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Significado de Mateus 5:33-37

Jesus demonstra que a justiça e a hamornia não são questão de juramentos, mas de honestidade e verdade.

O próximo passo de Jesus é falar sobre o tema das promessas, ou votos. De novo, Ele lida com a questão do coração. Também tendes ouvido o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. A referência aos antigos pode ter significado o período do Antigo Testamento em geral. Pode também simbolizar uma referência específica na geração do Êxodo que havia recebido a Lei de Moisés. O nono mandamento era: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20:16; Deuteronômio 5:20).

Independente de quais antigos Jesus tinha em mente, fica claro que Ele estava falando sobre a antiga prática de se fazer votos. Fazer um voto, ou juramento, era algo que significava que a palavra da pessoa era tão verdadeira ou tão firme quanto aquilo pelo qual a ela jurava. Se alguém jurasse por uma montanha, seu voto significava que “enquanto esta montanha existir eu vou fazer o que estou prometendo a você”. As pessoas tipicamente juravam por coisas que permaneciam por muito tempo como forma de adicionar seriedade a seus votos. A coisa ou pessoa mais “duradoura” a se jurar era, obviamente, Deus. Moisés havia registrado no Salmo 90:2 que Deus era “de eternidade em eternidade”. Apelar, portanto a Deus através da invocação a Seu Nome ao se fazer um juramento era algo que dava ao voto a mais alta seriedade possível.

Aqui está o que a Lei de Moisés dizia a respeito dos votos ao Senhor:

“Não jurareis falso pelo meu nome, de sorte que profaneis o nome de vosso Deus: eu sou Jeová” (Levítico 19:12).

“Quando um homem fizer um voto a Jeová ou um juramento para se obrigar a alguma abstinência, não violará a sua palavra; fará segundo tudo o que sair da sua boca” (Números 30:2).

“Quando fizeres um voto a Jeová, teu Deus, não tardarás em o cumprir, porque Jeová, teu Deus, sem falta o requererá de ti; e em ti haverá pecado” (Deuteronômio 23:21).

A admoestaçção de Moisés é repetida por Salomão:

“Quando fizeres um voto a Deus, não tardes em o cumprir, porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é não fazeres voto do que fazê-lo sem o cumprir” (Eclesiastes 5:4,5).

Com base nesses versículos, fica claro que Deus leva muito a sério o Seu Nome. Qualquer um que violasse um juramento ao invocar o Senhor deveria ser punido pela sociedade e ser responsabilizado diante de Deus. Mais uma vez, as autoridades religiosas haviam criado brechas na lei para “se safarem” quando mentissem ou não cumprissem suas promessas, mantendo, assim, aquela fachada de justiça.

As pessoas faziam votos não pelo Nome de Deus, mas pelo céu, pela terra, por Jerusalém ou outras coisas. Quando quebravam suas promessas ou não cumpriam seus votos, eles ignoravam seu sentimento de culpa ou a pressão de seus acusadores baseados na crença enganosa de que não haviam cumprido seu juramento porque ele não havia sido feito diretamente a Deus.

Abusando da ironia, Jesus invoca Seu próprio Nome e autoridade divinos – Eu, porém, vos digo – na instrução a seguir: Absolutamente não jureis, mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não. Em outras palavras, digam a verdade e parem de enganar uns aos outros brincando com seus juramentos. Parem de adicionar às suas palavras mais peso do que poderão sustentar.

Toda autoridade, no final, vem de Deus – nenhuma autoridade repousa sobre nós. Assim, não jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deusnem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. A expressão grande Rei pode ser uma referência a Si próprio, o Messias, o Filho de Davi, ou ao rei Davi, que havia conquistado Jerusalém e tornado a cidade a capital do reino (Mateus 1:1; 2 Samuel 5:6-10). Não jurem por nada, apenas digam a verdade.

Usando de humor, Jesus acrescenta que a pessoa não deveria jurar nem pela tua cabeça, porque nem um só cabelo podes tornar branco ou preto. Há algumas coisas preciosas que podemos controlar, mas a cor natural do nosso cabelo não é uma delas. Tudo, no final, retorna a Deus. Algo que, sim, podemos controlar é se confiamos ou não em Deus e se vamos nos esforçar por cumprir nossas promessas. Isso podemos fazer.

Quaisquer juramentos para além da plena verdade do “sim, sim” (fazer o que dizemos que vamos fazer) ou “não, não” (não fazer o que dizemos que não vamos fazer) vem do maligno. O Reino dos Céus é um reino pleno de justiça (harmonia social). Não há harmonia entre as pessoas na ausência da verdade. A confiança é o elo que liga e fortalce os diversos grupos sociais.

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