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Significado de Lucas 16:10-12

Jesus continua Seu ensinamento sobre as finanças. Ele instrui a Seu discípulo sobre o princípio da fidelidade. Aquele que é fiel no pouco será fiel no muito. E aquele que é infiel no pouco é infiel no muito. Jesus conecta este princípio às oportunidades terrenas de sermos fiéis ou infiéis nas pequenas coisas agora, bem como às consequências para responsabilidades maiores concedidas ou negadas na vida futura. Jesus também lembra a Seus discípulos de que eles não podem servir a Deus e ao Dinheiro.

Este ensinamento não tem paralelo aparente nos relatos dos outros Evangelhos.

Depois de ensinar Seus discípulos a se tornarem mais astutos, usando a reciprocidade como forma de promover suas ambições eternas na Parábola do Mordomo Injusto, Jesus continua a ensiná-los sobre o verdadeiro valor do dinheiro.

Ele começa com um princípio paralelo, conhecido como o Princípio da Fidelidade.

O primeiro paralelo do princípio da fidelidade é positivo: Aquele que é fiel no pouco também será fiel no muito.

O segundo paralelo do Princípio da Fidelidade é negativo: Aquele que é infiel no pouco também será infiel no muito.

Ambos os paralelos do Princípio da Fidelidade destacam a importância das pequenas coisas da vida. A forma como vivemos os assuntos cotidianos e ordinários da vida terá um impacto direto e um efeito multiplicador nas responsabilidades que teremos ou não na vida futura. As coisas desta vida são muito pequenas quando comparadas às coisas maiores do Novo Céu e da Nova Terra.

Essas pequenas coisas demonstram a substância e a qualidade de nossa fé. As pequenas coisas importam para Jesus e Seu Reino. Coisas muito pequenas, como educar os filhos e passar tempo com eles (Mateus 19:14), buscar um copo de água fria para alguém em nome de Jesus (Mateus 10:42), orar em segredo (Mateus 6:6) ou sacrificial mente doar duas moedas (Lucas 21:1-4) são exemplos de pequenas ações dificilmente notadas pelos homens, mas que importam muito para Deus. Mesmo os menores atos de fé e amor e serviço a outros demonstram verdadeira grandeza, grandeza que será certamente recompensada.

A forma como vivemos os momentos aparentemente insignificantes de nossas vidas é de importância colossal. A razão para isso é porque não há momentos insignificantes. Todas as oportunidades, sejam grandes ou pequenas, importam para Jesus. Cada momento é sagrado. Jesus sabia que era importante para Seus discípulos terem esta perspectiva e não medir a tais oportunidades eternas de acordo com as avaliações míopes do mundo.

Quem é fiel no pouco tem esta perspectiva. Como o homem que vende alegremente tudo o que tem para comprar um campo com tesouros escondidos (Mateus 13:44), aquele que é fiel compreende o verdadeiro valor dos pequenos momentos. Ele percebe, com razão, que ser fiel neles vale o custo de todas as suas ambições terrenas.

Quem é infiel, no entanto, não tem essa perspectiva. Tal pessoa não consegue enxergar o tesouro escondido enterrado nos campos das coisas pequenas. Para os infiéis, sacrificar sua riqueza para atender a coisas muito pequenas é uma perda de tempo e uma oportunidade perdida no caminho de adquirir mais tesouros terrenos ou satisfazer a outros apetites. Os infiéis não entendem que o caminho para se ganhar a vida é tomar a nossa cruz diariamente e perder a nossa vida por amor a Cristo (Lucas 9:23-25),

"Porque a palavra da cruz é loucura para aqueles que estão perecendo, mas para nós que estamos sendo salvos é o poder de Deus" (1 Coríntios 1:18).

A lição proposta por Jesus, ao afirmar este Princípio de Fidelidade, era que a maneira como os crentes vivem esta vida pela fé (fielmente ou infielmente) importa muito para a autoridade que lhes será confiada na próxima vida (Apocalipse 3:21).

Deus criou pessoas para ter domínio e supervisionar o desenvolvimento de Sua boa criação (Gênesis 1:28; Salmos 8:5-6). Em Adão, quebramos a comunhão com Deus e fomos separados de nosso propósito (Gênesis 2:17; 3:17-24). Passamos a administrar mal a criação, explorando-a egoisticamente, bem como a outras pessoas, para satisfazer aos nossos apetites. Apesar de nossas conquistas tecnológicas, os resultados não nos trouxeram satisfação.

Tragicamente, nossos avanços humanos muitas vezes foram catastróficos e prejudiciais ao florescimento da humanidade. A história da humanidade é de guerra e escravização. Em nossas ambições de conquistar o mundo, muitas vezes, vendemos nossas almas e isso é algo esmagador para muitas vítimas. O salário do pecado realmente é a morte (Romanos 6:23a). A morte significa separação e a humanidade foi separada de seu projeto original de florescer em harmonia com Deus, uns com os outros e com a natureza.

Porém, Jesus veio para nos restaurar e recomissionar ao nosso propósito e destino originais. Um aspecto importante dessa renovação é governar com Ele no Novo Céu e na Nova Terra (Salmo 8; Mateus 19:281 Coríntios 6:3; 2 Timóteo 2:12; 2 Pedro 1:4; Apocalipse 3:21). A maneira como somos restaurados ao nosso destino divino é, primeiro, recebendo o Dom da Vida Eterna através da fé em Jesus como Filho de Deus (João 3:14-16) e depois herdando o Prêmio da Vida Eterna ao seguirmos fielmente a Jesus (Mateus 19:16-21; 2 Coríntios 5:7-10).

Tanto na parábola anterior quanto neste ensinamento, Jesus estava treinando Seus discípulos sobre como herdar o Prêmio, a recompensa da herança, a experiência da vida eterna (Colossenses 3:23).

Aquele que é fiel em uma coisa pequena será fiel também no muito; e aquele que é infiel em uma coisa pequena será infiel também no muito.

As responsabilidades que Deus nos dá para administrar nesta terra são muito pequenas se comparadas às responsabilidades muito maiores para as quais estamos predestinados no Novo Céu e na Nova Terra.

Se aprendermos a ser fiéis nas pequenas coisas da terra, provaremos ser dignos do destino glorioso que Deus nos reserva (Romanos 8:16-18; 2 Coríntios 4:17).

Considere o que o Mestre disse aos servos fiéis na parábola dos Talentos contada por Jesus:

"Bom trabalho, servo bom e fiel. Fostes fiel no pouco [coisas pequenas], Eu o colocarei no comando de muitas coisas [coisas maiores]; entra na alegria do teu senhor" (Mateus 25:21, 23).

Considere também como o senhor repreendeu ao escravo infiel e preguiçoso quando ele se mostrou indigno de Sua confiança na mesma parábola:

"Servo perverso e preguiçoso...tira o talento dele e dá para quem tem os dez talentos'. "Porque a todo aquele que tem, mais será dado, e terá abundância; mas daquele que não tem, até o que tem será tirado” (Mateus 25:26, 28-29).

Esta vida é a nossa única oportunidade de conhecer e seguir a Deus. É a nossa única chance de crescer e viver pela fé e, assim, mostrarmos que seremos fiéis no muito na vida futura.

Jesus reforça o Princípio da Fidelidade com duas perguntas retóricas.

Sua primeira pergunta retórica é: Portanto, se não fordes fiel no uso da riqueza injusta, quem lhe confiará as verdadeiras riquezas?

A resposta esperada para a primeira pergunta retórica de Jesus é: "Se você não for fiel no uso de riquezas injustas, ninguém (incluindo Deus) lhe confiará as verdadeiras riquezas".

A palavra “portanto” nos remete ao segundo paralelo (negativo) do Princípio da Fidelidade de Jesus: Aquele que é infiel no pouco também será infiel no muito. O termo “riqueza injusta” também remete à "Parábola do Mordomo Injusto" contada por Jesus (Lucas 16:1-9). A lição de Jesus aqui é que se não formos fiéis com as riquezas e recursos temporários com as coisas que Deus nos confia neste mundo, Ele não nos confiará as verdadeiras riquezas do Novo Céu e da Nova Terra. Essas verdadeiras e  grandes riquezas incluem reinar com Jesus e experimentar Sua alegria (Mateus 25:21, 23; Apocalipse 3:21).

A segunda pergunta retórica de Jesus é: Se não fordes fiel no uso do que é dos outros, quem lhe dará o que é seu?

A resposta esperada para a segunda pergunta retórica de Jesus é a mesma: Se a pessoa não for fiel no uso do que é dos outros, ninguém (incluindo Deus) lhe dará o que é seu. Deus é dono do mundo e de todas as coisas nele existentes (Salmo 24:1). Se não formos fiéis a essas coisas, Ele não aceitará nossa parceria nos domínios no Novo Céu e Nova Terra (2 Timóteo 2:12; 2 Pedro 1:4, 10-11). A expressão “Se não fordes fiel no uso do que é de outrem, quem lhe dará o que é seu?” também nos remete ao segundo paralelo (negativo) do Princípio da Fidelidade de Jesus: Aquele que é infiel no pouco também será infiel no muito.

Se os servos de Jesus desejam receber recompensas divinas e se associar a Deus para reinar com Ele no Novo Céu e na Nova Terra, eles devem viver fielmente e se esforçar por seguir a Seus mandamentos em todas as coisas, incluindo nas pequenas coisas cotidianas da vida (Colossenses 3:23). Seus servos pertencem a Ele. Todos passarão a eternidade com Ele. Porém, somente os que forem fiéis e viverem o Princípio da Fidelidade ganharão as maiores recompensas.

Aos que são fiéis nas pequenas coisas lhes será confiado muito; aos que não são fiéis , pouco se lhes será confiado.

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