo argumenta que os que creram em Jesus morreram em Cristo e não mais estão sob a lei.
Ao apresentar esse argumento, Paulo redobra o poder da graça que ofendia a seus oponentes. Ele é categórico em dizer que a lei não tinha qualquer influência em tornar os cristãos justos aos olhos de Deus - isso ocorre apenas pela fé e somente por meio de Cristo. Além disso, a morte de Cristo cobre todos os pecados para sempre (Colossenses 2:14). Portanto, a graça de Deus cobre todos os pecados.
Paulo argumenta, no capítulo 6, que os crentes deveriam escolher não pecar — porque o pecado é sempre prejudicial, autodestrutivo. Se alguém escolhesse pecar e acreditasse que isso lhe traria mais graça, essa pessoa teria uma visão errônea do pecado.
Quando escolhemos o pecado, escolhemos a autodestruição, escolhemos a escravidão (Romanos 6:16), escolhemos os efeitos adversos dos frutos do pecado que levam à morte (Romanos 6:23). A morte significa separação e quando escolhemos andar nos caminhos do mundo, ficamos separados dos bons desígnios de Deus para a criação. Assim, perdemos a experiência da realização de tudo o que fomos criados para ser; no lugar da realização, colhemos o vazio, a perda e a destruição.
Assim, Paulo argumenta que, uma vez que estamos mortos em Cristo, ressuscitamos para uma nova vida. E pelo fato de morrermos com Ele, não estamos mais sob a lei. No entanto, temos uma nova luta - a luta para reconhecer o que é verdade e caminhar nos caminhos da vida, ao invés de sermos sugados de volta aos caminhos da morte. Ainda temos uma carne, nosso velho eu. Sua atração é formidável. Precisaremos do poder de Jesus e da força de uma mente renovada para enxergar e viver a nova realidade de vida (Romanos 12:1-2).