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Significado de Mateus 3:11-12

João confessa que ele não é o Messias. Ele se considera apenas um humilde precursor do Messias. João muda de metáfora e alerta que o Messias está vindo muito em breve para a colheita. Em Seu retorno, Ele irá trazer os fieis a Si mesmo e irá incendiar tudo o que não foi adequado e todos os que forem indignos.

João passa do assunto dos fariseus e saduceus para falar rapidamente sobre si mesmo e a natureza do seu batismo, como um aperitivo do assunto sobre o Messias e Seu batismo. Eu, na verdade - diz João – vos batizo com água para o arrependimento. O batismo de João foi significativo, porém apenas simbólico. Ele o ministrava através da água, uma demonstração pública da mudança de coração e mente. O batismo de João indicava que as pessoas batizadas por ele desejavam ser preparadas para a vinda do Reino dos Céus. João pregava a mesnagem de arrependimento e imergia o penitente na água como sinal de seu compromisso com Deus e o Reino porvir. Porém, João explica que aquele era o limite do seu ministério.

Logo depois de tal confissão, João acrescenta que “aquele que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu.” Este era Jesus, o Messias. Logo após apresentar Jesus como o Messias através de Sua genealogia, os cumprimentos das profecias e Seu nascimento milagroso, Mateus continua no caminho da validação profética do profeta de seus dias. Os ouvintes de João devem ter reconhecido imediamente que o profeta estava se referindo ao Messias, mas não que ele falava sobre Jesus. Jesus ainda não havia aparecido a eles.

A palavra forte, no grego, é “His-chu-ros”. Ela pode significar “com força, forte, valente ou violento”. João está dizendo que Aquele que viria depois dele tinha mais poder e autoridade que ele. O uso da palavra  “His-chu-ros” pode, adicionalmente, sugerir que o Messias seria muito menos gentil e controlado que João, ou seja, Ele seria mais “violento/valente” que ele.

João, então, aponta para a grande deferença entre sua integridade e valor e as do Messias: Não sou digno de levar-lhe as sandálias. De acordo com o costume judaico, a remoção das sandálias dos pés de alguém era um trabalho para o menos dos servos da casa. João está indicando que, comparado ao Messias, ele é indigno de realizar até mesmo os trabalhos menos dignos. Dada o quanto João era reverenciado, esta declaração é muito impactante.

Havendo demonstrado sua fragilidade e pequenês diante do poder e glória do Messias, João passa a descrever a natureza do batismo do Messias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. João apenas mergulhava as pessoas na água, numa cerimônia simbólica. Os elementos de imersão do Messias era o Espírito Santo e o fogo. O fogo é quente e intenso. Queima. O fogo purifica as impurezas quando as consome.

O fogo é frequentemente mencionado ao longo da Bíblia como símbolo da presença de Deus. Observe a aliança de Deus com Abrão (Gênesis 15:17), a sarça ardente (Êxodo 2:2-5), a coluna de fogo à noite (Êxodo 13:21), a experiência de Isaías diante do trono de Deus (Isaías 6:4), Deus como muralha de fogo (Zacarias 2:5), o Espírito Santo no Pentecostes (Atos 2:1-4), Deus como fogo consumidor (Deuteronômio 4:24; Hebreus 12:29).

O fogo é um símbolo frequente do juízo de Deus, tanto como significado da Sua ira quanto como meio de santificação. Veja Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:24), a oitava praga (Êxodo 9:23), a tabalha de Jericó (Josué 6:24), Elias e os profetas de Baal (1 Reis 18:20-40), Isaías na presença de Deus (Isaías 6:1-7), os alertas dos profetas menores (Sofonias 3:8), o relato de Cristo sobre o Geena e as trevas exteriores (Mateus 13:40,42,50; Marcos 9:43-49), o trono do julgamento de Cristo (1 Coríntios 3:11-15), a ira de Deus sobre os depravados (Hebreus 10:26,27), o lago de fogo (Apocalipse 20:14,15).

Ambos os usos simbólicos do fogo demonstram que a presença e o juízo de Deus não são mutuamente exclusivos. Ambos podem ser aplicados ao mesmo tempo.

O batismo do Messias é uma imersão na presença de Deus, que queima todo o pecado e impureza. É, ao mesmo tempo, doloroso e maravilhoso. Todos os que entram no Reino passarão pelo batismo do Messias. A mensagem de arrependimento de João e seu convite ao batismo era uma preparação, uma forma de minimizar a dor futura da purificação pelo fogo em preparação para o batismo do Messias.

João nos apresenta uma outra metáfora agrícola. Desta vez, ele descreve o batismo do Messias traçando um paralelo muito parecido com a metáfora de Paulo à avaliação dos crentes e suas obras por Cristo no dia do juízo:

“Pois ninguém pode pôr outro fundamento, senão o que foi posto, que é Jesus Cristo. Contudo, se alguém edifica sobre o fundamento um edifício de ouro, de prata, de pedras preciosas, de madeira, de feno, de palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque ele é revelado em fogo; e qual seja a obra de cada um, o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra do que a sobre-edificou, este receberá recompensa; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas o tal será salvo, todavia, como através do fogo” (1 Coríntios 3:11-15).

João descreve o Messias como um fazendeiro pronto para realizar a colheita. A sua (o Messias) pá ele a tem na sua mão e limpará bem a sua eira. A eira era uma superfície sólida onde os grãos do trigo eram removidos do talo. Isso era feito batendo nos talos, até que os grãos (a parte útil do trigo) fosse separado dos talos (a parte inútil, também chamada de palha). A referência de João é a de que o Messias irá colher os talos (todos os humanos) em Seu campo (Seu povo) e irá chacoalhar os grãos (boas obras), tirando-os dos talos e jogando-os na eira (lugar do juízo).

O fato de que o Messias irá limpar a eira completamente inidica que Ele não irá perder um único grão. Ele não se esquecerá de nenhuma boa obra. Após fazer isso, o Messias irá ajuntar o trigo (os grãos produtivos e comestíveis) no armazém, mas queimará a palha (a parte inútil) com fogo inextinguível. Toda a palha, o que restar dos talos e galhos, será queimado por Ele com fogo inextinguível. Este termo sugere que as partes inúteis serão completamente aniquiladas. Elas não serão jamais lembradas outra vez.

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