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Significado de Romanos 7:7-8

A lei não é pecado, mas nos mostra o nosso pecado. Quanto maior for o número de regras, maior será o nível de ilegalidade, não de moralidade. A lei dá à nossa natureza pecaminosa mais oportunidades de se rebelar.

Paulo escreve aos romanos como defesa de sua mensagem evangélica contra as autoridades judaicas que estavam em Roma naquela época. Ele provavelmente estava escrevendo também em apoio a Áquila e Priscila, companheiros judeus em Roma que havia sido cooperadores em seu ministério aos gentios (Atos 18:2; Romanos 16:3).

As autoridades opostas acusavam Paulo de dizer que, se a graça de Deus aumentava ao pecarmos, então pecar era uma coisa boa (Romanos 3:8). No versículo 7, Paulo sugere que aquelas autoridades o estavam acusando de dizer que a lei era pecado. Paulo apenas diz a seu público que o pecado é despertado pela presença da Lei (v. 5). Por isso, Paulo faz uma pergunta retórica, da mesma forma que seus oponentes:

Que diremos, pois? É a lei pecado? (v. 7).

Paulo levanta uma objeção à ele passa a responder. Se a Lei nos leva a pecar, será que isso significaria que a Lei é pecado? O apóstolo responde taxativamente:

De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão pela Lei; pois eu não teria conhecido a cobiça, se a Lei não dissera: Não cobiçarás (v. 7).

Ele explica que a lei não era pecado (“De modo nenhum!”), mas que ela mostrava o nosso pecado. O problema não era a Lei, o problema eram os corações rebeldes! Tiago faz a mesma afirmação, insistindo que não somos tentados pelas circunstâncias, mas sim pela "luxúria" que habita dentro de nós (Tiago 1:14). A Lei nos faz um favor ao nos mostrar nossa realidade, indicando que precisamos de ajuda. Porém, a Lei somente pode nos mostrar o problema, ela não tem poder para resolver o problema.

Paulo aponta o benefício da Lei de nos mostrar nossa realidade, dizendo que ele não cobiçaria se a Lei não tivesse dito: "Não cobiçarás" (Deuteronômio 5:12). O mandamento de não cobiçar significa que é pecado desejar o que não nos pertence. Se pensarmos objetivamente sobre isso, uma vez que começamos a querer "mais", ficamos presos em um clico de insatisfação, pois nunca conseguiremos parar de querer "mais". Assim que alcançamos o que desejávamos, aquilo deixa de ser o "mais" e outra coisa passa a ser o "mais". Portanto, continuamos querendo. Isso significa que nunca estaremos satisfeitos. Viver assim é escolher uma vida de constante infelicidade e descontentamento.

Paulo diz que nunca teria sabido ser errado desejar algo que pertencia a outra pessoa se não fosse pela Lei. Ele explica o princípio geral de que ele não teria conhecido o pecado senão por meio da Lei. Ele continua explicando que a Lei dá ao pecado a oportunidade de nos incitar a transgredir e que o desejo de quebrar a Lei é a razão pela qual ele experimentava desejos de todo tipo: “Mas, o pecado, achando ocasião, operou em mim, pelo mandamento, toda a cobiça” (v. 8).

Assim, sem que a Lei nos diga o que fazer, o pecado não tem chance de fazer algo fora da Lei, porque “sem a Lei o pecado está morto” (v. 8). Se uma criança nunca recebeu a informação de que não pode pegar biscoitos de um pacote, pegar os biscoitos não seria errado. É por isso que Paulo diz a seu público que “sem a Lei o pecado está morto”.

Paulo chega ao ponto de poder mostrar a seu público como escolher uma mentalidade/perspectiva que lhes permita viver longe do pecado dentro da realidade de que eles eram novas criações em Cristo. Ele delineia a representação de um modelo mental que os permita separar-se das concupiscências pecaminosas e viver através do poder da ressurreição de Jesus.

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