Add a bookmarkAdd and edit notesShare this commentary

Significado de Hebreus 9:13-15

Se o sangue de animais era capaz de purificar os pecados, então, através do sangue de Cristo, alcançaremos muito mais, levando-nos a uma vida de serviço a Deus e liberdade de uma consciência desordenada.

Cristo não apenas alcançou a salvação eterna em forma de justificação na presença de Deus (libertação do inferno): Ele também é capaz de limpar nossas consciências continuamente, salvando-nos de toda culpa. O autor do livro de Hebreus aponta que a lei e os sacrifícios do templo não eram suficientes para transformar as consciências do povo (“teleo”, completar, cumprir ou acabar). Mas, Cristo o fez. Quanto mais o sangue de Cristo nos purificará? Cristo se ofereceu como sacrifício perfeito a Deus em nosso favor, para que pudéssemos obter a justificação eterna na presença de Deus e também alcançar uma consciência limpa para servirmos a Deus diariamente.

Embora sejamos justificados aos olhos de Deus de uma vez por todas através da obra acabada de Jesus, nossa experiência de perdão ocorre em tempo real durante nossas vidas diárias. As Escrituras nos dizem que, quando errarmos, devemos confessar nossos pecados, tanto a Deus (1 João 1:9) quanto uns aos outros (Tiago 5:16). Como Jesus ilustrou a Seus discípulos, se alguém já foi lavado (feito nova criatura em Cristo), esta pessoa precisa apenas ter seus pés lavados (confessar seus pecados) (João 13).

Nesta passagem, o escritor deixa claro que Jesus trabalha continuamente em Seu ministério sacerdotal. Seu ministério neste trabalho é "para nós" (Hebreus 9:24).

O versículo 14 diz que Cristo é capaz de purificar nossas consciências das obras mortas. “Obras mortas” aqui provavelmente se referem à incapacidade da lei de limpar as nossas consciências. Pode cumprir todos as regras da lei e dos sacrifícios e ainda assim ter uma consciência culpada. A observância religiosa pode enganar as pessoas, mas não engana nem a Deus nem a nós mesmos. Porém, há uma alternativa. Podemos entrar no verdadeiro Santo dos Santos no Céu, onde Jesus está lá, e Ele aspergirá nossos corações com Seu sangue e limpará nossas consciências do pecado. Isso nos liberta do fardo da culpa, para que possamos tirar nosso foco de nossas próprias inadequações e, em vez disso, nos concentrar na obra que Deus preparou para fazermos em obediência a Ele.

Saber que Jesus pagou plena e eternamente o preço por nossos pecados nos capacita a servir livremente ao Deus vivo. Quando nossas consciências são limpas, ao nos aproximarmos do nosso Sumo Sacerdote Jesus para perdão de pecados, isso nos alivia do peso da culpa em nossas consciências, para que possamos servi-Lo com liberdade.

O capítulo 6 faz referência às obras mortas e o autor admoesta seus leitores a avançar rumo à maturidade. Buscar a maturidade e a obediência a Deus por meio da fé afasta os crentes das obras mortas. No capítulo 3, o apóstolo explica que somos a casa de Deus, caso O sirvamos e obedeçamos. Jesus nos capacita a ser a casa de Deus, dando-nos uma consciência limpa e uma capacidade de servir livremente a Deus. A obra de Cristo é completamente suficiente e nos dá a redenção eterna, de uma vez por todas, bem como nos concede consciências limpas na medida em que nos aproximamos Dele. Esta experiência diária de caminhar em comunhão com Deus é o que nos permite viver uma vida transformada através do poder da ressurreição de Jesus.

Cristo é agora o mediador da Nova Aliança, o que significa que Ele trouxe e estabeleceu esta Aliança entre nós e Deus. Sua morte trouxe a redenção dos pecados cometidos sob a Antiga Aliança. O público de Paulo podia ter certeza de que sua fé em Cristo os libertaria de toda a culpa de seus pecados, para além das observâncias religiosas, como os sacrifícios no templo. Por causa do sacrifício de Jesus, obtivemos a salvação eterna e somos justificados na presença de Deus (libertos do inferno). Porém, este versículo deixa claro que temos a promessa de herança eterna também.

A promessa da herança eterna é condicional. Precisamos ser obedientes a Deus para obtê-la. No capítulo 4 de Hebreus, o escritor compara essa herança a entrarmos no descanso de Deus, ou seja, devemos perseverar até que nossa obra seja concluída ("teleo"). Devemos ser fiéis e obedientes para completar nosso trabalho na terra, nosso serviço ao Deus vivo, a fim de herdar (como Jesus herdou) a recompensa de sermos chamados de "filhos". Nos tornamos filhos (novos nascidos) através da fé em Jesus; isso é algo incondicional. Porém, a recompensa da "adoção" como governantes na administração real do trono é concedida somente àqueles que perseveram na fé.

Uma realidade maravilhosa e surpreendente desta recompensa da fé é que Jesus está pronto a nos ajudar como Sumo Sacerdote fiel que passou pelas mesmas dificuldades que encontramos. Podemos errar e alcançar limpeza de consciência e começar de novo, porque Jesus é nosso Sumo Sacerdote. Também podemos nos aproximar do trono da graça para receber ajuda em momentos de necessidade (Hebreus 4:16). O que não podemos fazer, conforme afirma o autor da carta, é pecar deliberadamente e esperar escapar das consequências negativas, encobrindo nossas ações com práticas religiosas. Todo crente já passou pela experiência de chegar à conclusão de que está pecando. Jesus está sempre "de plantão" como Sumo Sacerdote para nos livrar da culpa quando passamos por essa experiência. A desobediência intencional é outra coisa.

Select Language
AaSelect font sizeDark ModeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.