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Significado de Lucas 4:1
Os exemplos paralelos do Evangelho para essa passagem estão em Mateus 4:1 e Marcos 1:12.
Depois que Jesus foi batizado por João, confirmado por Seu Pai Celestial e ungido pelo Espírito Santo como o Messias, Ele sai para um tempo de isolamento e tentação (Lucas 4:2):
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi conduzido pelo Espírito no deserto (v. 1).
Lucas diz que Jesus estava cheio do Espírito Santo (v. 1). A palavra grega traduzida como "cheio" é πλήρης (G4134 — pronuncia-se: "play'-race"), sendo comumente traduzida como sendo "preenchimento", "cobertura completa" ou, provavelmente, neste caso, "totalmente permeado por". Depois da confirmação de Jesus por Deus Pai em Lucas 3:22, o Espírito Santo desce sobre Ele "em forma corporal como uma pomba". Lucas identifica que Jesus, embora ainda fosse um homem, também era o Deus Filho e em completa unidade com a Santíssima Trindade. Portanto, pode-se dizer que Ele foi cheio do Espírito Santo.
A frase “cheio do Espírito Santo” é exclusiva do relato evangélico de Lucas. Mateus, Marcos e até Lucas mais tarde no versículo descrevem Jesus sendo "guiado" ou "impulsionado" pelo Espírito, respectivamente (Mateus 4:1; Marcos 1:12). Essa diferença provavelmente se deva ao principal propósito de Lucas em seu retrato de Jesus em seu Evangelho. Lembre-se, Lucas estava escrevendo para gentios gregos preocupados em alcançar uma maneira melhor de viver (1 Coríntios 1:22b). Descrever Jesus como "completamente permeado" pelo Espírito Santo mostrava que Ele estava vivendo a vida humana perfeita, digna da unidade com Deus e completamente cheia do Espírito. Pelo fato de os gentios gregos estarem procurando viver a vida da melhor maneira possível, eles deveriam olhar para Jesus como seu exemplo, porque Ele havia sido aprovado e ungido por Deus Pai (Lucas 3:22) com o Espírito Santo.
Lucas diz que Jesus voltou do Jordão e foi conduzido como forma de comunicar ao leitor que o caminho de Jesus para o deserto, a partir do rio Jordão onde fora batizado, foi uma jornada difícil. Não sabemos exatamente onde ou a qual deserto Jesus foi levado pelo Espírito, porém a tradição O coloca no deserto da Judéia, a noroeste de Jericó. Suas colinas ondulantes são marcadas por cânions profundos e penhascos salientes. É um terreno seco e acidentado. Este não era o tipo de deserto para onde alguém escolheria ir sem um propósito específico.
A distância entre Jerusalém e um dos prováveis locais do batismo de Jesus era de apenas cerca de 35 quilômetros milhas. O espaço entre o Vale do Jordão, a leste, e Jerusalém, a oeste, é preenchido pelo deserto da Judéia. O antepassado de Jesus, o rei Davi, havia passado um tempo substancial no deserto da Judéia escondido do rei Saul, que tentava assassiná-lo porque o percebia como uma ameaça a seu trono. O incidente no deserto de En-Gedi, onde Davi poupou a vida de Saul em uma caverna, ficava a cerca de 80 quilômetros milhas ao sul de onde Jesus pode ter sido batizado (1 Samuel 24).
Jesus segue à orientação do Espírito. No Evangelho de João, Jesus confessa repetidamente que Seu propósito era fazer a vontade de Seu Pai, que Ele não fazia nada por Sua própria vontade, que Ele apenas falava o que Seu Pai lhe dizia. Ao seguir o Espírito Santo, Jesus repete o padrão. Jesus provavelmente não escolheu por vontade própria passar um tempo no deserto, mas obedeceu à vontade da Terceira Pessoa da Trindade. É interessante notar que em um versículo Deus Pai declara estar satisfeito com Seu Filho até este ponto (Mateus 3:17); no versículo seguinte o Pai leva Seu Filho ao deserto para ser provado (Mateus 4:1).
É um padrão consistente em todas as Escrituras: Deus conduz aqueles a quem Ele prepara para o serviço ao deserto. Alguns exemplos incluem Moisés, que passou muitos anos como pastor no deserto, antes de ser chamado para liderar Israel para fora do Egito. Davi também passou um tempo no deserto se escondendo de Saul. A nação de Israel vagou no deserto por 40 anos antes de entrar na Terra Prometida. O princípio aqui é que os tempos de provação são um sinal da aprovação de Deus. Pode, com razão, ser encarado como preparação para uma grande obra. Qualquer atividade é grande quando feita como ao Senhor (Colossenses 3:23).