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Significado de Êxodo 20:1-2

O prólogo para a entrega das dez "palavras" identifica o Soberano e Suas qualificações para estabelecer as regras da aliança. Serve de base para o que se segue.

O relato começa quando Deus falou todas essas palavras, dizendo. A palavra "Deus" é a palavra hebraica "Elohim", usada em Gênesis para se referir a Deus como o Criador de todas as coisas. É usada no início da passagem para se referir ao soberano. Ela conecta os Dez Mandamentos à criação em Gênesis 1 porque foi "Deus" ("Elohim") quem os criou. O fato de ser Deus quem dita os mandamentos significa que essas palavras não foram invenção de Moisés ou de qualquer outro ser humano. Deus criou Suas Leis assim como criou todas as outras coisas, incluindo principados e poderes (Colossenses 1:16).

Seguindo o padrão do tratado suserano-vassalo, uma forma comum para se fazerem tratados naquela época, Êxodo 20:1-2 contém tanto o preâmbulo quanto o prólogo do contrato. O preâmbulo não apenas identifica o Susserano, que inicia a aliança, mas também identifica os vassalos como "vós". Assim, o Susserano é o SENHOR e os vassalos são Israel (Eu sou o SENHOR, seu Deus).

O prólogo narra o relacionamento passado entre o Deus Susserano e Seus vassalos (Israel). Deus é Aquele que os havia tirado da  terra do Egito, da casa da escravidão.

Observe que as Escrituras não chamam essas palavras (os mandamentos que Moisés está prestes a explicar) de "mandamentos". Elas são chamadas de "Dez Palavras" (Êxodo 34:28Deuteronômio 4:13). A Septuaginta (LXX, a tradução grega do Antigo Testamento) usa o mesmo termo, "dez palavras" (deka logoi). Em português, elas são chamadas de "Decálogo". No entanto, o título "Dez Mandamentos" é apropriadamente descritivo, uma vez que as palavras foram dadas na forma de comandos (imperativos).

O Soberano (Susserano) também declara: Eu sou o Senhor seu Deus. A palavra "SENHOR" é a palavra hebraica "Javé" (também conhecida como "Jeová") e enfatiza Sua existência, Sua presença e Seu relacionamento de aliança com os humanos. Este SENHOR é Aquele que vos tirou da terra do Egito, da casa da escravidão. Assim, o SENHOR foi o Libertador dos israelitas que derrotou os poderosos egípcios e libertou os israelitas da escravidão.

O SENHOR, aqui, se descreve como o Libertador dos Israelitas. O fato de Ele ser seu criador, bem como seu Libertador, dá-Lhe autoridade para estabelecer as regras que governariam o relacionamento do povo com Ele e com seus companheiros israelitas.

A afirmação Eu sou o SENHOR, seu Deus, enfatiza o Senhor como o Susserano de Israel, já que o nome SENHOR (Javé) enfatiza Seu relacionamento de aliança. Javé é aquele que entra em um relacionamento com Seu povo e, portanto, Ele é seu Governante ou Susserano. Javé toran-se o Deus de Israel, porque eles concordaram com os termos de Sua aliança (Êxodo 19:8). No entanto, Ele também é Deus, o Criador de todas as coisas. Portanto, o poder libertador de Deus, aliado ao Seu poder de cumprir a aliança, é o que a confirma.

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