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Significado de Daniel 2:36-38

Cada pedaço da estátua no sonho representava um reino. O sonho abrangia desde o tempo de Daniel até o tempo em que vivemos, ou seja, milhares de anos. Também cobre o fim de nossa era atual e introduz o Reino de Deus que será estabelecido na terra.

Daniel diz a Nabucodonosor que o reino da Babilônia era representado pela cabeça de ouro na estátua. O reino de Nabucodonosor duraria apenas 66 anos, um dos períodos de tempo mais curtos representados na estátua em seu sonho. O fim do domínio babilônico é narrado mais tarde no livro de Daniel, quando os persas conquistam a Babilônia. Daniel pronuncia a desgraça no neto de Nabucodonosor, Belsazar, interpretando a caligrafia na parede. Porém, Daniel não menciona isso aqui. Ele apenas diz que o reino de Nabucodonosor tinha autoridade absoluta sobre a terra, mas que ele fracassaria e daria lugar a outro reino.

Na época de Nabucodonosor, a Babilônia era o maior dos reinos. Nabucodonosor tinha o poder, a força e a glória, porque onde quer que habitassem os filhos dos homens, ou os animais do campo, ou as aves do céu. Deus os havia entregado nas mãos de Nabucodonosor e o fez governar sobre tudo. A extensão do poder de Nabucodonosor era vasta. A descrição de Daniel sobre a autoridade do rei ecoava a declaração de Jesus sobre a autoridade de Deus na oração do Pai Nosso, quando diz: "Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre" (Mateus 6:13b). O Senhor havia dado nas mãos de Nabucodonosor um poder absoluto e incomparável. O vasto poder que o Senhor havia concedido a Nabucodonosor prenunciava o poder que Deus exerceria sobre a terra quando Seu Reino viesse fisicamente à terra (Apocalipse 2:26-29). É provável que por isso o reinado de Nabucodonosor seja descrito como a cabeça de ouro.

A ascensão de Nabucodonosor ao poder envolveu muitas batalhas com o Egito. Antes do cativeiro de Daniel, o Egito lutou contra o reino de Judá, matando ao rei Josias em 609 a.C. O Egito impôs um pesado imposto a Judá depois disso. A lealdade de Judá ficou divididas entre a Babilônia e o Egito por muitos anos. Quatro anos após a morte de Josias, em 605, Nabucodonosor derrotou ao Faraó Neco do Egito na batalha de Carquemis. Nabucodonosor invadiu Judá naquele mesmo ano e conquistou Jerusalém, provavelmente o momento no qual Daniel foi levado cativo.

O rei Joaquim de Judá submeteu-se ao domínio babilônico e pagou impostos a Nabucodonosor. No entanto, a Babilônia não foi capaz de conquistar o Egito, o que levou Joaquim a parar de pagar tributos à Babilônia e se aliar ao Egito mais uma vez. Jeremias, o profeta, advertiu contra essa decisão, dizendo ao rei que Deus protegeria Judá se ele mantivesse seu tratado com a Babilônia; se o rei quebrasse seu tratado, Deus entregaria Judá à destruição pelos babilônicos. Jeremias foi ignorado. Nabucodonosor retornou a Jerusalém e a conquistou novamente. Joaquim morreu durante o cerco, e seu filho Jeoaiquim subiu brevemente ao trono. Após a queda de Jerusalém, Joaquim foi levado em cativeiro para a Babilônia, juntamente com muitos judeus. Nabucodonosor colocou o tio de Joaquim, Zedequias, no trono de Judá como rei vassalo.

Eventualmente, o rei Zedequias também se revoltou contra o governo da Babilônia, confiando nos egípcios para defender Judá. Jeremias, o profeta, exortou Zedequias e o povo judeu a se arrependerem de seus muitos pecados diante de Deus e a apoiarem o governo de Nabucodonosor, pois Deus havia permitido que os babilônicos conquistassem Seu povo como castigo. Porém, não houve arrependimento, apenas idolatria e rejeição a Deus. Assim, Deus estabeleceu um período de 70 anos para o exílio de Judá na Babilônia e nada poderia impedir isso. Zedequias e o povo judeu acreditavam que o Egito era mais poderoso que a Babilônia e fizeram uma aliança secreta com o Egito. Contrários a ordem de Deus, eles confiaram no Egito em vez de confiarem em Deus. Em 597 a.C., o Egito marchou em direção a Jerusalém para lutar contra outro cerco da Babilônia, o que levou Nabucodonosor a retirar suas forças por um tempo (Jeremias 37:11). Naquele momento, o povo judeu pode ter pensado que estavam corretos em terem confiado no Egito.

No entanto, a suposta retirada não durou muito tempo. Nabucodonosor retornou a Jerusalém com todas as suas hostes para um cerco decisivo (1 Reis 25). Fortes foram construídos ao redor da cidade. O ataque foi longo e o povo de Jerusalém sofreu e passou fome. Em 586 a.C., o cerco terminou com a Babilônia rompendo os muros e queimando Jerusalém até o chão. As muralhas, o templo e toda a cidade foram destruídos. Zedequias foi capturado, seus olhos foram cegados e ele levado para a Babilônia acorrentado.

Depois disso, o domínio da Babilônia no Oriente Médio estava garantido. O império da Babilônia era poderoso e rico, como a cabeça de ouro no sonho do rei.

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