Amós faz duas perguntas retóricas para expor a perversão da justiça de Israel. Uma vez que os israelitas haviam pervertido a justiça e se vangloriavam de suas vitórias militares, Amós diz que o SENHOR levantaria uma nação para afligi-los e eliminar suas conquistas militares.
Para expor o nível de perversidade da elite de Israel, Amós faz duas perguntas retóricas. Amós pergunta: Correrão os cavalos sobre pedras? A resposta implícita para essa pergunta era "Não". Os cavalos não conseguem galopar sobre rochas (grandes pedras ou penhascos rochosos) porque as rochas destruiriam seus cascos, os feririam e os impediriam de realizar seu trabalho.
Amós também pergunta: Lavra-se-á ali com bois? Novamente, a resposta implícita era "Não". Não aram com bois os penhascos rochosos. “Arar” significa revolver e soltar a camada superior do solo, preparando-o para a semeadura. Tal atividade era reservada para a superfície do solo, não para terrenos rochosos. Ninguém sequer sonharia em fazer com que seus cavalos trabalhassem em penhascos rochosos ou grandes pedras, pois isso seria algo irracional e absurdo.
No entanto, o povo da aliança com Deus havia feito algo igualmente inútil durante os dias de Amós ao transformar a justiça em veneno, causando ferimentos, doenças e morte na terra. Eles também haviam transformado o fruto da justiça em absinto. A palavra “absinto” é usada metaforicamente aqui para a amargura. A ideia é que os israelitas haviam transformado a doce justiça em amargura. Distorceram a justiça e minimizaram a retidão. Como tal, eles violaram as regras básicas das leis da aliança de Deus, conforme explicado na Lei Mosaica (Êxodo 23:1-9).
A lei de Deus estabelece dois caminhos, um caminho de vida e um caminho de morte (Deuteronômio 30:15-18). O caminho da vida é amar a Deus e amar aos outros (Deuteronômio 6:4-5; Levítico 19:18). O caminho da morte é seguir aos caminhos pagãos de exploração e indulgência (Deuteronômio 30:17-18; Levítico 18).
Não apenas os líderes israelitas haviam pervertido a justiça na terra, mas também se gabavam de suas vitórias militares. De acordo com Amós, eles se alegraram em Lodebar e disseram: 'Não tomamos Carnaim por nossas próprias forças? O lugar conhecido por Lodebar era uma cidade localizada à margem esquerda do rio Jordão. É geralmente identificado com Tel-'el-Hammeh, ao norte do rio Jaboque, no que teria sido no território amonita da parte norte de Gileade.
O lugar chamado Carnaim está localizado no centro de Basã em Tel-es-Sa'ad, em um afluente norte do rio Yarmuk (ver Gênesis 14:5). Tiglate-Pileser III da Assíria fez dela a capital da província assíria de Qarnina quando conquistou a região durante sua campanha em 738-737 a.C.
Sob o rei Jeroboão II, os israelitas foram capazes de capturar Lodebar e Carnaim e recuperar todas as suas terras a leste do rio Jordão (2 Reis 14:25). Porém, enquanto os israelitas se gabavam de suas realizações, eles es esquecerem de que havia sido Deus quem havia tornado possível a Israel obter vitórias tão grandes. De acordo com os livros dos reis, o SENHOR o fez porque "viu a aflição de Israel, que era muito amarga; porque não havia vínculo nem liberdade, nem ajudante para Israel" (2 Reis 14:26). Portanto, Ele salvou a Seu povo "pela mão de Jeroboão, filho de Joás" (2 Reis 14:27).
No entanto, os israelitas se gabavam de suas realizações, acreditando terem derrotado àquelas cidades por suas próprias forças. Assim, Amós usa um jogo de palavras para zombar de Israel, já que Lodebar significa "nada" e Carnaim significa "um par de chifres". Simplificando, já que a palavra Lodebar significa "nada" e a palavra "chifre" simboliza a força de um touro (Deuteronômio 33:17), o profeta zomba do falso orgulho de Israel, dizendo-lhes que sua força ou poder não servia para nada. Os israelitas não haviam conseguido nada de significativo ou duradouro. Portanto, eles não tinham motivos para se gabar.
Como os israelitas se gabavam equivocadamente de sua força, o Senhor dos Exércitos, o líder militar invencível, declara: 'Eis que levantarei uma nação contra ti, ó casa de Israel'. O Deus Suserano usaria uma nação inimiga como Seu instrumento para realizar Seu julgamento sobre Seu povo da aliança. Tal julgamento seria severo porque a nação inimiga afligiria Israel desde a entrada de Hamate até o ribeiro da Arabá.
O lugar chamado Hamate era uma das principais cidades do rio Orontes. Localizava-se no norte da Síria e era a capital de um distrito em um reino hitita sob o nome de Hamate, o Grande (Amós 6:2). Ficava na região norte de Israel. O Arabá, um termo usado como sinônimo virtual de "deserto", era a continuação da fenda do Jordão entre o Mar Morto e o Golfo de Eilat, com aproximadamente 200 quilômetros de comprimento (Deuteronômio 1:1). Ficava ao sul de Israel. (Por favor, veja o mapa na seção Mapas e Gráficos na barra lateral).
Embora o rei Jeroboão II houvesse "restaurado a fronteira de Israel desde a entrada de Hamate até o Mar da Arabá" (2 Reis 14:25), o SENHOR ameaça reverter essa vitória e eliminar as realizações militares de Israel. Isso ocorreria porque Israel havia violado as leis da aliança de seu Deus Suserano (ou Governante) e agora incorreria nas provisões pela quebra do pacto. O SENHOR pode ser visto como um Deus muito severo ao julgar a Seu povo da aliança, Israel. No entanto, Ele estava simplesmente dando conhecimento de Sua intenção de aplicar as maldições pela desobediência com as quais Israel havia concordado ao estabelecer a aliança com Ele (Êxodo 19:8).
O trabalho de Israel era ser testemunha para outras nações e mostrar-lhes uma maneira melhor de viver (Êxodo 19:6). Israel deveria demonstrar o grande benefício de se viver em harmonia comunitária, baseada no cuidado mútuo uns pelos outros, protegendo-se uns aos outros e servindo ao melhor interesse uns dos outros. Tal comunidade traria grande prosperidade e prazer. Porém, conforme acordado em sua aliança com Deus, Israel seria exilado da terra caso não cumprissem sua responsabilidade. Ao usarem sua autoridade para explorar, ao invés de servir, os líderes de Israel violaram ao seu chamado e deviam ser removidos.
Isso é semelhante à mensagem de Jesus à igreja em Éfeso ao dizer-lhes que removeria seu "candelabro", seu testemunho, caso eles não se arrependessem e voltassem ao "primeiro amor". A igreja em Éfeso se destacava na defesa da verdade, mas havia perdido seu primeiro amor; talvez tivessem passado a apreciar sua posição de "estar certo" ou de dominar uns aos outros. Assim, Jesus lhes diz que seu testemunho seria removido caso não se arrependessem. Jesus deseja que Seu povo O siga na verdade e no amor. Este é o testemunho que Ele procura. Ele removerá todas as testemunhas enganosas.
Amós 6:12-14 explicação
Para expor o nível de perversidade da elite de Israel, Amós faz duas perguntas retóricas. Amós pergunta: Correrão os cavalos sobre pedras? A resposta implícita para essa pergunta era "Não". Os cavalos não conseguem galopar sobre rochas (grandes pedras ou penhascos rochosos) porque as rochas destruiriam seus cascos, os feririam e os impediriam de realizar seu trabalho.
Amós também pergunta: Lavra-se-á ali com bois? Novamente, a resposta implícita era "Não". Não aram com bois os penhascos rochosos. “Arar” significa revolver e soltar a camada superior do solo, preparando-o para a semeadura. Tal atividade era reservada para a superfície do solo, não para terrenos rochosos. Ninguém sequer sonharia em fazer com que seus cavalos trabalhassem em penhascos rochosos ou grandes pedras, pois isso seria algo irracional e absurdo.
No entanto, o povo da aliança com Deus havia feito algo igualmente inútil durante os dias de Amós ao transformar a justiça em veneno, causando ferimentos, doenças e morte na terra. Eles também haviam transformado o fruto da justiça em absinto. A palavra “absinto” é usada metaforicamente aqui para a amargura. A ideia é que os israelitas haviam transformado a doce justiça em amargura. Distorceram a justiça e minimizaram a retidão. Como tal, eles violaram as regras básicas das leis da aliança de Deus, conforme explicado na Lei Mosaica (Êxodo 23:1-9).
A lei de Deus estabelece dois caminhos, um caminho de vida e um caminho de morte (Deuteronômio 30:15-18). O caminho da vida é amar a Deus e amar aos outros (Deuteronômio 6:4-5; Levítico 19:18). O caminho da morte é seguir aos caminhos pagãos de exploração e indulgência (Deuteronômio 30:17-18; Levítico 18).
Não apenas os líderes israelitas haviam pervertido a justiça na terra, mas também se gabavam de suas vitórias militares. De acordo com Amós, eles se alegraram em Lodebar e disseram: 'Não tomamos Carnaim por nossas próprias forças? O lugar conhecido por Lodebar era uma cidade localizada à margem esquerda do rio Jordão. É geralmente identificado com Tel-'el-Hammeh, ao norte do rio Jaboque, no que teria sido no território amonita da parte norte de Gileade.
O lugar chamado Carnaim está localizado no centro de Basã em Tel-es-Sa'ad, em um afluente norte do rio Yarmuk (ver Gênesis 14:5). Tiglate-Pileser III da Assíria fez dela a capital da província assíria de Qarnina quando conquistou a região durante sua campanha em 738-737 a.C.
Sob o rei Jeroboão II, os israelitas foram capazes de capturar Lodebar e Carnaim e recuperar todas as suas terras a leste do rio Jordão (2 Reis 14:25). Porém, enquanto os israelitas se gabavam de suas realizações, eles es esquecerem de que havia sido Deus quem havia tornado possível a Israel obter vitórias tão grandes. De acordo com os livros dos reis, o SENHOR o fez porque "viu a aflição de Israel, que era muito amarga; porque não havia vínculo nem liberdade, nem ajudante para Israel" (2 Reis 14:26). Portanto, Ele salvou a Seu povo "pela mão de Jeroboão, filho de Joás" (2 Reis 14:27).
No entanto, os israelitas se gabavam de suas realizações, acreditando terem derrotado àquelas cidades por suas próprias forças. Assim, Amós usa um jogo de palavras para zombar de Israel, já que Lodebar significa "nada" e Carnaim significa "um par de chifres". Simplificando, já que a palavra Lodebar significa "nada" e a palavra "chifre" simboliza a força de um touro (Deuteronômio 33:17), o profeta zomba do falso orgulho de Israel, dizendo-lhes que sua força ou poder não servia para nada. Os israelitas não haviam conseguido nada de significativo ou duradouro. Portanto, eles não tinham motivos para se gabar.
Como os israelitas se gabavam equivocadamente de sua força, o Senhor dos Exércitos, o líder militar invencível, declara: 'Eis que levantarei uma nação contra ti, ó casa de Israel'. O Deus Suserano usaria uma nação inimiga como Seu instrumento para realizar Seu julgamento sobre Seu povo da aliança. Tal julgamento seria severo porque a nação inimiga afligiria Israel desde a entrada de Hamate até o ribeiro da Arabá.
O lugar chamado Hamate era uma das principais cidades do rio Orontes. Localizava-se no norte da Síria e era a capital de um distrito em um reino hitita sob o nome de Hamate, o Grande (Amós 6:2). Ficava na região norte de Israel. O Arabá, um termo usado como sinônimo virtual de "deserto", era a continuação da fenda do Jordão entre o Mar Morto e o Golfo de Eilat, com aproximadamente 200 quilômetros de comprimento (Deuteronômio 1:1). Ficava ao sul de Israel. (Por favor, veja o mapa na seção Mapas e Gráficos na barra lateral).
Embora o rei Jeroboão II houvesse "restaurado a fronteira de Israel desde a entrada de Hamate até o Mar da Arabá" (2 Reis 14:25), o SENHOR ameaça reverter essa vitória e eliminar as realizações militares de Israel. Isso ocorreria porque Israel havia violado as leis da aliança de seu Deus Suserano (ou Governante) e agora incorreria nas provisões pela quebra do pacto. O SENHOR pode ser visto como um Deus muito severo ao julgar a Seu povo da aliança, Israel. No entanto, Ele estava simplesmente dando conhecimento de Sua intenção de aplicar as maldições pela desobediência com as quais Israel havia concordado ao estabelecer a aliança com Ele (Êxodo 19:8).
O trabalho de Israel era ser testemunha para outras nações e mostrar-lhes uma maneira melhor de viver (Êxodo 19:6). Israel deveria demonstrar o grande benefício de se viver em harmonia comunitária, baseada no cuidado mútuo uns pelos outros, protegendo-se uns aos outros e servindo ao melhor interesse uns dos outros. Tal comunidade traria grande prosperidade e prazer. Porém, conforme acordado em sua aliança com Deus, Israel seria exilado da terra caso não cumprissem sua responsabilidade. Ao usarem sua autoridade para explorar, ao invés de servir, os líderes de Israel violaram ao seu chamado e deviam ser removidos.
Isso é semelhante à mensagem de Jesus à igreja em Éfeso ao dizer-lhes que removeria seu "candelabro", seu testemunho, caso eles não se arrependessem e voltassem ao "primeiro amor". A igreja em Éfeso se destacava na defesa da verdade, mas havia perdido seu primeiro amor; talvez tivessem passado a apreciar sua posição de "estar certo" ou de dominar uns aos outros. Assim, Jesus lhes diz que seu testemunho seria removido caso não se arrependessem. Jesus deseja que Seu povo O siga na verdade e no amor. Este é o testemunho que Ele procura. Ele removerá todas as testemunhas enganosas.