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Significado de 2 Timóteo 2:20-26

Paulo constrói uma analogia relacionada à importância de se viver uma vida limpa, vendo-se a si mesmo como pertencente a um propósito especial dado por Deus. Não somos vasos feitos de madeira ou barro, somos vasos de ouro e prata, destinadas ao uso honroso. Assim, Paulo adverte Timóteo a não cair nas garras da luxúria e das palavras vãs que geram conflitos; ao contrário, seu discípulo é instruído a ser amoroso, pacífico, paciente e bondoso para com os crentes a quem ensina, corrigindo-os com gentileza e guiando-os à verdade.

Paulo, agora, expõe a diferença entre os servos fiéis e infiéis, usando o exemplo dos vasos. Paulo observa: Ora, numa casa grande não há somente vasos de ouro e prata, mas os há também de madeira e de barro. Os vasos de ouro e prata eram usados para ocasiões especiais, ocasiões nas quais alguma honra estava envolvida no processo. O fato de Paulo se referir a uma casa grande nos mostra que seus habitantes eram pessoas abastadas. Assim, elas tinham vasos para honra e vasos para o dia a dia.

Os vasos de madeira e barro eram para o uso diário. Se um hóspede chegasse à casa, servi-lo com os vasos de ouro e prata mostraria honra ao convidado. No entanto, se um hóspede fosse servido em vasos de madeira e de barro, isso mostraria desonra.

Paulo faz uma analogia aos crentes que escolhem que tipo de vaso desejam ser: um vaso de honra ou desonra a seu Mestre? Desejarão ser um vaso de ouro e prata, ou um vaso de madeira e barro? Paulo afirma: Portanto, se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para a honra, santificado, útil ao Mestre, preparado para toda boa obra. Essas coisas das quais Paulo deseja que os crentes se limpassem referem-se ao que Paulo exorta Timóteo a evitar:

  • Não se desvirtuar com palavras (2:14)
  • Rejeitar as questões absurdas e desassisadas (2:16)
  • Abster-se da maldade (2:19)

Ao evitar isso o discípulo seria um vaso para a honra, santificado, útil ao Mestre, preparado para toda boa obra. O Mestre na "casa grande" nesta ilustração é Deus. Deus encherá os vasos e os servirá como achar melhor. Se formos separados ou santificados, esvaziando-nos de toda maldade, Deus nos encherá de bondade e nos usará para servir a Seu povo.

Há crentes úteis e inúteis ao Mestre. Os crentes úteis são como o soldado fiel, que não se enredam com assuntos cotidianos e permanecem focados na missão, a fim de agradarem a seu líder (2 Timóteo 2:4). Eles são como o atleta bem-sucedido, que segue o rigoroso regime de treinamento, alcançando o prêmio (2 Timóteo 2:5). Eles são como o agricultor que continua trabalhando até que a colheita chegue e é o primeiro a obter sua parte das colheitas (2 Timóteo 2:6).

Em sua carta aos Efésios, Paulo afirma que todo aquele que crê em Jesus é salvo pela graça através da fé (Efésios 2:8-9). Cada crente em Jesus é "...Sua obra, criada em Cristo Jesus para boas obras, que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas" (Efésios 2:10). Jesus já preparou boas obras para cada crente. A pergunta é: Eles irão andar nelas ou não?

Cada crente que escolhe ser um vaso de honra, santificado, útil ao Mestre, preparado para toda boa obra, está preparado para andar nas obras que Deus planejou para eles. Quando trilhamos o caminho criado por Jesus somos úteis ao Mestre. Quando honramos a Deus com nosso serviço, Ele nos recompensa, da mesma forma que o general militar, o juiz olímpico ou o dono da fazenda recompensam a seus servos fiéis. Conforme afirmado por Paulo em 2 Timóteo 2:12, o servo fiel, aquele que perseverar até o fim, participará do reinado de Cristo.

Paulo continua sua admoestação a Timóteo, exortando-o a permanecer separado da iniquidade e fiel em sua caminhada. Ele lhe diz: Foge das paixões da mocidade e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro. Paulo desejava que Timóteo se esmerasse em ser fiel. Algo necessário para esse fim era fugir das paixões da mocidade. Isso, é claro, nos mostra que Paulo considerava Timóteo como um jovem. Paulo afirma em 1 Timóteo: "Ninguém despreze a tua mocidade" (1 Timóteo 4:11). Não sabemos a idade de Timóteo; ele tinha idade suficiente para ser mestre na igreja de Éfeso, mas era jovem o suficiente para ainda ser tentado pelas paixões da mocidade. Éfeso era uma cidade portuária; assim, havia muitas tentações apelando às paixões da mocidade.

Em vez de buscar coisas que satisfizessem às paixões da mocidade, Paulo exorta Timóteo a buscar a justiça, a fé, o amor e a paz. O apóstolo diz tudo isso a seu discípulo mais fiel, coautor de várias epístolas das Escrituras e mestre da palavra de Deus na igreja de Éfeso. Isso nos mostra que todo crente precisa deste conselho. Somos continuamente expostos à escolha do que buscar. Podemos buscar as paixões ou a justiça, a fé, o amor e a paz.

As paixões focam a atenção da pessoa em si mesma, levando-a a procurar explorar os outros para satisfazer a seus apetites. Se nos entregarmos a essas paixões nos tornaremos escravos delas. Ao contrário das paixões, a retidão, a fé, o amor e a paz nos levam a prestar atenção ao próximo. A justiça desempenha um papel de servir à missão maior do corpo (Romanos 12). A fé está focada nas coisas que não podemos ver (Hebreus 11:1). O amor ("ágape" aqui) faz escolhas baseadas nos valores que servem à missão do céu. Em vez de ser movido por apetites e impulsos, o amor ágape os deixa de lado e busca o melhor para os outros. Todas essas escolhas trazem paz, tanto internamente, em nossas almas, quanto externamente, uns para com os outros.

A última característica que Paulo deseja a Timóteo diz respeito ao tipo de pessoas em quem ele deveria investir seu tempo. Paulo desejava que Timóteo buscasse passar tempo com aqueles que invocam ao Senhor de coração puro. Em vez de gastar seu tempo com pessoas focadas em apetites/luxúrias, Paulo aconselha Timóteo a passar seu tempo com pessoas focadas em Deus. Seu coração seria purificado caso se concentrasse no que realmente importa na vida, ou seja, agradar a Deus e ser aprovado como obreiro que não tem do que se envergonhar.

Paulo admoesta Timóteo a passar tempo e a "buscar" aqueles que "invocam ao Senhor de coração puro". Continuando seu contraste entre as decisões corretas e incorretas, Paulo exorta Timóteo: Rejeita as questões absurdas e desassisadas, sabendo que elas provocam brigas. Paulo já havia mencionado sobre "Himeneu e Fileto", alguns daqueles que haviam "se desviado da verdade dizendo que a ressurreição já havia ocorrido". Isso era uma questão "absurda e desassisada" que "se espalharia como gangrena". Em vez de se envolver em brigas com esse tipo de gente e entrar em especulações tolas e ignorantes, Paulo encoraja Timóteo a ser servo do Senhor. Paulo desejava que Timóteo fosse um servo excelente e fiel.

Como servo fiel do Senhor, Timóteo deveria ser bondoso para com todos, incluindo até mesmo aqueles aos que fossem improdutivos e se envolvessem em questões absurdas e desassisadas. Aparentemente, a fórmula para ser um servo fiel e, ao mesmo tempo, gentil era não se envolver com aquelas pessoas e acomodar suas questões absurdas e desassisadas. O envolvimento com elas funcionaria como uma recompensa ao seu comportamento improdutivo. Aquelas pessoas faziam isso para chamar a atenção a si mesmas; portanto, era melhor não lhes dar atenção. Seria melhor ignorá-las e, quem sabe, buscar uma abertura para compartilhar a verdade.

Timóteo não deveria envolver-se em brigas. Ele precisava continuar a buscar "homens fiéis" para ensinar as coisas aprendidas com Paulo. Esses "homens fiéis", por sua vez, deveriam ensinar a outros (2 Timóteo 2:2). Timóteo deveria se concentrar em construir um ministério de alta multiplicação, investindo seu tempo e atenção aos fiéis, não aos tolos. Além de ser gentil com todos, o servo deveria ser capaz de ensinar. Isso não significava, necessariamente, que para ser um servo fiel seria necessário ter alguma graduação, como parece ter sido o caso de Timóteo. Porém, significava que qualquer servo fiel precisaria ter domínio suficiente das Escrituras e viver uma vida construtiva, sendo capaz de ensinar a outras pessoas.

Qualquer pessoa que deseje ser útil e fecunda para o Senhor como servo fiel deve ser paciente quando injustiçado. Ser paciente quando injustiçado demanda se evitar as reações explosivas. A pessoas precisa fazer um balanço de todos os aspectos de uma dada situação, incluindo colocar-se no lugar da outra pessoa. Ela precisa pensar na missão maior e permitir que Deus seja o Juiz, não seu próprio “eu”. Ela deve exercer a fé de que Deus levará todas as coisas à justiça.

Vale ressaltar que Paulo não descarta que o servo seja realmente injustiçado. Ele não ensina que o servo deve reagir contra as ofensas. Ele instrui seu discípulo a superar as ofensas e escolher a perspectiva de que aquele momento é uma oportunidade para avançar na missão de servir ao próximo, incluindo a seu ofensor.

Paulo acrescenta: O servo do Senhor não deve apenas evitar ser briguento, não deve apenas ser gentil com todos, incluindo os que o ofendem, não deve apenas ser capaz de ensinar e ser paciente quando injustiçado. O servo do Senhor deve corrigir àqueles que estão em oposição. As características anteriores poderiam ser interpretadas como se o caminho para a paz fosse apenas através de acordos ou de se evitar os confrontos. Porém, não é isso que Paulo tem em mente. O ideal de Paulo para o servo do Senhor é que eles fossem cooperativos no avanço da missão do Evangelho, sem medo e de forma desinteressada, defendendo tudo o que fosse verdadeiro e real.

Tudo isso sem focar no "eu". O foco está na missão de conduzir as pessoas ao conhecimento da verdade. Às vezes, isso significa evitar, como no caso daqueles que se envolviam em "questões absurdas e desassisadas" (provavelmente autopromocionais). Porém, sempre que fosse possível, o objetivo deveria ser o de buscar oportunidades para levar as pessoas ao conhecimento da verdade. Completamente ausente em qualquer uma dessas instruções de Paulo está a noção de se preocupar com "o que os outros pensam sobre mim". A perspectiva adequada é a de que Deus nos observa e a única coisa que realmente importa é se nós O agradamos, pois somente Ele pode nos conceder recompensas reais e duradouras.

Paulo aponta para uma abordagem particular que o servo do Senhor deveria adotar ao corrigir aqueles que estão em oposição: abordá-los com gentileza. A palavra grega traduzida como “gentileza” é a mesma usada para descrever Moisés na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento): "humildade". Isso nos diz muito sobre o que Paulo tinha em mente aqui: "Ora, o homem Moisés era muito humilde, mais do que qualquer homem que estivesse na face da terra" (Números 12:3).

Certamente não havia nada de timidez ou passividade no Moisés que levou Israel para fora do Egito e através do deserto. Se pensarmos em gentileza ou humildade como "enxergar a realidade como ela é" ou "a capacidade de ver e agir de acordo com o que é verdadeiro", teremos uma boa ideia do que Paulo tinha em mente ao usar a palavra gentileza.

  • Moisés teve a humildade de saber seu papel no serviço à missão e desempenhou esse papel com fidelidade e persistência.
    • A missão era a de levar o povo de Deus a se autogovernar sob o império da Lei Deus. Eles deveriam conhecer a verdade de Deus e amar e cuidar uns dos outros, em vez de explorar uns aos outros, como era o costume das culturas circundantes (onde os fortes exploravam aos fracos). Ao fazerem isso, eles se tornariam uma nação sacerdotal, mostrando ao mundo um caminho melhor.
    • O papel de Moisés naquela missão era de liderança, o que significava servir à missão independentemente das consequências.
  • Um episódio que deixa clara a humildade de Moisés (no qual ele "viu a realidade como ela realmente era") foi quando Deus desejou destruir a todos os israelitas para criar uma nação a partir da semente de Moisés, a fim de cumprir Sua promessa a Abraão (Êxodo 10:32-14).
    • Naquele episódio, Moisés manteve seu papel e intercedeu pelo povo em oração. Aquelas eram as mesmas pessoas que se opunham a ele e resistiam à sua liderança. Ele manteve sua missão em primeiro lugar, deixando de lado a si mesmo.
    • Moisés responde a Deus e diz que a missão de ser um exemplo às culturas vizinhas seria prejudicada se as nações vissem Seu povo morrer. Elas concluiriam que Deus havia falhado. Mais uma vez, Moisés colocou sua missão em primeiro lugar. Deus concordou com ele e os perdoou.

É esta visão que Paulo tem em mente ao instruir Timóteo a tratar as pessoas com gentileza ou humildade; este era o resultado que Paulo esperava que Timóteo alcançasse ao corrigir aqueles que se levantassem em oposição a ele (mantendo uma atitude de gentileza, ou seja, humildade). O motivo de se engajar nessa ação corretiva com humildade era que, talvez, Deus lhes concedesse arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade. O objetivo não era a reconciliação emocional. O objetivo não era a ausência de conflito. O objetivo era levar aqueles que estavam enganados ao conhecimento da verdade.

É claro que ter o conhecimento da verdade não significava que as pessoas corrigidas mudariam de ideia e seguiriam ao que era verdadeiro. Elas poderiam até mesmo endurecer-se mais ainda. Paulo reconhece a liberdade humana ao longo de seus escritos. Ele é categórico em dizer que cada pessoa deve fazer suas próprias escolhas. O trabalho de Timóteo não era o de forçar as pessoas a fazer o que era certo. Timóteo não deveria fazer escolhas por outras pessoas. O trabalho de Timóteo como professor era apenas o de levar as pessoas ao conhecimento da verdade. Uma vez que elas conhecessem a verdade, elas poderiam decidir se desejavam mudar de ideia e crer na verdade, ou se recusar e continuar a crer em perspectivas falsas.

A palavra “arrependimento” na frase significa "mudar de ideia". Timóteo não deveria coagir a ninguém, mas ensinar e levar as pessoas ao conhecimento da verdade. Se elas chegariam ou não ao arrependimento, decidindo adotar uma perspectiva verdadeira, dependeria de Deus. Paulo desejava que Timóteo apresentasse a verdade com humildade, visando dar-lhes uma oportunidade para que Deus lhes concedesse arrependimento.

Isso mostra um paradoxo bíblico; é normal que qualquer verdade seja paradoxal, porque Deus é a verdade e Ele é, em nossa perspectiva finita e humana, paradoxal. Neste caso, Paulo deixa claro que cada um deveria escolher vir ou não a seus sentidos. Cada um deveria decidir isso. Ao mesmo tempo, ele ensina que é Deus quem concede o arrependimento. Deus é soberano sobre tudo e todas as coisas se curvam à Sua vontade. Porém, simultaneamente, os humanos têm uma escolha real e genuína. Isso é destacado por Salomão em Eclesiastes.

Salomão chama ao uso da razão e da experiência humanas para se resolver as verdades eternas de "hebel", ou seja, "vapor". A palavra pode ser traduzida como "vaidade", porque a tentativa de se agarrar a um punhado de névoa é algo inútil. Salomão nos ensina a ter fé em Deus, nosso Criador. As verdades paradoxais e fundamentais da realidade estão além da capacidade intelectual de compreensão humana; porém, podemos saber o que é verdade através da ajuda de Deus e da fé. Paulo tem a mesma atitude. Em Romanos 11:33-34 ele fala da "profundidade das riquezas tanto da sabedoria quanto do conhecimento de Deus" e diz que Seus caminhos são "insondáveis" e "inescrutáveis". Ao mesmo tempo, o apóstolo nos ensina que tais caminhos podem ser conhecidos, porque Deus pode revelá-los. A pergunta, portanto, é: "Vamos ouvir? Vamos crer na palavra da verdade ou nas palavras do mundo?"

No versículo 15 deste capítulo, Paulo dá a Timóteo a admoestação de ser alguém que "maneja bem a palavra da verdade". Isso era vital na missão do agente do "conhecimento da verdade" aos "que se opõem". Desta forma, eles poderiam ter a oportunidade de enxergar a verdade e tomar a decisão de mudar suas perspectivas.

O resultado da mudança de uma falsa perspectiva para uma perspectiva verdadeira é que escapamos das armadilhas do diabo, nas quais somos mantidos cativos para fazer sua vontade. O diabo pode manter a qualquer crente cativo de tal forma que ele faça a sua vontade e não a de Deus, levando-o a abraçar perspectivas falsas. Paulo apresenta inúmeros exemplos de perspectivas verdadeiras neste capítulo. Listamos alguns deles a seguir:

  • Uma perspectiva verdadeira é sofrer dificuldades como soldado de Jesus, engajando-nos em conflitos na promoção da verdade (com humildade), a fim de agradá-Lo é algo do nosso maior interesse (2 Timóteo 2:4).
    • Uma perspectiva oposta e falsa é que os crentes devem buscar e viver circunstâncias confortáveis e evitar conflitos.
  • Uma perspectiva verdadeira é que devemos, deliberadamente, disciplinar aos nossos corpos como atletas de elite, trabalhando diligentemente para promover e viver a verdade do Evangelho, a fim de alcançarmos o maior prêmio da vida (2 Timóteo 2:5).
    • Uma perspectiva oposta e falsa é que os crentes devem buscar e reter os confortos da vida e evitar esforços extenuantes para a promoção do que é verdadeiro através da forma como vivemos e falamos.
  • Uma perspectiva verdadeira é que devemos ser como bons agricultores que continuam a trabalhar até a colheita, a fim de receber sua recompensa.
    • Uma perspectiva oposta e falsa é que os crentes têm o direito inato de alcançar a recompensa; portanto, não são obrigados a se esforçar.

Cada uma dessas perspectivas nos leva a alcançar o maior prêmio da vida, que é o de reinarmos com Cristo. É para isso que fomos feitos, como descreve o Salmo 8. Assim, alcançar isso significa obter a realização mais maravilhosa da vida. Se optarmos por adotar uma falsa perspectiva, adotamos uma armadilha do diabo; ou seja, somos apanhados numa cilada. Não vamos conseguir fazer o que fomos criados para fazer. Somos mantidos cativos porque escolhemos ser moldados por uma perspectiva falsa. Como resultado, acabamos fazendo a vontade do diabo.

Satanás é mentiroso e assassino (João 8:44). Sua vontade é que acreditemos em suas mentiras, que nos levarão à morte. A morte significa separação. Satanás não pode quebrar a filiação dos crentes a seu Pai. Eles são filhos de Deus e nunca serão rejeitados por seu Pai Celestial; nada pode separar um filho de Deus do amor de Deus. Deus é a herança dos filhos, independentemente de suas ações (Romanos 8:39; Romanos 8:17a).

No entanto, ao nos enganar e nos levar a acreditar em perspectivas não verdadeiras, Satanás pode nos separar das nossas recompensas. Nosso interesse deve ser o de lutar como soldado pelo que é verdadeiro, em humildade e serviço, como "servos do Senhor". Paulo adotou uma mentalidade verdadeira e eterna.

Sabemos que Paulo teve vários encontros sobrenaturais que lhe permitiram conhecer um pouco do céu; ele não conhecia a verdade apenas pela fé. Ele teve um encontro pessoal com Cristo ressuscitado no caminho de Damasco (Atos 9). Porém, Paulo subiu ao céu e viu coisas sobre as quais não lhe foi permitido falar (2 Coríntios 12:1-4). Assim, pode ser que seu tom urgente a Timóteo fosse resultado do seu conhecimento sobre o resultado das nossas escolhas.

Parece óbvio assumir que, devido ao maior conhecimento adquirido por Paulo, sua responsabilidade seria maior. Porém, para aqueles de nós que não viram o que ele viu, mas cremos no que ele cria, pode haver uma recompensa ainda maior (João 20:29).

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