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Significado do Apocalipse 19:20-21

Os exércitos do anticristo se reuniram para desafiar Jesus e Suas forças celestiais. Mas imediatamente, o anticristo e seu falso profeta são agarrados e lançados vivos no lago de fogo, talvez como símbolo do julgamento ardente de Jesus. Os exércitos do anticristo são mortos por uma palavra da boca de Jesus, apresentada simbolicamente como uma espada, e as aves vêm para se alimentar dos mortos.

Nas duas seções anteriores, Apocalipse 19:11-19, Jesus retornou ao mundo juntamente com um exército celestial para enfrentar a besta, que estava reunida com os reis da terra e seus exércitos. Agora, Jesus executa o julgamento sobre as nações, que foram enganadas a seguir a besta. João observa: A besta foi presa, e, com ela, o falso profeta que fez os milagres diante dela.

A besta é o anticristo supremo, que neste ponto é um ditador sobre todas as nações da terra (veja o comentário sobre Apocalipse 19:19 para mais informações sobre o anticristo). No entanto, neste ponto, a besta foi presa, mostrando que o seu domínio está chegando ao fim. Ele está "preso".

O falso profeta é o líder religioso que leva a terra a adorar a besta. Em Apocalipse 16:13-14, o falso profeta é apresentado como o membro espiritual de uma trindade profana, que consiste em Satanás, a besta e o falso profeta. O papel do falso profeta parece ser o de um líder religioso que é instrumento da enganação de Satanás. No capítulo 16, ele enganou os exércitos a se reunirem contra Jesus e Seu exército.

O falso profeta foi apresentado no capítulo 13 como "outra besta" (Apocalipse 13:11). Os versículos seguintes em Apocalipse 13 acrescentam outras informações sobre o falso profeta:

  • "Ele exerce toda a autoridade da primeira besta na presença dela" (Apocalipse 13:12).
    • A "primeira besta" é chamada de "a besta" no capítulo 19, enquanto o capítulo 19 chama a "outra besta" do capítulo 13 de falso profeta.
  • "E ele faz a terra e aqueles que nela habitam adorarem a primeira besta, cuja ferida mortal foi curada" (Apocalipse 13:12).
    • A "ferida mortal" que "foi curada" aparentemente é uma cópia demoníaca da verdadeira ressurreição, perpetrada para dar credibilidade à besta.
  • "Ele realiza grandes sinais, de maneira que até faz descer fogo do céu à terra, diante dos homens" (Apocalipse 13:13).
    • Os "grandes sinais" realizados pelo falso profeta são feitos para enganar as nações e, em última instância, reuni-las contra Jesus e seu exército.
  • O falso profeta leva "aqueles que habitam na terra a fazerem uma imagem da besta" (Apocalipse 13:14).
    • Além disso, o falso profeta recebeu poder para "dar vida à imagem da besta, de modo que até fale e faça com que todos os que não adoram a imagem da besta sejam mortos" (Apocalipse 13:15).
  • É o falso profeta que faz com que todos na terra "recebam uma marca na mão direita ou na testa, e ele determina que ninguém será capaz de comprar ou vender, exceto aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome" (Apocalipse 13:16).
    • Parece que haverá uma fusão completa entre autoridade política e religiosa, com um requisito imposto pelo estado de adoração à besta.

João nos lembra que foi por meio do falso profeta, que sinais foram realizados na presença da besta e quem enganou aos que receberam a marca da besta e que adoraram a sua imagem, como também vimos em Apocalipse 13. A marca da besta é necessária para comprar ou vender qualquer coisa, como descrito em Apocalipse 13:16. De alguma forma, aqueles que receberam a marca da besta foram enganados pelo falso profeta. Talvez a besta tenha imposto a necessidade de receber a marca, e o falso profeta enganou as pessoas, fazendo-as pensar que era algo bom e útil a fazer, quando na realidade as condenava à perdição (Apocalipse 14:9-11).

A marca da besta é descrita em Apocalipse 13:18 tendo o número 666, como uma forma de "sabedoria". Em hebraico, as letras têm um valor numérico. Durante o reinado de Nero, judeus e cristãos usaram o sistema hebraico de valores numéricos (chamado de gematria) para indicar que "César Nero" tinha o valor numérico 666. Nero foi certamente um anticristo, mas não o anticristo supremo que é a besta do Apocalipse. (Um exemplo de "gematria" pode ser visto em Mateus, capítulo 1, onde o número "quatorze" é proeminente (Mateus 1:17). Quatorze é o valor numérico em hebraico para "Davi". Assim, o uso proeminente de "quatorze" enfatiza Jesus como o Messias, o Filho de Davi). Talvez essa pista do nome da besta como 666 ajudará aqueles que estiverem presentes na era da besta a identificá-lo e escapar de suas garras (Apocalipse 12:14-17).

Nesse momento, a besta e o falso profeta, são capturados, como os criminosos que são. E esses dois atores ruins são lançados vivos no lago do fogo que arde com enxofre.

O fato da besta e o falso profeta serem lançados diretamente no lago de fogo enfatiza seu julgamento rápido e imediato. Para esses dois, não vai haver um comparecimento perante o Julgamento do Grande Trono Branco (Apocalipse 20:11-15). Parece que seus pecados são tão evidentes que não é necessário nenhum processo judicial. Eles são simplesmente lançados vivos no lago de fogo.

A frase lago de fogo é introduzida pela primeira vez nas escrituras neste versículo. Parece que este lago é o local de habitação permanente para os condenados. Como veremos, tanto a morte quanto o Hades serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:14). "Hades" parece ter sido o lugar para onde os mortos foram até o momento de Apocalipse 20:14, quando ele é esvaziado no lago de fogo.

Satanás, o terceiro membro da trindade ímpia, também será lançado no lago de fogo em Apocalipse 20:10, mas não antes de ter passado mil anos no abismo e, em seguida, ser libertado por um período de tempo para enganar as nações (Apocalipse 20:1; 7-10).

"Hades" é descrito por Jesus como um lugar de tormento (Lucas 16:23). Nessa parábola, o homem rico em Hades podia ver Lázaro no paraíso, que estava separado por um abismo intransponível (Lucas 24-26). Parece que no evento de Apocalipse 20:14, o Hades será destruído e sucumbirá no lago de fogo, que já vai conter a besta e o falso profeta, que foram lançados vivos no lago antes dos eventos do capítulo 20. "Hades" também é usado no Novo Testamento para traduzir o termo hebraico "Sheol", que é usado no Antigo Testamento como o lugar dos mortos. Isso é visto em Atos 2:27, onde Pedro cita o Salmo 16:10, que diz: "Não deixarás a minha alma no Sheol." Na versão grega de Atos 2:27, Pedro usa a palavra "Hades" no lugar de "Sheol".

Hades parece ser claramente um lugar real. A natureza do lago de fogo não parece exigir que seja um lugar palpável. Embora não tenhamos detalhes sobre ele, são fornecidos diversos elementos que nos permitem fazer uma suposição informada sobre sua natureza.

Primeiro, vale a pena observar que Deus é descrito como um "fogo consumidor" nas Escrituras (Deuteronômio 4:24; Hebreus 12:29). O trono de Deus está envolto em fogo, e uma chama de fogo destrói a besta de Daniel 7. Lá, Daniel descreve uma cena onde:

"...trono foram estabelecidos, E o Ancião de Dias tomou o Seu assento.

Então Daniel 7 apresenta uma visão semelhante a Apocalipse, com a sala do trono de Deus tendo um lugar proeminente (o trono de Deus sendo mencionado trinta e nove vezes em Apocalipse). Na visão de Daniel, ele vê o trono de Deus envolto em chamas:

“O seu trono eram chamas de fogo, e as rodas, do mesmo fogo ardente. De diante dele, manava e saía um rio de fogo”

(Daniel 7:9b-10)

Então Daniel vê a "besta" sendo morta por chamas que saem do trono:

“Eu estava olhando até que foi morto o animal e destruído o seu corpo; e ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.”

(Daniel 7:11)

Não é certo que a besta de Daniel 7 seja a mesma da de Apocalipse 19, mas os temas são suficientemente semelhantes para que seja plausível e até mesmo provável. Uma vez que a besta de Apocalipse 19 foi lançada viva no lago de fogo, e a besta de Daniel 7 é morta pelo fogo que sai do trono, isso pode indicar que o lago de fogo é a presença incontestável e irrestrita de Deus. Para aqueles que não são redimidos, ou não refinados, o lago de fogo representa a "segunda morte" (Apocalipse 20:14). Para os redimidos, a presença de Deus vai os encher de uma nova vida (Apocalipse 21:22-25).

"Morte" indica uma separação de algum tipo. No contexto do lago de fogo sendo a "segunda morte", a que à precede " é provavelmente a morte física, quando o espírito se separa do corpo humano. Essa morte é descrita da seguinte maneira:

"…aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo…" (Hebreus 9:27)

A "segunda morte" então envolveria, julgamento e indicaria outro tipo de separação.

Podemos ter uma ideia de como isso seria a partir do episódio da fornalha ardente em Daniel, capítulo 3. Nessa história, os três amigos hebreus de Daniel recusaram a se curvar diante da imagem de ouro e foram sentenciados a serem queimados na fornalha ardente. Quando foram lançados lá dentro, o fogo não os feriu, mas matou os soldados que estavam alimentando a fornalha. O rei olhou para dentro dela e declarou:

“Disse ele: Eis que eu vejo quatro homens soltos, que andam no meio do fogo e não recebem dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.”

(Daniel 3:25)

Isto mostra os três hebreus justos envoltos pelas chamas, possivelmente na presença de Jesus, mas completamente ilesos, enquanto os soldados que tentavam alimentar a fornalha eram mortos pelo calor. Isso pode ser uma representação dos redimidos prosperando na presença de Deus, enquanto os condenados são atormentados pela presença gloriosa e ardente de Deus.

Isso poderia explicar por que vimos anteriormente em Apocalipse que a "segunda morte" não pode "ferir" os crentes:

"O vencedor nada sofrerá da segunda morte."

(Apocalipse 2:11b)

A imagem aqui pode ser que os crentes que vencedores (assim como Jesus) terão sido purificados ao superar a rejeição e perseguição do mundo, e evitarão a dor de serem purificados pelo fogo do tribunal de Cristo. Certamente não será divertido para os crentes verem as obras que fizeram enquanto estavam na terra queimarem e não ter nada duradouro, nada pelo que Jesus possa nos recompensar (1 Coríntios 3:11-15). Paulo descreve isso da seguinte maneira:

“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas o tal será salvo, todavia, como através do fogo.”
(1 Coríntios 3:15)

Esse trecho de 1 Coríntios deixa claro que ter nossas obras queimadas no julgamento será considerado como "sofrer dano". Também fica claro que esse julgamento é para as obras, e não nós mesmos. Até o crente que perde tudo será "salvo, mas como através do fogo". O fogo mencionado aqui é o fogo do julgamento de Deus, em Sua presença.

Também podemos olhar para o novo céu e nova terra, onde Deus está fisicamente presente, com Sua glória totalmente revelada:

“Não vi nela santuário, porque o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro são o seu santuário. A cidade não precisa do sol nem da lua para a iluminar; porque a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua candeia.”

(Apocalipse 21:22-23)

Esta passagem não afirma que não haverá sol no novo céu. No entanto, ela afirma que "não haverá necessidade do sol" devido ao brilho da glória de Jesus. Esta é a mesma glória que Deus que Moisés não poderia suportar, porque morreria:

"Disse [Deus]: 'Não poderás ver o meu rosto, porquanto homem nenhum verá [a minha face] e viverá.'"

(Êxodo 33:20)

Parece que os crentes na nova terra desfrutarão e prosperarão na presença descoberta de Deus, que é tão brilhante e tão ardente quanto o sol. Isso deve ser possível porque os crentes receberam corpos redimidos e ressurretos; o que Paulo chamou de "corpo espiritual" em vez de "corpo natural" (1 Coríntios 15:44). No entanto, os não redimidos podem experimentar uma "segunda morte" perpétua ao estar na presença de Deus. Para os não redimidos, a presença contínua de Deus é um impedimento para o seu desejo de viver fora da Sia vontade e dos Seus caminhos.

Assim como o nosso sol físico é uma fonte de vida e morte, dependendo de sua aplicação, Deus será na nova terra: um fogo purificador e fonte de vida para os redimidos, e uma segunda morte para aqueles que recusam a redenção.

Isso pode explicar como Satanás parece ser visível para quem o vê depois que ele foi julgado, como descrito neste trecho de Isaías 14, que fala como Satanás disse em seu coração: "Eu exaltarei o meu trono acima das estrelas de Deus" (Isaías 14:13):

“Os que te virem te contemplarão, em ti fitarão os olhos e dirão: Acaso é este o homem que fez estremecer a terra e tremer os reinos?”

(Isaías 14:16)

Isso também poderia explicar quem não é permitido entrar na Nova Jerusalém:

“Nela não entrará coisa alguma impura, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os que estão escritos no livro da vida do Cordeiro.”

(Apocalipse 21:27)

Se este modelo mental estiver correto, então o lago de fogo seria a presença totalmente revelada de Deus envolvendo os não redimidos, que estão confinados a locais específicos, mas que podem ser vistos por aqueles que foram redimidos. Fica claro a partir destes versículos que o poder de Satanás para causar dano será completamente removido.

Esta é uma representação de extrema ironia. Os redimidos alcançarão o que mais desejam, estar plenamente envolvidos no serviço com Deus e uns aos outros em Sua presença revelada, enquanto aqueles que recusam a redenção obterão uma coisa que desejavam: viver separados da comunhão com Deus.

No entanto, como acontece com todas as coisas prometidas pelo sistema mundial, isso se provará o oposto do resultado que esperavam. Em vez de poder dominar e explorar, aqueles que recusam a redenção não terão poder algum para explorar os outros. Eles residirão plenamente na presença revelada de Deus, com um lembrete constante de sua perda.

É dito que o lago de fogo arde com enxofre. O enxofre é a mesma palavra usada em Lucas 17:29 para descrever o fogo que consumiu Sodoma (um evento descrito em Gênesis 19:12-29). Não está claro o que é o enxofre, mas este trecho de Deuteronômio pode oferecer uma pista:

“...ao verem que toda a terra é enxofre, e sal, e abrasamento e que não está semeada, nem produz, nem nela cresce erva alguma, à semelhança da ruína de Sodoma, Gomorra...”

(Deuteronômio 29:23a)

Talvez seja isso seja colocado aqui para descrever o lago de fogo e indicar que essa aplicação do fogo é destrutiva, resultando em morte, ao contrário de outras aplicações que podem dar vida, como o fogo para aquecer uma casa ou cozinhar uma refeição. A última linha de Isaías 30:33 descreve o hálito do Senhor como sendo como enxofre:

"O hálito do Senhor, como uma torrente de enxofre, a incendeia."

(Isaías 30:33)

Agora de volta à cena de Apocalipse 19, depois que a besta e o falso profeta foram lançados vivos no lago de fogo, os outros foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado sobre o cavalo. Os outros se refere aos exércitos das nações que se reuniram com a besta e o falso profeta para se opor. Mesmo que Jesus tenha todo um exército atrás Dele, parece que Sua palavra é tudo o que é necessário para matar o restante daqueles que estavam "...reunidos para guerrear contra Aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército" (Apocalipse 19:19).

Todos os soldados inimigos são mortos, aqueles que seguiram a besta e o falso profeta, e todas as aves se fartaram das carnes deles. Isso cumpre o convite profético do anjo que chamou as aves para se reunirem para o "grande banquete de Deus", que é uma grande festa para as aves carnívoras da terra (Apocalipse 19:17). Não há enterro para essas pessoas que desafiaram Deus. Eles sofrem uma derrota completa e desonra total. Aqueles que perseguiram os santos e desafiaram o Cordeiro de Deus agora estão vencidos.

Os eventos descritos em Apocalipse 19 podem ser um cumprimento adicional da profecia em Miquéias 4. Os assírios invadiram Israel e os exilaram por volta de 722 a.C., o que seria um cumprimento próximo de Miquéias 4. No entanto, muitas vezes as profecias têm múltiplos cumprimentos:

“Pois todos os povos andarão, cada um em o nome do seu deus, e nós andaremos para todo o sempre em o nome de Jeová, nosso Deus. 6Naquele dia, diz Jeová, congregarei a que coxeia e ajuntarei a que foi expulsa e a que eu afligi.”

(Miqueias 4:5-6)

Se este trecho tiver um cumprimento adicional, o anticristo pode ser um descendente dos assírios, ou o reino assírio pode ser um tipo do reino do anticristo.

Em Isaías 30, o profeta fala sobre a Assíria sendo aterrorizada quando Deus a atinge com uma vara. Isso pode se referir aos eventos onde Deus usou para fazer o rei assírio recuar suas tropas da invasão de Judá, como eles haviam invadido Israel (também chamada de Samaria). Essa história é contada em 2 Reis 18 e 19. Isaías 30 inclui um trecho que pode estar relacionado aos eventos de Apocalipse 19.

“Pois, pela voz de Jeová, será despedaçado o assírio, a quem ele feriu com a vara. Cada varada que Jeová lhe aplicar com a vara para isso destinada será com tambores e harpas; e pelejará contra eles em batalhas em que agitará essa vara. Na verdade, Tofete está, de há muito, preparado; sim, para o rei está aparelhado. Foi feito profundo e dilatado; a sua pira tem fogo e muita lenha; o assopro de Jeová, como uma torrente de enxofre, é o que o acende.”

(Isaías 30:31-33)

Não há nenhum evento histórico registrado em 2 Reis em que o rei assírio tenha sofrido julgamento em "Tofete", que é outro nome para o Vale de Hinom, também chamado de Gehenna, frequentemente traduzido no Novo Testamento como "inferno". O Vale de Hinom faz fronteira com Jerusalém e era o local onde excrementos eram descartados e o lixo era queimado. Também era o lugar onde crianças eram sacrificadas ao deus cananeu, Moloque (2 Reis 23:10). Parece que em Isaías 30, Deus descreve o rei da Assíria sendo queimado em uma pira funerária no Gehenna. Isso deve ser um evento futuro, já que durante a invasão assíria, o rei Salmaneser V não veio pessoalmente a Judá com seu exército. Salmaneser V foi deposto e provavelmente morto por seu irmão e sucessor, Sargão II, na Assíria. Portanto, a profecia de Isaías pode se referir ao destino da besta sendo lançada no lago de fogo (Apocalipse 19:20). Se este for o caso, vale ressaltar que a fonte de fogo é o "sopro do Senhor" (Isaías 30:31), que é descrito como "como uma torrente de enxofre".

Miquéias também profetizou que o assírio invadirá a terra (Miquéias 5:5), talvez evocando uma imagem deste episódio em Apocalipse, com o império liderado pela besta sendo prevista pelo rei da Assíria, e o falso profeta pelo orgulhoso e pomposo Rabsaqué, porta-voz do rei assírio (2 Reis 19:4).

No caso da Assíria e de Rabsaqué, Deus interveio quando a nação se aproximou de Jerusalém e Ele destruiu 185.000 soldados, salvando Judá da derrota (2 Reis 19:35). No caso da besta e do falso profeta, o fogo desceu do céu e os devorou. Em ambos os casos, Deus interveio para salvar Israel.

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