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Significado de Mateus 10:11-15

Jesus continua a instruir Seus discípulos em sua missão por todo o Israel. Ele lhes diz como reagir quando uma cidade os recebesse bem e quando uma cidade os recebesse mal.

Os relatos paralelos do Evangelho quanto a estas instruções são encontrados em Marcos 6:10-11, Lucas 9:4-5 e Lucas 10:5-12.

Jesus diz a Seus discípulos o que fazer quando se aproximassem e entrassem em uma cidade ou aldeia da Casa de Israel. Qualquer que fosse a cidade ou aldeia em que  eles entrassem, eles deveriam perguntar se havia alguém digno naquela cidade, e deveriam ficar na casa desta pessoa até que saíssem da cidade.

A hospitalidade para os viajantes era um valor cultural muito importante em grande parte do mundo antigo. Cidades e vilas menores, muitas vezes, careciam de acomodações oficiais, como pousadas para hóspedes e muitos viajantes pernoitavam na casa de um morador local. Os viajantes eram considerados vulneráveis. Era costume sempre aceitar um viajante como hóspede durante a noite e fornecer-lhe uma refeição e hospedagem, se ele pedisse. Moisés ensinou que Israel deveria ser hospitaleiro com os estrangeiros que passassem por sua terra. As implicações práticas do comando de Moisés podem facilmente se estender aos estrangeiros judeus que viajavam para fora da cidade:

"Quando um estrangeiro residir convosco na vossa terra, não lhe farás mal. O estrangeiro que reside convosco será para vós como o nativo entre vós, e o amareis como a vós mesmos, pois fostes estrangeiros na terra do Egito; Eu sou o Senhor, teu Deus". (Levítico 19:33-34)

Jesus usou o valor da hospitalidade como exemplo para descrever a obediência à Lei e como uma espécie de medida para o dia do juízo (Mateus 25:31-46). Nessa advertência, Ele diz: "O Rei responderá e lhes dirá: Em verdade vos digo que, na medida em que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo o menor deles, o fizestes a mim" (Mateus 25:40). Jesus, certa vez, visitou a casa de Simão, o fariseu. Quando Simão questionou, em segredo, o caráter de Jesus porque uma mulher pecadora lavou Seus pés, Cristo contrastou o fracasso de Simão em cumprir com aquele dever habitual para os convidados, enquanto a mulher foi além, mostrando bondade (Lucas 7:44-48). 1 Timóteo 5:10, Tito 1:8, Hebreus 13:2 e 1 Pedro 4:9 também exortam sobre a virtude da hospitalidade.

As casas tinham a reputação de serem gentis ou grosseiras com hóspedes de outras cidades. Isto é provavelmente o que Jesus quis dizer quando disse a Seus discípulos para procurar quem era digno. Em outras palavras, quando chegarem a uma cidade, perguntem quais casas são hospitaleiras e fiquem lá até saírem daquela cidade. Foi um conselho muito prático.

A obrigação dos hóspedes, conforme o costume, era deixar uma bênção de paz na casa. "A paz esteja com esta Casa". Era assim que os viajantes saudavam seus potenciais anfitriões quando se aproximavam da casa, como um sinal de respeito. Essa bênção demonstrava sua gratidão aos anfitriões e era reconhecida como um compromisso de que não fariam nada de mal aos anfitriões.

Se a casa tem a fama de ser digna de ser hospitaleira, deixe sua bênção de paz. E fique lá. Se a casa provou ser digna de ter uma reputação hospitaleira, sua bênção de paz vai permanecer. Agradeça às pessoas daquela casa por serem anfitriões generosos. Agradeça a Deus por Sua bondade. Peça-Lhe que demonstre esse favor à casa, em troca da hospitalidade de seus proprietários.

Mas se a casa se revelar ser indigna, ou seja, não tiver uma reputação hospitaleira, retire sua bênção de paz. Jesus não está dizendo para trazer qualquer dano à casa, do tipo "olho por olho". Mas, os discípulos devem pedir que Deus lide com aquela família por sua indelicadeza. Quem não vos receber, nem der ouvidos às vossas palavras, ao saíres daquela casa ou daquela cidade, sacudam a poeira dos vossos pés. Se as pessoas daquela cidade forem inóspitas ou rejeitarem a mensagem que vocês pregam, não levem para o lado pessoal. Não guardem rancor. Basta sacudir a poeira das sandálias e conitnuar para a próxima cidade. Deus lidará com aquela gente.

Jesus lhes assegura, usando Sua própria autoridade divina, que será mais tolerável para a terra de Sodoma e Gomorra no dia do juízo do que para aquela cidade. Sodoma e Gomorra foram cidades destruídas por Deus por sua maldade (Gênesis 19:24-28). Jesus estava dizendo duas coisas com esta observação. Primeiro, Ele quis dizer que será mais tolerável para Sodoma e Gomorra porque aquelas cidades já haviam sido julgadas por seus pecados, enquanto as cidades que recusassem os discípulos ainda não. E Ele também queria dizer que Sodoma e Gomorra eram menos responsáveis por sua maldade porque não conheciam a Deus, enquanto as cidades da Casa de Israel O conheciam. Sodoma e Gomorra não eram o povo escolhido de Deus e não conheciam os mandamentos da aliança, enquanto a Casa de Israel pertencia a Deus. Eles sabiam tudo sobre o Seu Reino e deveriam estar prontos para recebê-lo. Em ambos os casos, parece claro que era uma péssima ideia deixar de ser hospitaleiro sempre que a oportunidade surgisse.

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