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Significado de Êxodo 33:1-6

O Capítulo 33 começa com o SENHOR comandando Moisés a dizer ao povo para sair do Sinai e começar a jornada em direção à terra que Ele havia prometido. Ele os guiaria através de um anjo e garantiria vitórias na conquista da terra. Quando o povo ouve que o SENHOR não estaria com eles, eles entram em desespero e deixam de usar joias a partir daquele momento.

O pecado do povo já tinha sido tratado pela misericórdia de Deus e agora era hora de seguirem em frente. O SENHOR havia prometido a Moisés que os lideraria indiretamente através de Seu anjo (Êxodo 32:34) e eles precisavam continuar sua jornada. Então, o Senhor fala com Moises: Vá, saia desse lugar. A frase “vá, saia” significa literalmente “saia agora”, passando um senso de urgência e imediatismo. Eles não deveriam ficar mais tempo no Sinai, o lugar de seu pecado. O SENHOR dá esta ordem a Moisés e aos Israelitas, a quem Ele se referia como o povo a quem Moisés havia trazido da terra do Egito (Exodo 32:7).

Seu destino era o mesmo que antes - a terra que Eu prometi a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: “À tua posteridade, a darei.”

A Terra Prometida havia sido dada por Deus saem nenhuma pré-condição. Em Sua fidelidade, Deus garantiu a terra a Abraão como recompensa por saeu serviço fiel, já que Abraão havia feito o que Deus ordenado (Gênesis 12:1-3). A concessão havia sido feita na forma de promessa: os descendentes de Abraão herdariam a terra (15:7-20). Agora era hora dos descendentes de Abração e Isaque, o filho da promessa, possuir a terra, cumprindo a promessa de Deus a Abraão.

Apesar de o povo ter quebrado a aliança com Ele, em Sua misericórdia infinita, o SENHOR a restaura e agora dá à primeira geração a ser livre da escravidão a oportunidade de prosseguir adiante.

Apesar de o povo ter quebrado o pacto com Ele, em Sua infinita misericórdia, o SENHOR restabelece a aliança, permitindo-lhes a oportunidade de possuir a terra (Gênesis 15:18). Em Gênesis 15:16, Deus havia prometido que, na quarta geração, os descendentes de Abraão retornariam a Canaã após estarem em cativeiro por quatrocentos anos (Gênesis 15:13). Entretanto, Deus não especifica em Gênesis 15 que geração de fato possuiria a terra - apenas que Ele havia dado a terra aos descendentes de Abraão, desde o Nilo até o Eufrates (Gênesis 15:18). Nenhuma geração até aquele momento havia ocupado completamente a extensão da dádiva de Deus; portanto, isso ainda estava reservado para uma geração futura.

Haveria uma grande mudança na forma como o SENHOR liderava Israel. Ao invés de liderar aos israelitas pessoalmente, Ele enviaria um anjo. Esse anjo (ou "mensageiro") tinha um papel diferente daquele prometido em Êxodo 23:20-23. Ali, o anjo havia sido uma graciosa provisão de proteção ao povo. O anjo aqui ocupa o lugar da presença do SENHOR no meio do povo.

Conforme prometido em Êxodo 23:20-23, o Senhor novamente promete expulsar os cananeus, os amorreus, os heteus, os perizeus, os heveus e os jebuseus, os atuais habitantes da terra prometida de Canaã. Ele ainda desejava que Seu povo da aliança fosse para uma terra que jorrava leite e mel (v.3), significando que era uma terra fértil e produtiva, a qual seria uma alegria para se viver. Tudo isso seria possível porque o SENHOR graciosamente havia prometido isso aos israelitas. Ele garantiria que eles fossem bem-sucedidos em expulsar àqueles povos pagãos e exploradores, estabelecendo sua pátria com base na adoração ao Deus gracioso que lhes havia dado a terra (veja Levítico 18 para uma lista de comportamentos exploradores comuns em Canaã). Como veremos, no entanto, haverá um papel para o povo desempenhar antes de obter esta bênção prometida. O Senhor expulsaria aos atuais habitantes caso o povo obedecesse e lutasse pela terra, confiando que Deus lhes traria a libertação prometida.

O aspecto negativo disso é que o SENHOR diz a eles: Não subirei no meio deles (v. 3). O SENHOR iria com eles, mas não estaria em seu meio. O motivo para isso é que eles eram um povo obstinado (ou "de pescoço-duro") e estar no meio deles, diz o SENHOR, poderia Levá-lo a destruí-los (ou "consumi-los" ou "aniquilá-los") no caminho para a terra prometida. Esta declaração é um complemento à declaração que Deus fizera a Moisés de que desejava exterminar o povo como resposta à quebra o pacto ao adorarem ao bezerro de ouro e recomeçar com Moisés, criando uma nova geração que possuiria a terra prometida a Abraão (Êxodo 32:7-10). Deus estava deixando claro para o povo que eles estavam em uma situação delicada, mas que Ele seria misericordioso ao conceder-lhes uma espécie de ato de tolerância, ou seja, Seu anjo iria adiante deles.

Os israelitas ficaram tristes ao saber que o SENHOR não estaria mais entre eles: Quando o povo ouviu essa triste notícia de que o SENHOR não estaria mais no meio deles, o povo entrou em luto, e nenhum deles colocou seus adornos. Eles sabiam que haviam cometido um pecado horrível aos olhos do SENHOR e estavam sofrendo as consequências adversas devido às suas más escolhas. Parece ser um progresso, já que eles haviam começado a perceber que suas ações tiveram consequências. No entanto, como veremos, as lições que eles aprenderam não durariam muito tempo.

A razão para a distância de Deus era muito clara: Sois um povo obstinado (ou "de pescoço duro"). O povo era teimoso e faziam o que queriam (seguiam aos seus desejos) ao invés do que precisavam fazer - obedecer a Deus e confiar que Ele tinha o melhor para eles. Eles eram teimosos, como bois que se recusam a responder às direções do seu mestre. A situação era tão grave que o SENHOR declara: Se Eu fosse no meio de vocês por um momento, Eu os destruiria. Portanto, o fato de o SENHOR não estar no meio deles era um ato de graça, porque Ele havia concordado em não destruí-los. Deus, é claro, jamais perde a calma. Porém, Ele sempre manifesta Sua ira sobre a injustiça (Romanos 1:18-27). Deus estava comunicando que Seu povo estava em disciplina.

Este princípio pode ser encontrado por toda a Bíblia. Deus dá múltiplas oportunidades para as pessoas fazerem escolhas sábias. Porém, em algum momento, a janela de oportunidade se fecha e as pessoas recebem o julgamento. Era o caso dessa primeira geração, que perderia a oportunidade de entrar na terra, depois de terem testado a Deus "dez vezes" (Números 14:22). Os crentes do Novo Testamento também podem colher um destino semelhante em relação às recompensas por suas obras. Existe um pecado para a morte que pode encerrar qualquer oportunidade na terra (1 João 5:16; 11:30). Hebreus também deixa claro que um crente que conece a verdade pode chegar a um ponto de desobediência deliberada em que a oportunidade de se arrepender passa e suas obras serão queimadas, como madeira, feno e palha (Hebreus 6:4-7; 1 Coríntios 3:11-15).

Após o luto dos israelitas, o SENHOR, então, lhes ordena que removessem seus adornos, para que Eu possa saber o que fazer. Os adornos (jóias) haviam sido obtidos dos egípcios, quando Israel os saqueou antes de deixar o Egito (Êxodo 12:35-36). A ordem do SENHOR para que removessem suas jóias pode ter sido um teste para ver se eles estavam verdadeiramente arrependidos pelo que haviam feito, ou se se rebelariam mais uma vez e continuariam a usá-las. Era apropriado checar se Israel abandonaria a tais manifestações visíveis do Egito, o costume de usar adornos, considerando que sua desobediência foi expressa em termos de uma prática egípcia, ou seja, a adoração ao bezerro de ouro e a imoralidade sexual em sua festividade (Êxodo 32).

Desta vez, os filhos de Israel obedeceram ao SENHOR e se despiram de seus adornos, a partir do Monte Horebe. O Monte Horebe era outro nome para o Monte Sinai. A frase "a partir do Monte Horebe" implica que os israelitas nunca mais usaram esses adornos em seu caminho até a Terra Prometida. Pelo menos nesta ocasião, eles abandonaram de vez às práticas egípcias. Em breve, veremos que eles teriam a oportunidade de oferecer alguns desses adornos para fabricar o tabernáculo, ao contrário de suas ofertas para fazer o bezerro de ouro (Êxodo 32:3).

Para resumir, o SENHOR diz a Moisés para deixar o Monte Horebe (Sinai) e guiar o povo à Terra Prometida. Porém, a relação entre o SENHOR e os israelitas havia mudado. Ele não mais os lideraria diretamente e nem estaria no meio deles. Em vez disso, Ele manteria uma separação do povo obstinado, "de pescoço duro". O povo estava triste; eles perceberam sua perda e lamentaram, e fizeram como o Senhor ordenou, deixando de usar as joias egípcias.

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