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Significado de Mateus 5:31-32

Jesus fecha uma brecha legal usada pelos homens para explorar o ensinamento de Moisés sobre o divórcio.

Jesus elevou o nível requerido para a ira e a pureza moral. Ele também estabeleceu um alto padrão para o casamento.

O casamento bíblico é a união de um homem e uma mulher. Deus instituiu a primeira aliança de casamento quando criou a mulher para Adão. Adão deu a ela o nome de Eva e ela se tornou sua esposa. Juntos eles se tornaram uma só carne (Gênesis 2:18-25). A aliança de casamento é uma figura da relação de Cristo com Sua noiva, a Igreja (Efésios 5:28,29). Assim sendo, o casamento é uma relação santa e sagrada que descreve o relacionamento de Deus conosco. Portanto, “seja honrado o matrimônio por todos, e seja o leito sem mácula” (Hebreus 13:4). Infelizmente, o casamento não tem sido honrado e muitos dos que entram na aliança do casamento rompem seus votos.

Jesus cita o ensino de Moisés em relação ao divórcio. Também foi dito: Quem repudiar (Apolyo, mandar embora) sua mulher, dê-lhe carta de divórcio (Apostasion, cortar). Moisés havia ensinado que quando um homem manda sua mulher para fora de casa ele deve dar a ela uma carta de divórcio atestando que ela não mais é casada com ele. Este documento oficializava o divórcio. Ele demonstrava a todos que a mulher que havia sido mandada embora de casa  estava agora livre para se casar outra vez.

Este é um ponto importante, porque o casamento e a família davão proteção e provisão às mulheres. As mulheres daquela época dependiam na força do marido para proteção e provisão de suas necessidades básicas. Assim, era importante permitir que a mulher tivesse uma chance de se casar de novo. Vemos isso na história de Rute. Após a morte de seu marido e filhos, a viúva Noemi rogou à suas noras Rute e Orfa que encontrassem novos maridos (Rute 1:8,9). No mundo antigo, as mulheres tinham poucas opções de provisão e proteção. Mandar a esposa embora sem a carta de divórcio era algo cruel. Tal atitude condenava a mulher a uma vida de instabilidade e desespero. Portanto, Moisés diz em Deuteronômio 24:1,2:

“Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por lhe haver ele encontrado alguma coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Tendo ela saído da casa dele, poderá ir e tornar-se mulher de outro homem.”

No entanto, o pecado no coração do homem criou brechas na Lei de Moisés. A brecha foi produzida pela expressão “encontrado alguma coisa indecente”. Nos dias de Cristo, os homens justificavam a separação de suas esposas por qualquer coisa. Eles se divorciavam delas e ficavam em paz com suas consciências de que não haviam feito nada de errado, já que haviam cumprido a Lei de Moisés ao dar a elas a carta de divórcio.

Porém, Jesus indicou que tal atitude feria a justiça de Deus.

Fazendo uso de Sua autoridade divina – Eu, porém, vos digo – Jesus apresenta a Seus discípulos um padrão mais alto para o divórcio. O padrão é a infidelidade. A palavra usada por Mateus é “porneia” (G4202), de onde vem a palavra pornografia. A palavra também pode ser traduzida como “fornicação”, que significa imoralidade sexual. Todo o que repudia (Apolyo) sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, comete injustiça porque a faz ser adúltera.

Jesus esclareceu que todo aquele que repudiar (Apolyo) sua mulher, a não ser por causa de infelidade, a faz ser adúltera e que mandá-la embora por qualquer outro motivo menor geraria um divórcio ilegítimo. Qualquer outro motivo não satisfaria as exigências da Lei de Moisés. Portanto, quando essa mulher se casasse outra vez, ela estaria em adultério porque ainda estaria em aliança com o marido anterior. A culpa disso seria do marido. Ele poderia ter cumprido a letra da lei, conforme interpretada pelos escribas e fariseus, mas estaria violando o espírito da lei.

Ao indicar isso, Jesus estava destruindo a interpretação legal que era bastante popular entre os homens que O ouviam. Porém, Ele não buscava aprovação ou popularidade. Ele estava apresentando a plataforma de Seu Reino e convidando os discípulos a participarem de suas recompensas.

Jesus acrescenta: “Qualquer que se casar com a repudiada (Apolyo, sem uma carta legítima de divórcio - Apostasion) comete adultério.” Em outras palavras, se uma mulher não recebesse o documento de divórcio pela razão legítima, infidelidade, ela ainda seria considerada casada. Portanto, ter relações sexuais com outro homem seria considerado adultério. Jesus deixou claro a todos os que O ouviam quais eram Suas expectativas em relação ao tratamento das mulheres pelos homens.

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