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Significado de Daniel 7:7-8

A quarta besta tinha dentes de ferro e destruía o que quisesse. Ela tinha muitos chifres na cabeça. Um chifre cresceu mais que os outros e era extremamente arrogante.

Daniel tem uma visão enquanto dormia. Em sua visão, ele viu quatro bestas saindo de um mar tempestuoso. A primeira besta era um leão alado (Babilônia); a segunda era um urso voraz (Medo-Pérsia); e a terceira era um leopardo com quatro cabeças e quatro asas (Grécia).

A quarta besta era a mais bizarra e aterrorizante de todas. Daniel escreve: “Vi nas visões noturnas, e eis um quarto animal, terrível, e espantoso, e sobremaneira forte”. Essa besta causa uma impressão poderosa em Daniel: ela era terrível, espantosa e extremamente forte. Era mais cruel e alarmante do que as outras três feras, todas impressionantes em si mesmas. Esta quarta besta tinha “grandes dentes de ferro”. Ela provavelmente representava Roma, tanto na visão da estátua quanto nesta visão atual.

A rapidez da conquista grega é substituída pela força brutal do império romano. Daniel vê a violência desta quarta besta em plena exibição. “Tinha grandes dentes de ferro; devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava”. Este é um quadro de total destruição e aniquilação. Nada sobrevive à sua ira. Daniel observa que o animal “era diferente de todos os animais que o precediam” significando, provavelmente, tanto sua aparência quanto sua forma de conquista. Os dentes de ferro e as garras de bronze podem indicar a dependência de Roma da engenharia e da tecnologia para implementar seu poder.

O império romano foi, de fato, diferente de todos os impérios anteriores a ele e seu poderoso legado e influência duram até hoje. Segundo Daniel, o mundo permanece na era romana. A descrição do animal prossegue e fica cada vez mais incomum. Daniel não faz esforço algum para tentar compará-lo a um animal real (ao contrário dos outros animais: leão, urso e leopardo). Não apenas ela tinha dentes de ferro, mas esta quarta besta também tinha “dez chifres”. Aparentemente, dez reinos apareceriam de fora do Império Romano. A fundação desta coalizão de reinos provavelmente ocorrerá num evento futuro.

Daniel continua seu relato: “Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subia outro chifre, pequenino, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados”. Assim, na medida em que esse chifre ganhava destaque, outros três chifres foram destruídos. Três reinos seriam conquistados ou dissolvidos, já que esse chifre, representando uma nova figura, cresceria em poder.

O animal fica ainda mais bizarro. Este novo chifre, depois de arrancar aos outros três, revela “olhos de homem e uma boca”. De sua boca, o chifre falava grandes coisas”, provavelmente sobre o quão poderoso e maravilhoso ele era pelo fato de haver removido três chifres em sua ascensão ao poder.

O capítulo seguinte falará sobre um chifre desafiador, ou um rei, que oprimiria ao povo de Deus, mas acabaria morrendo. O chifre do capítulo 8 provavelmente se referia a Antíoco Epifanes, um dos reis descendentes do império grego dividido de Alexandre, o Grande. Mais tarde, veremos uma previsão cumprida por Antíoco Epifanes, que se tornou governante do Império Selêucida em 175 a.C. (uma das quatro "cabeças" gregas). Este evento provavelmente fosse um presságio do aparecimento do chifre arrogante ocorrido durante a era romana. O nome grego “Antíoco Epifanes” é traduzido como "Deus Manifesto". Durante seu reinado, ele subjugou ao Império Ptolemaico egípcio. Assim, o Império Grego/Selêucida, proveniente de um dos generais de Alexandre, tornou-se dominante sobre os outros três. Além de se declarar uma divindade, este rei proibiu o judaísmo e se colocou como oponente direto do povo de Deus. Deus milagrosamente interveio para libertar ao povo judeu através de uma família sacerdotal chamada Macabeus.

A Bíblia descreve uma besta semelhante à besta romana em Apocalipse 13:1: "Então vi uma besta saindo do mar, com dez chifres e sete cabeças, e em seus chifres havia dez diademas, e em suas cabeças havia nomes blasfemos." A interpretação provável é que ambas as bestas representam a um rei ou reis terreno(s) que desafiariam a Deus, governariam mal, capacitados por Satanás, e se oporiam diretamente ao povo de Deus, declarando-se deus.

Antíoco parece ser o precursor de um rei que ainda está por vir. Isso fica claro em passagens como Mateus 24:15 e 2 Tessalonicenses 2:4. Assim como Antíoco Epifanes, este último rei acabaria sendo derrotado por Deus.

Ambas as bestas em Daniel e Apocalipse são descritas como tendo dez chifres; ambas as feras são fontes de arrogâncias e blasfêmias, o maior governante que a terra já havia visto.

Porém, seu julgamento estava chegando.

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