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Significado de Romanos 7:15-20
Paulo desejava seguir à Lei, mas sua natureza pecaminosa fazia com que ele a desobedecesse: “Pois o que faço não entendo: não pratico o que quero, mas faço o que aborreço” (v. 15).
Paulo, aqui, nos apresenta um o padrão do nosso eu interior. Há duas forças dentro de nós em guerra uma com a outra: a natureza pecaminosa, ou "carne", e a natureza redimida. Temos dentro de nós tanto a nossa velha natureza pecaminosa quanto a nossa nova natureza, feita à imagem de Cristo (2 Coríntios 5:17).
O insight deste modelo mental é que cada um de nós pode escolher a qual natureza servir. Podemos decidir que natureza terá permissão para se manifestar (Gálatas 5:17).
O desejo interior de fazer o que a Lei diz apontava mostrava que não era o verdadeiro Paulo quem estava pecando. Pelo contrário, era sua natureza pecaminosa quem estava agindo em desobediência à Lei. Paulo diz que não praticava o que gostaria, mas fazia exatamente o que odiava fazer.
Apesar disso, Paulo ainda era responsável pelas ações da sua carne (Romanos 6:12-14). Isso porque ele eram quem fazia a escolha de permitir que sua natureza pecaminosa atuasse. Ele se descreve como fazendo exatamente o que eu não queria fazer, concordando com a Lei e confessando que a Lei é boa (v. 16). Agora, Paulo acrescenta ao modelo mental um terceiro aspecto: a nossa vontade. Temos uma natureza pecaminosa (carne), uma nova natureza (novo homem) e uma vontade. Somos uma única pessoa, mas temos esses três atores internos. Paulo eleva a chave desse enigma: temos uma escolha por meio de Cristo.
Embora Paulo identifique o conflito acontecendo dentro de si travado entre sua natureza pecaminosa e sua nova natureza, ele ainda era Paulo. É por isso que ele se agonizava tanto. Todos nós podemos nos identificar com ele. Se o apóstolo Paulo teve esse problema, uma das pessoas que mais sofreu pelo Evangelho e um herói da fé, todos nós devemos esperar passar por isso também.
Esse ponto demonstra ainda mais por que não conseguimos seguir à Lei e por que "mais regras" nunca irão "consertar" a ninguém. Paulo queria seguir à Lei, mas fazia exatamente o oposto: “Porém, agora, não sou eu mais o que faço isso, mas o pecado que em mim habita” (v. 17).
Ele deixa claro que não era ele quem pecava, mas sua natureza pecaminosa a quem ele havia decidido permitir desobedecer à Lei. Paulo afirma:
Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem; o querer o bem está comigo, mas o efetuá-lo não está (v. 18).
Esta é uma afirmação surpreendente, com intensas implicações. Paulo diz que não havia nada de bom dentro dele, ou seja, na sua carne. Isso significa que a carne é completa e totalmente irreformável. Isso significa que todos os esforços de reforma e melhoria pessoal estão fadados ao fracasso caso sejam realizados em nossas próprias forças.
Paulo queria fazer o bem, mas não conseguia: “Pois não faço o bem que quero; mas o mal que não quero, este pratico” (v. 19).
Paulo ainda era o responsável final pelas ações que tomava. Ele decidia a que natureza iria seguir: “Mas, se eu faço aquilo que não quero, já não sou eu o que faço, mas sim o pecado que em mim habita” (v. 20).
Nesta passagem, paulo descreve o conflito entre o que sua nova natureza desejava (agradar a Deus e seguir à Lei) e o que sua natureza pecaminosa o levava a fazer (desobedecer à Lei).
Paulo destaca o modelo mental do eu interior de qualquer crente. Temos três atores:
Nosso objetivo precisa ser o de reconhecer a voz da carne. A carne pode tentar nos convencer de que não temos escolha. Ou ela pode se alinhar ao Espírito. Ela pode enquadrar a vida como morte e a morte como vida. Ela possui muitas qualidades, porém todas elas são más, pois nada de bom habita em nossa carne.
Este é um insight profundo. Paulo, a seguir, dirá: "Se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis" (Romanos 8:13). Temos uma vontade e, quando a submetemos ao Espírito, podemos nos separar (matar) a carne que habita em nosso interior. Isso gera o resultado de nos levar a experimentar os grandes frutos da vida. Portanto, podemos, pela fé, ser restaurados e viver de acordo com os bons desígnios de Deus.