O sacerdote Amazias ouve as visões de Amós e tenta intimidá-lo a deixar Israel. Ele pede a Amós que volte a Judá e pare de profetizar em Betel, porque Betel era o santuário do rei.
Esta seção descreve ao confronto dramático ocorrido entre Amazias, o sacerdote no santuário de Betel, e o profeta Amós. Assim que o profeta termina de declarar sua visão sobre o julgamento de Deus sobre as estruturas religiosas da nação Israel e seu rei, Amazias, o sacerdote de Betel, tenta impedi-lo de profetizar contra Israel.
Em sua tentativa de parar o ministério do profeta em Israel, Amazias enviou uma palavra a Jeroboão II, rei de Israel, e disse: Amós conspirou contra ti no meio da casa de Israel. Conspirar contra alguém significava se unir a outra pessoa para conspirar contra alguém para derrotá-lo de alguma forma. Em nosso contexto, o sacerdote diz falsamente ao rei Jeroboão II que Amós havia conspirado contra ele, buscando removê-lo ou executá-lo. O complô de Amazias pretendia levar a informação ao rei, visando irritá-lo e levando-o a defender seu trono, executando a Amós ou enviando-o para o exílio.
Para convencer o rei a aceitar seu falso relato, Amazias diz: Aterra é incapaz de suportar todas as suas palavras [de Amós]. Ou seja, o país não poderia mais tolerar as profecias de Amós porque elas causariam angústia e problemas na nação. Assim, Amazias explica ao rei o que Amós havia dito: Jeroboão morrerá pela espada. A declaração do líder religioso era falsa e sem provas. O profeta não havia dito que Jeroboão II morreria pela espada. Ele havia dito que "Deus se levantaria contra a casa [ou dinastia] de Jeroboão com a espada" (Amós 7:9Amós 7:9 commentary). De fato, o livro dos Reis nos diz que "Jeroboão dormiu com seus pais, com os reis de Israel" (2 Reis 14:292 Reis 14:29 commentary). Assim, o sacerdote provavelmente distorceu as palavras de Amós para fazê-lo parecer uma ameaça política ao rei Jeroboão II. Porém, o texto mostra claramente que a intenção de Amós era apenas a de relatar a mensagem divina de julgamento contra Israel, seus santuários e sua dinastia.
Amazias também relata ao rei que Amós previu que Israel seria removido de sua terra para o exílio. Este relato era verdadeiro e foi documentado neste capítulo e em outras partes do livro (Amós 4:2-3Amós 4:2-3 commentary; 5:55:5 commentary; 26-2726-27 commentary; 6:76:7 commentary; 9:49:4 commentary). O que o sacerdote omite, no entanto, é a justificativa para o futuro exílio de Israel. O SENHOR enviaria Seu povo da aliança para o exílio porque eles haviam constantemente violado às Suas leis e tal punição era claramente explicitada como o remédio do pacto com o qual o povo havia concordado (Êxodo 19:8Êxodo 19:8 commentary).
Israel havia quebrado os Dez Mandamentos e as regras dos Dez Mandamentos, conforme registrado nos livros de Levítico e Deuteronômio (Levítico 26:14-39Levítico 26:14-39 commentary; Deuteronômio 28:15-68Deuteronômio 28:15-68 commentary). A lei do pacto explicitava claramente as consequências pela quebrar do pacto. Portanto, Deus seria justo, como sempre é, ao julgar a Seu povo.
Tendo apresentado suas preocupações ao rei, o sacerdote Amazias volta sua atenção a Amós e dirige-se a ele como "vidente", um nome frequentemente aplicado aos profetas por causa das visões que tinham quanto ao futuro (2 Samuel 24:112 Samuel 24:11 commentary). Ele pede a Amós que fugisse para a terra de Judá. Amazias estava ansioso por enviar Amós de volta a Judá, sua terra natal, porque ele não queria nenhum problema. Ele ordenou a Amós que voltasse a Judá, comesse seu pão lá e fizesse suas profecias lá. Judá era o reino do sul que havia permanecido leal à casa de Davi, depois que as dez tribos do norte de Israel se separaram de Judá (e Benjamim) durante o reinado de Roboão (1 Reis 12:16-191 Reis 12:16-19 commentary).
No antigo Israel, o trabalho profético incluía o direito de receber um honorário, uma taxa dada como pagamento pelos serviços do profeta. Era assim que o profeta ganhava seu pão. De acordo com o profeta Miquéias, os falsos profetas pregavam mensagens de paz quando tinham "algo para morder com os dentes" (ou seja, quando eram pagos), mas declaravam "guerra santa" contra qualquer um que não colocasse "nada em suas bocas" (ou seja, não os pagasse) (Miquéias 3:5Miquéias 3:5 commentary; Ezequiel 13:19Ezequiel 13:19 commentary). Esses falsos profetas não profetizavam a mensagem de Deus, mas eram "pagos para brincar".
Amazias, o sacerdote, parecia considerar a Amós como um falso profeta e estava empenhado em realocá-lo a um povo que quisesse ouvir sua mensagem. Amazias, o sacerdote, procurou evitar que Amós tivesse qualquer influência sobre Israel, pedindo-lhe que voltasse a Judá, seu lugar de origem, e lá comesse seu pão. Talvez o sacerdote tivesse raciocinado que a mensagem de Amós contra Israel seria bem-vinda em sua cidade natal, já que a mensagem era contra o reino do norte.
O sacerdote argumenta que a mensagem de Amós era perturbadora para Israel. Não parece que Amazias, o sacerdote, tenha considerado a possibilidade de que a profecia de Amós fosse verdadeira e que Israel precisasse se arrepender.
O fato de sacerdote Amazias e seu comportamento parecerem mais políticos do que espirituais era parte da história de Israel. O primeiro rei de Israel, Jeroboão I "fez sacerdotes entre todo o povo que não era dos filhos de Levi"; assim, a nomeação de Amazias pode ter sido feita com base em considerações políticas e não na linhagem tribal, como era o caso dos levitas (1 Reis 12:321 Reis 12:32 commentary). Isso pode explicar por que ele não parecia preocupado com a condição espiritual de Israel, ou com a mensagem de Amós, mas fez um cálculo político a respeito de Amós e sua mensagem.
Amazias ordena que Amós não profetizasse mais em Betel. Ele dá as razões da sua proibição às profecias de Amós em Betel: Pois é o santuário do rei e a residência real. Isso implicava que Amós precisava mostrar respeito ou reverência por Betel. Para Amazias, Betel pertencia ao rei Jeroboão II porque havia sido estabelecida por Jeroboão I (931-910 a.C.) como um dos lugares para os santuários reais em Israel - o outro estava em Dã (1 Reis 12:291 Reis 12:29 commentary).
Esses santuários deveriam servir como locais de adoração alternativos para o povo de Israel, a fim de impedi-los de ir a Jerusalém para adorar ao SENHOR (1 Reis 12:26-301 Reis 12:26-30 commentary). Esses locais de adoração alternativos eram uma forma de rebelião contra Deus e Seus mandamentos, mas os habitantes de Israel continuaram nessa mesma linha. Israel desejava um Deus que apoiasse o que eles desejavam, em vez de seguir aos caminhos de seu Suserano, em obediência aos Seus mandamentos (que haviam sido dados para seu benefício). Deus deixa claro a Amós que tais práticas logo chegariam ao fim. A Assíria exilaria Israel em cerca de trinta anos.
Amós 7:10-13 explicação
Esta seção descreve ao confronto dramático ocorrido entre Amazias, o sacerdote no santuário de Betel, e o profeta Amós. Assim que o profeta termina de declarar sua visão sobre o julgamento de Deus sobre as estruturas religiosas da nação Israel e seu rei, Amazias, o sacerdote de Betel, tenta impedi-lo de profetizar contra Israel.
Em sua tentativa de parar o ministério do profeta em Israel, Amazias enviou uma palavra a Jeroboão II, rei de Israel, e disse: Amós conspirou contra ti no meio da casa de Israel. Conspirar contra alguém significava se unir a outra pessoa para conspirar contra alguém para derrotá-lo de alguma forma. Em nosso contexto, o sacerdote diz falsamente ao rei Jeroboão II que Amós havia conspirado contra ele, buscando removê-lo ou executá-lo. O complô de Amazias pretendia levar a informação ao rei, visando irritá-lo e levando-o a defender seu trono, executando a Amós ou enviando-o para o exílio.
Para convencer o rei a aceitar seu falso relato, Amazias diz: A terra é incapaz de suportar todas as suas palavras [de Amós]. Ou seja, o país não poderia mais tolerar as profecias de Amós porque elas causariam angústia e problemas na nação. Assim, Amazias explica ao rei o que Amós havia dito: Jeroboão morrerá pela espada. A declaração do líder religioso era falsa e sem provas. O profeta não havia dito que Jeroboão II morreria pela espada. Ele havia dito que "Deus se levantaria contra a casa [ou dinastia] de Jeroboão com a espada" (Amós 7:9Amós 7:9 commentary). De fato, o livro dos Reis nos diz que "Jeroboão dormiu com seus pais, com os reis de Israel" (2 Reis 14:292 Reis 14:29 commentary). Assim, o sacerdote provavelmente distorceu as palavras de Amós para fazê-lo parecer uma ameaça política ao rei Jeroboão II. Porém, o texto mostra claramente que a intenção de Amós era apenas a de relatar a mensagem divina de julgamento contra Israel, seus santuários e sua dinastia.
Amazias também relata ao rei que Amós previu que Israel seria removido de sua terra para o exílio. Este relato era verdadeiro e foi documentado neste capítulo e em outras partes do livro (Amós 4:2-3Amós 4:2-3 commentary; 5:55:5 commentary; 26-2726-27 commentary; 6:76:7 commentary; 9:49:4 commentary). O que o sacerdote omite, no entanto, é a justificativa para o futuro exílio de Israel. O SENHOR enviaria Seu povo da aliança para o exílio porque eles haviam constantemente violado às Suas leis e tal punição era claramente explicitada como o remédio do pacto com o qual o povo havia concordado (Êxodo 19:8Êxodo 19:8 commentary).
Israel havia quebrado os Dez Mandamentos e as regras dos Dez Mandamentos, conforme registrado nos livros de Levítico e Deuteronômio (Levítico 26:14-39Levítico 26:14-39 commentary; Deuteronômio 28:15-68Deuteronômio 28:15-68 commentary). A lei do pacto explicitava claramente as consequências pela quebrar do pacto. Portanto, Deus seria justo, como sempre é, ao julgar a Seu povo.
Tendo apresentado suas preocupações ao rei, o sacerdote Amazias volta sua atenção a Amós e dirige-se a ele como "vidente", um nome frequentemente aplicado aos profetas por causa das visões que tinham quanto ao futuro (2 Samuel 24:112 Samuel 24:11 commentary). Ele pede a Amós que fugisse para a terra de Judá. Amazias estava ansioso por enviar Amós de volta a Judá, sua terra natal, porque ele não queria nenhum problema. Ele ordenou a Amós que voltasse a Judá, comesse seu pão lá e fizesse suas profecias lá. Judá era o reino do sul que havia permanecido leal à casa de Davi, depois que as dez tribos do norte de Israel se separaram de Judá (e Benjamim) durante o reinado de Roboão (1 Reis 12:16-191 Reis 12:16-19 commentary).
No antigo Israel, o trabalho profético incluía o direito de receber um honorário, uma taxa dada como pagamento pelos serviços do profeta. Era assim que o profeta ganhava seu pão. De acordo com o profeta Miquéias, os falsos profetas pregavam mensagens de paz quando tinham "algo para morder com os dentes" (ou seja, quando eram pagos), mas declaravam "guerra santa" contra qualquer um que não colocasse "nada em suas bocas" (ou seja, não os pagasse) (Miquéias 3:5Miquéias 3:5 commentary; Ezequiel 13:19Ezequiel 13:19 commentary). Esses falsos profetas não profetizavam a mensagem de Deus, mas eram "pagos para brincar".
Amazias, o sacerdote, parecia considerar a Amós como um falso profeta e estava empenhado em realocá-lo a um povo que quisesse ouvir sua mensagem. Amazias, o sacerdote, procurou evitar que Amós tivesse qualquer influência sobre Israel, pedindo-lhe que voltasse a Judá, seu lugar de origem, e lá comesse seu pão. Talvez o sacerdote tivesse raciocinado que a mensagem de Amós contra Israel seria bem-vinda em sua cidade natal, já que a mensagem era contra o reino do norte.
O sacerdote argumenta que a mensagem de Amós era perturbadora para Israel. Não parece que Amazias, o sacerdote, tenha considerado a possibilidade de que a profecia de Amós fosse verdadeira e que Israel precisasse se arrepender.
O fato de sacerdote Amazias e seu comportamento parecerem mais políticos do que espirituais era parte da história de Israel. O primeiro rei de Israel, Jeroboão I "fez sacerdotes entre todo o povo que não era dos filhos de Levi"; assim, a nomeação de Amazias pode ter sido feita com base em considerações políticas e não na linhagem tribal, como era o caso dos levitas (1 Reis 12:321 Reis 12:32 commentary). Isso pode explicar por que ele não parecia preocupado com a condição espiritual de Israel, ou com a mensagem de Amós, mas fez um cálculo político a respeito de Amós e sua mensagem.
Amazias ordena que Amós não profetizasse mais em Betel. Ele dá as razões da sua proibição às profecias de Amós em Betel: Pois é o santuário do rei e a residência real. Isso implicava que Amós precisava mostrar respeito ou reverência por Betel. Para Amazias, Betel pertencia ao rei Jeroboão II porque havia sido estabelecida por Jeroboão I (931-910 a.C.) como um dos lugares para os santuários reais em Israel - o outro estava em Dã (1 Reis 12:291 Reis 12:29 commentary).
Esses santuários deveriam servir como locais de adoração alternativos para o povo de Israel, a fim de impedi-los de ir a Jerusalém para adorar ao SENHOR (1 Reis 12:26-301 Reis 12:26-30 commentary). Esses locais de adoração alternativos eram uma forma de rebelião contra Deus e Seus mandamentos, mas os habitantes de Israel continuaram nessa mesma linha. Israel desejava um Deus que apoiasse o que eles desejavam, em vez de seguir aos caminhos de seu Suserano, em obediência aos Seus mandamentos (que haviam sido dados para seu benefício). Deus deixa claro a Amós que tais práticas logo chegariam ao fim. A Assíria exilaria Israel em cerca de trinta anos.