Add a bookmarkAdd and edit notesShare this commentary

Significado de Mateus 5:27,28

Jesus ensina que tanto o pecado externo do adultério quanto o pecado interno da lascívia são violações da Aliança de Deus.

Após discutir o primeiro princípio do Reino – a justiça é uma questão de obediência externa à letra da lei e de obediência interna no coração ­– em relação à ira, Jesus agora aplica o princípio à questão da lascívia.

Jesus cita o sétimo mandamento (Êxodo 20:14): “Tendes ouvido que foi dito: Não adulterarás.” O adultério não é apenas um pecado sexual. É uma violação do casamento como instituição estabelecida por Deus. O casamento é a união da alma e do corpo de um homem e uma mulher. O casamento é a primeira instituição dada por Deus à humanidade (Gênesis 2:24). O adultério rompe essa união. O adultério era definido como pecado capital na Lei judaica.

“Se um homem cometer adultério com mulher casada, isto é, se cometer adultério com a mulher do seu próximo, certamente serão mortos o adúltero e a adúltera” (Levítico 20:10).

Quando Jesus estava em Jerusalém, os escribas e fariseus trouxeram uma mjulher que havia sido pega no ato de adultério. Eles tentaram colocar uma armadilha para Jesus e, publicamente, apedrejá-la. Mas, Jesus não caiu na armadilha deles (João 8:1-11). Fica claro o fato de que esta lei específica não era aplicada havia muito tempo. Era contrária à lei romana a aplicação da pena de morte pelos judeus. Além do mais, a lei não era aplicada de forma equânime em todos os casos. A lei demandava que tanto o homem quanto a mulher fossem apedrejados, porém os acusadores daquela mulher haviam trazido apenas a mulher à presença de Jesus. Cristo deu a permissão para que os homens que não houvessem cometido nenhum pecado a apedrejassem. Assim, Ele obedeceu à Lei e ao mesmo tempo deixou claro que o mais importante naquele incidente era o coração deles. Jesus não tinha pecado, então Ele poderia ter atirado a primeira pedra. Ao invés disso, Ele a perdoou e recomendou que ela não pecasse mais (João 8:11).

Da mesma forma que havia lidado com a questão do assassinato nos versículos anteriores, Ele fez a mesma coisa com o mandamento contra o adultério. Jesus priorizou o coração, ensinando a Seus discípulos que o pecado de adultério não é cometido apenas quando há o contato físico. Tendo como referência Sua autoridade divina (“Eu, porém, vos digo”), Jesus ensina que “todo o que põe seus olhos em uma mulher, para a cobiçar, já no seu coração adulterou com ela.

Não é suficiente, portanto, para alguém dizer que está cumprindo a justiça por não ter relações sexuais ilícitas. Se a pessoa olhar para uma mulher para a cobiçar ela já é culpada. O ato físico e externo do adultério só pode ocorrer após ele ter acontecido no coração.

Mais uma vez, Jesus não está apenas ensinando que o pecado externo do adultério coloca a pessoa numa posição de injustiça e desarmonia com Seu Reino. Ele vai um passo adiante e diz que o pecado interno da lascívia torna a pessoa injusta e em desarmonia com os princípios do Seu Reino. No julgamento porvir, o livro de Hebreus declara que as “disposições e pensamentos do coração” serão julgadas (Hebreus 4:12).

Select Language
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
;