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Significado de Levítico 23:4-8

Deus declara que no 14º dia do primeiro mês o povo deveria celebrar a Páscoa. A Páscoa iniciava uma festa de 7 dias chamada Festa dos Pães Ázimos. A maioria dos estudiosos a vêem como uma festa.

A declaração “Estas são as festas fixas de Jeová, santas convocações que proclamareis no seu tempo determinado no versículo 4 é praticamente uma reafirmação do versículo 2. Esta declaração separa o tempo semanal designado ao sábado das outras agendas anuais. Isso pode significar a importância maior do dia de sábado. A palavra hebraica “convocações” aqui é "miqra", significando "ensaio". Deus determinou as santas convocações como santos ensaios para um evento messiânico no futuro. Além das celebrações semanais e anuais indicadas neste capítulo, mais tarde no livro de Levítico observaremos uma celebração especial chamada Jubileu, que deveria ocorrer a cada 50 anos. Veremos também o sétimo ano sabático, no qual a terra deveria descansar.

Cada um dos tempos determinados ocorria em uma determinada época do ano. As santas convocações eram reuniões da nação para adorar e celebrar ao Senhor. Eles eram santos, o que significava que eram separados como propriedade especial. Eles deveriam observar, não ignorar, cada celebração. Em geral, as santas convocações incluíam muita comunhão, momentos profundamente agradáveis que serviam como incentivo para motivar a participação de todos.

Deus começa declarando: No primeiro mês, aos quatorze dias do mês, à tardinha, é a Páscoa de Jeová. Foi exatamente nesse dia e hora que os israelitas haviam matado os cordeiros e pincelado o sangue em suas portas no Egito, na noite da primeira Páscoa. Foi este o evento que levou o Faraó a libertá-los da escravidão. O feriado passou a ser chamado de Páscoa porque o Anjo da Morte "passou" por cima de todas as portas que estavam marcadas com o sangue (Êxodo 12:27-30).

A expressão “à tardinha” pode ser um pouco confusa. O hebraico literalmente diz: "Entre as noites". Êxodo 12 nos dá vários detalhes adicionais sobre as observâncias da Páscoa e a mesma frase “à tardinha” é usada para descrever o momento do sacrifício dos cordeiros pascais em Êxodo 12:6. Durante séculos, a tradição judaica entendeu a expressão "à tardinha" como a hora quando os cordeiros eram sacrificados, ou seja, da hora sexta (12h) até a décima primeira hora (17h). Mateus indica que Jesus foi pendurado na cruz da hora sexta até a hora nona (Mateus 27:45).

Em Números 9:10,11, vemos como era importante para Deus que todos os filhos de Israel guardassem a Páscoa. Alguns homens haviam se contaminado ao tocar em um cadáver, de modo que não podiam guardar a Páscoa no primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, conforme prescrito. Deus, então, instrui Moisés a instituir o décimo quarto dia do segundo mês como uma segunda Páscoa para os que não havia podido guardá-la no primeiro mês por estaerm ritualmente impuros.

A Páscoa iniciava um tempo marcado de sete dias, um feriado chamado “Pães Ázimos”,  que começava no dia seguinte à Páscoa, o décimo quinto dia do mesmo mês. Durante este tempo de sete dias, os israelitas foram instruídos a comer pães ázimos por sete dias. Em Êxodo 12:15, os israelitas recebem a ordem de vasculhar suas casas antes da festa dos pães ázimos em busca de quaisquer vestígios de fermento e removê-lo. Este é um retrato da remoção do pecado de nossas vidas. Hoje, quando os judeus removem o fermento de suas casas, mesmo depois de fazerem os melhores esforços, eles ainda percebem as muitas migalhas deixadas atrás da geladeira ou nas prateleiras. Eles pedem a Deus que conte o fermento escondido como expurgado, dada a impossibilidade de removerem tudo.

O apóstolo Paulo encoraja os crentes a fazerem o mesmo com o pecado:

"Purificai o velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, Cristo, que é nossa páscoa, foi imolado. 8Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:7,8).

O “pão ázimo” é chamado de "matzá" em hebraico e precisava ser produzido de acordo com a tradição, "perfurado e listrado", a fim de evitar que inchasse com o fermento. Isso aponta para Cristo, pois Jesus foi traspassado e cortado, conforme previu Isaías:

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, esmagado por causa das nossas iniquidades" (Isaías 53:5).

A Páscoa era a primeira das três festas de peregrinação das quais os filhos de Israel eram obrigados a participar no lugar do tabernáculo (mais tarde no templo de Jerusalém). Eles deveriam levar sacrifícios e comungar com Deus e com seus irmãos israelitas.

Deus insiste que durante os sete dias da festa dos pães ázimos os israelitas deveriam apresentar uma oferta queimada ao SENHOR. Esta expressão indicava que a oferta deveria ser um holocausto (literalmente "oferta de ascensão"). Essas ofertas estão descritas em Números 28:19-24.

A declaração “sétimo dia será uma santa convocação, não farás nenhum trabalho” significava que não apenas a Páscoa deveria ser um dia de descanso, mas o último dia da Festa dos Pães Ázimos também seria um dia ao qual se aplicariam as leis do sábado, caísse ou não em um sábado semanal. Outros feriados como este incluíam a Festa das Semanas, o primeiro e o oitavo dias da Festa dos Tabernáculos, a Festa das Trombetas e o Dia da Expiação. A palavra hebraica “convocações” é "miqra", significando "ensaio". Deus determinou as santas convocações como santos ensaios para um evento messiânico no futuro.

A Festa das Primícias, descrita a seguir nos versículos 9-14, ocorria dentro da Festa dos Pães Ázimos, sendo o primeiro domingo após a Páscoa (Veja imagem).

Jesus, em Sua última refeição pascal com Seus discípulos, disse: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). Os discípulos devem ter ficado surpresos porque durante 1.500 anos os israelitas haviam sido ensinados a comer a refeição da Páscoa em memória do êxodo do Egito. Em Sua última ceia, Jesus mostra como a Páscoa apontava para o Seu sacrifício na cruz, pedindo a Seus discípulos que, daquele ponto em diante, eles celebrassem a festa em memória Dele. A crucificação de Jesus foi o evento real que cumpriu a "sombra" ou ilustração da Festa da Páscoa. A comunhão provém desta tradição e é geralmente celebrada com pão ázimo e vinho.

Para ler mais sobre os diferentes aspectos da Páscoa, consulte os seguintes artigos:

  1. A Primeira Páscoa
  2. Jesus e as Realizações Messiânicas da Páscoa e dos Pães Ázimos
  3. O Seder da Páscoa
  4. A Última Ceia de Jesus como o Seder da Páscoa
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