Êxodo 12 Comentário

Em preparação para a chegada da última praga, o SENHOR dá instruções explícitas a Moisés e Arão sobre como comemorarem sua libertação. Consistia em celebrar a Páscoa do SENHOR, quando Ele "passaria por cima" das casas com o sangue de um animal sacrificado pintado na moldura das portas, sem infligir a morte dos primogênitos naquela casa. Eles deveriam comer a refeição da Páscoa em família. Junto com isso, eles são instruídos a celebrar a Festa dos Pães Ázimos, depois de removerem todo o fermento de suas casas. Eles deveriam comer o pão ázimo por sete dias, começando e terminando com uma festa comunitária. As festas da Páscoa e dos Fermentos deveriam ser celebradas todos os anos a partir de então. Seriam uma forma de o povo se lembrar da libertação do Senhor. A Festa dos Pães Ázimos continua hoje na Igreja sob a forma da Ceia do Senhor, na qual os cristãos do Novo Testamento devem se lembrar de que Ele nos livrou do poder do pecado e da morte.

Os versículos 21-28 registram o que Moisés fez depois de receber a descrição do que o SENHOR estava prestes a fazer.

Os versículos 29-36 relatam a chegada da décima praga e suas consequências imediatas. Havia chegado a hora do julgamento (sobre o Egito) e da libertação (para Israel). O próprio SENHOR atravessou a terra do Egito à meia-noite e matou a todos os primogênitos, até mesmo o do Faraó. Faraó acorda, vê o que havia acontecido, chama a Moisés e Arão e lhes diz para deixarem o Egito com todas as suas famílias e rebanhos. Ele também pede a Moisés uma bênção final.

Os versículos 37-41 resumem a saída do Egito. O próprio versículo 37 é um ponto de virada no livro de Êxodo. Em vez de permanecerem em cativeiro no Egito, os israelitas estão, agora, começando sua jornada rumo à liberdade, para fora do Egito. Com eles vão vários outros povos étnicos escravizados, juntamente com um grande número de gado. Eles partiram tão rápido que só podiam fazer pão ázimo para comer. Os israelitas estavam no Egito havia 430 anos.

Os versículos 43-51 contêm mais detalhes sobre como e quem poderia celebrar a Páscoa. Provavelmente foi necessário adicionar essas regras porque muitos não-hebreus saíram do Egito junto com os israelitas. A principal regra nesta seção é que apenas aqueles que haviam sido circuncidados poderiam celebrar a Páscoa e ninguém que fosse incircunciso deveria comer a refeição da Páscoa. Isso significa que, se os não-hebreus quisessem celebrar a Páscoa, eles e todos os homens da família precisavam ser circuncidados primeiro. Isso incluiria servos e peregrinos.