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Significado de Daniel 9:7-11

Enquanto orava a Deus, Daniel enfatiza a justiça do Senhor contrastada com a pecaminosidade de Seu povo. Daniel, um exilado, admite que o castigo de Deus era justo.

Daniel continua sua oração. Ele confessa o pecado do povo e pergunta a Deus se o castigo contra Judá terminaria em breve. Jeremias, o profeta, havia profetizado que a terra de Judá ficaria deserta por 70 anos e que seu povo viveria no exílio (Jeremias 25:11). Daniel era um desses exilados e, depois de ler a profecia de Jeremias, ele ora a Deus, na esperança de que o tempo do exílio terminasse logo.

Daniel compara o caráter de Deus ao caráter do Seu povo. “A justiça pertence ao Senhor”, confessa Daniel. Mas a “vergonha aberta” pertencia ao povo judeu por causa de sua rebelião (v. 5). Daniel inclui a “todos os habitantes de Jerusalém e todo Israel” nessa culpa, até mesmo os judeus que estavam “longe em todos os países para os quais Deus os havia levado”. Daniel pertencia a essa categoria; ele havia vivido a maior parte de sua vida como cativo na Babilônia, porém nunca abandonou sua fé ou sua identidade judaica. Essa vergonha aberta se devia aos atos infiéis cometidos contra Deus. Daniel repete que a “vergonha aberta” pertencia ao povo judeu, independentemente de seu status no mundo. Os reis de Israel e Judá, os príncipes, os pais — todos compartilhavam da vergonha aberta “porque pecamos contra Ti”. Daniel se incluía nessa vergonha. Ambos os reinos do povo escolhido de Deus, Israel e Judá, compartilhavam essa culpa coletiva.

Deus era o único capaz de responder com “compaixão e perdão”, porque Seu povo “se havia rebelado contra Ele”. Todo pecado e desobediência é rebelião contra Deus. Toda a humanidade está em estado de rebelião. Somente Deus pode distribuir perdão e compaixão sobre as pessoas. Elas não têm como alcançar Seu favor ou recompensa por sua desobediência. O pecado específico neste contexto era a desobediência à lei de Deus.

A confissão de Daniel é exaustiva e completa. Ele relata seus pecados dele e os pecados de seu pais: “Não obedecemos à voz do Senhor nosso Deus, deixamos de andar  nos ensinamentos de Deus, que Ele nos apresentou por meio de seus servos, os profetas”. Mais uma vez, Daniel coloca toda a culpa em si mesmo e no resto do povo. Ele apresenta Deus como justo e transparente. Todos os mandamentos e ensinamentos de Deus haviam sido ensinados a Seu povo por meio dos profetas. Não houve falha de comunicação ou expectativa. O povo de Israel e Judá simplesmente havia desobedecido.

Daniel reitera: “Todo Israel transgrediu” à lei de Deus e “se afastou, não obedecendo” à voz de Deus. Eles haviam pecado, violado os mandamentos de Deus e seguido outros caminhos. A consequência justa dessa desobediência era que a “maldição” de Deus precisou ser “derramada sobre o povo”. Daniel se refere ao “juramento que está escrito na lei de Moisés”, onde Deus promete: "Porém, se não ouvires a voz de Jeová, teu Deus, cuidando em observares todos os seus mandamentos e os seus estatutos que eu hoje te ordeno, virão sobre ti e te alcançarão todas estas maldições” (Deuteronômio 28:15).

Depois de deixarem o Egito, Israel fez um acordo com Deus. A primeira geração, que não conseguiria entrar na Terra Prometida, disse a Deus que obedeceria a Seus mandamentos (Êxodo 19:8, Êxodo 24:7). A segunda geração, que entrou na Terra Prometida, fez a mesma promessa (Deuteronômio 26:16-19). Deus, como o superior ou Susserano, fez uma aliança com Seu vassalo, Israel. O "acordo" claro era que haveria recompensas pela obediência e maldições pela desobediência. Daniel entendia isso. Todo Israel havia concordado com o "acordo". Daniel reconhece que as maldições eram parte do acordo. Deus estava simplesmente cumprindo a aliança com a qual Israel havia concordado.

Dentro da lista de maldições, Deus disse ao povo de Israel que Ele traria “uma nação contra" eles (Deuteronômio 28:49) e que eles “serviriam” aos inimigos enviados pelo Senhor. Isso descrevia perfeitamente o estado do povo de Israel, incluindo Daniel. Eles eram cativos, servindo a uma nação estrangeira enviada por Deus como punição por sua desobediência.

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