Amós agora adverte aos mercadores e empresários israelitas quanto ao julgamento iminente de Deus, que resultaria em uma lamentação generalizada. As festas e as canções alegres de Israel seriam substituídas por luto e haveria tristeza, pranto e dor, como quando uma família chora pela perda de um filho.
Tendo descrito a falta de preocupação de Israel com os pobres (vv. 4-6), Amós adverte-os sobre o julgamento iminente de Deus. Este castigo é apresentado através um juramento do Senhor, que constitui a terceira instância do juramento de Deus no livro de Amós. Em 4:2, Deus havia jurado "por Sua santidade" trazer maldições sobre as mulheres de Samaria (Israel) que oprimiam aos pobres e esmagavam aos necessitados. Em Amós 6:8, Ele havia jurado por Si mesmo expressar como detestava (odiava) a arrogância de Jacó (Israel).
Neste capítulo, porém, o SENHOR não jura por Si mesmo ou por Seus atributos. Pelo contrário, Ele jura pelo orgulho de Jacó. O substantivo “Jacó” representa o reino do norte de Israel. Jacó era o nome original de Israel (Gênesis 32:28). Essa estrutura de juramento é irônica porque o SENHOR não jura por Sua própria autoridade e poder, mas pelo ato pecaminoso de orgulho ou arrogância que disse detestar anteriormente em Amós 6:8. Israel havia abandonado os mandamentos da aliança de Deus e substituído pelos seus, enquanto pedia a Deus que continuasse a abençoá-los. Eles haviam quebrado seu acordo com Deus e começaram a buscar manipulá-Lo através de ações de apaziguamento. Seu orgulho e arrogância os levavam a tal atitude. As ações pecaminosas de Jacó fizeram com que Deus jurasse trazer julgamento sobre eles.
O Deus Suserano (Governante) jura pelo orgulho dos israelitas que nunca se esqueceria de nenhum de seus feitos. Como um juiz justo e imparcial, e conforme estabelecido na aliança entre Israel e Deus, o SENHOR havia prometido abençoar Israel por suas ações justas e condená-los por seus erros. Portanto, os israelitas seriam julgados por suas ações pecaminosas.
O SENHOR, então, explica Seu curso de ação contra Israel em uma pergunta retórica, uma pergunta feita para trazer uma lição, não para se obter uma resposta. Ele diz: Por causa disso não irá tremer a terra e chorar todos os que nela habitam? A resposta implícita era "sim". A terra de Israel tremeria e seus habitantes chorariam com o ataque destrutivo do Senhor. Essa previsão lembra aos leitores da referência ao terremoto no primeiro versículo do livro (Amós 1:1), sugerindo que aquele desastre também era um sinal da ira de Deus.
A seguir, o SENHOR compara Seu julgamento sobre a terra de Israel como o rio Nilo no Egito, dizendo: De fato, todo ele se levantará como o Nilo, e será jogado e diminuirá como o Nilo do Egito. De agosto a outubro, havia um ciclo de inundação no rio Nilo, no Egito. Tal inundação anual era a base da riqueza agrícola no Egito porque a cobertura da terra pelas águas renovava, enriquecia e regava o solo. O julgamento de Deus inundaria Israel, assim como o rio Nilo inundava a terra no Egito durante as chuvas.
Ao continuar a descrever Seu julgamento, o SENHOR introduz a frase "será naquele dia" para lembrar aos israelitas do tempo em que Ele interviria nos assuntos dos homens para julgar sua iniquidade. Esse dia refere-se ao dia do julgamento. Ele confirma Sua autoridade como o único Deus verdadeiro com a frase: Declara o SENHOR. Ou seja, como a mensagem tinha uma origem divina, ela certamente aconteceria.
Tendo confirmado a autoridade de Sua mensagem, o SENHOR passa a dizer a Seu povo que usaria um eclipse solar para mudar o ciclo dia-noite: Farei o sol se pôr ao meio-dia e tornarei a terra escura em plena luz do dia. Tal imagem sinalizaria a morte e a devastação que estavam por vir. O eclipse seria considerado como um presságio de calamidade ou a ira do Deus verdadeiro e vivo, porque inverteria a ordem normal da criação de Deus.
Deus deixa isso claro ao declarar que transformaria as festas de Israel em luto e todas as suas canções em lamentação. As festas religiosas, que normalmente eram consideradas ocasiões alegres (Isaías 30:29), seriam substituídas por luto e lamentação, dor, pranto e tristeza.
Essas ocasiões de luto eram acompanhadas pelo ritual tradicional de se vestir panos de saco, uma peça de roupa áspera feita de pelo de cabra ou de camelo (Gênesis 37:34; 2 Samuel 3:31). O SENHOR diz: Colocarei pano de saco nos lombos de todos. O luto seria universal em todo Israel, pois os lombos de todos seriam cobertos com pano de saco. Lombos refere-se à área entre as costelas e a parte superior das coxas, a área onde a roupa cobria os genitais.
Além do pano de saco, haveria calvície em todas as cabeças. Todo israelita seria tocado pela dor e pela tristeza. O termo “calvície” refere-se ao raspar da testa para remover os cabelos na frente da cabeça. A raspagem da testa era uma prática pagã antiga comum aos que lamentavam a morte de um amigo ou membro da família. A crença geral era a de que as sombras dos mortos observavam àqueles que choravam, para terem certeza de que lamentavam o suficiente por ele (Deuteronômio 14:1). Embora proibida pela Lei Mosaica (Deuteronômio 14:1), a calvície, como sinal de luto, havia sido prevista pelos profetas de Deus em seu pronunciamento de julgamento, mostrando que esse luto pagão havia se tornado generalizado em Israel (Isaías 15:2; 22:12; Jeremias 47:5; Ezequiel 7:18).
O dia do julgamento de Deus traria tanta tristeza que o tornaria como um momento de luto por um filho único. O luto por um filho único é algo devastador e era considerado o incidente mais trágico que poderia acontecer a uma estrutura familiar. De acordo com o livro de Jeremias, este tipo de luto era "um luto muito amargo" (Jeremias 6:26; cf. Zacarias 12:10), talvez porque acabasse com toda esperança de futuro para a família, que não teria herdeiro para carregar seu nome. Era desta forma que Israel choraria no dia do julgamento de Deus: o fim dele seria como um dia muito amargo.
Amós 8:7-10 explicação
Tendo descrito a falta de preocupação de Israel com os pobres (vv. 4-6), Amós adverte-os sobre o julgamento iminente de Deus. Este castigo é apresentado através um juramento do Senhor, que constitui a terceira instância do juramento de Deus no livro de Amós. Em 4:2, Deus havia jurado "por Sua santidade" trazer maldições sobre as mulheres de Samaria (Israel) que oprimiam aos pobres e esmagavam aos necessitados. Em Amós 6:8, Ele havia jurado por Si mesmo expressar como detestava (odiava) a arrogância de Jacó (Israel).
Neste capítulo, porém, o SENHOR não jura por Si mesmo ou por Seus atributos. Pelo contrário, Ele jura pelo orgulho de Jacó. O substantivo “Jacó” representa o reino do norte de Israel. Jacó era o nome original de Israel (Gênesis 32:28). Essa estrutura de juramento é irônica porque o SENHOR não jura por Sua própria autoridade e poder, mas pelo ato pecaminoso de orgulho ou arrogância que disse detestar anteriormente em Amós 6:8. Israel havia abandonado os mandamentos da aliança de Deus e substituído pelos seus, enquanto pedia a Deus que continuasse a abençoá-los. Eles haviam quebrado seu acordo com Deus e começaram a buscar manipulá-Lo através de ações de apaziguamento. Seu orgulho e arrogância os levavam a tal atitude. As ações pecaminosas de Jacó fizeram com que Deus jurasse trazer julgamento sobre eles.
O Deus Suserano (Governante) jura pelo orgulho dos israelitas que nunca se esqueceria de nenhum de seus feitos. Como um juiz justo e imparcial, e conforme estabelecido na aliança entre Israel e Deus, o SENHOR havia prometido abençoar Israel por suas ações justas e condená-los por seus erros. Portanto, os israelitas seriam julgados por suas ações pecaminosas.
O SENHOR, então, explica Seu curso de ação contra Israel em uma pergunta retórica, uma pergunta feita para trazer uma lição, não para se obter uma resposta. Ele diz: Por causa disso não irá tremer a terra e chorar todos os que nela habitam? A resposta implícita era "sim". A terra de Israel tremeria e seus habitantes chorariam com o ataque destrutivo do Senhor. Essa previsão lembra aos leitores da referência ao terremoto no primeiro versículo do livro (Amós 1:1), sugerindo que aquele desastre também era um sinal da ira de Deus.
A seguir, o SENHOR compara Seu julgamento sobre a terra de Israel como o rio Nilo no Egito, dizendo: De fato, todo ele se levantará como o Nilo, e será jogado e diminuirá como o Nilo do Egito. De agosto a outubro, havia um ciclo de inundação no rio Nilo, no Egito. Tal inundação anual era a base da riqueza agrícola no Egito porque a cobertura da terra pelas águas renovava, enriquecia e regava o solo. O julgamento de Deus inundaria Israel, assim como o rio Nilo inundava a terra no Egito durante as chuvas.
Ao continuar a descrever Seu julgamento, o SENHOR introduz a frase "será naquele dia" para lembrar aos israelitas do tempo em que Ele interviria nos assuntos dos homens para julgar sua iniquidade. Esse dia refere-se ao dia do julgamento. Ele confirma Sua autoridade como o único Deus verdadeiro com a frase: Declara o SENHOR. Ou seja, como a mensagem tinha uma origem divina, ela certamente aconteceria.
Tendo confirmado a autoridade de Sua mensagem, o SENHOR passa a dizer a Seu povo que usaria um eclipse solar para mudar o ciclo dia-noite: Farei o sol se pôr ao meio-dia e tornarei a terra escura em plena luz do dia. Tal imagem sinalizaria a morte e a devastação que estavam por vir. O eclipse seria considerado como um presságio de calamidade ou a ira do Deus verdadeiro e vivo, porque inverteria a ordem normal da criação de Deus.
Deus deixa isso claro ao declarar que transformaria as festas de Israel em luto e todas as suas canções em lamentação. As festas religiosas, que normalmente eram consideradas ocasiões alegres (Isaías 30:29), seriam substituídas por luto e lamentação, dor, pranto e tristeza.
Essas ocasiões de luto eram acompanhadas pelo ritual tradicional de se vestir panos de saco, uma peça de roupa áspera feita de pelo de cabra ou de camelo (Gênesis 37:34; 2 Samuel 3:31). O SENHOR diz: Colocarei pano de saco nos lombos de todos. O luto seria universal em todo Israel, pois os lombos de todos seriam cobertos com pano de saco. Lombos refere-se à área entre as costelas e a parte superior das coxas, a área onde a roupa cobria os genitais.
Além do pano de saco, haveria calvície em todas as cabeças. Todo israelita seria tocado pela dor e pela tristeza. O termo “calvície” refere-se ao raspar da testa para remover os cabelos na frente da cabeça. A raspagem da testa era uma prática pagã antiga comum aos que lamentavam a morte de um amigo ou membro da família. A crença geral era a de que as sombras dos mortos observavam àqueles que choravam, para terem certeza de que lamentavam o suficiente por ele (Deuteronômio 14:1). Embora proibida pela Lei Mosaica (Deuteronômio 14:1), a calvície, como sinal de luto, havia sido prevista pelos profetas de Deus em seu pronunciamento de julgamento, mostrando que esse luto pagão havia se tornado generalizado em Israel (Isaías 15:2; 22:12; Jeremias 47:5; Ezequiel 7:18).
O dia do julgamento de Deus traria tanta tristeza que o tornaria como um momento de luto por um filho único. O luto por um filho único é algo devastador e era considerado o incidente mais trágico que poderia acontecer a uma estrutura familiar. De acordo com o livro de Jeremias, este tipo de luto era "um luto muito amargo" (Jeremias 6:26; cf. Zacarias 12:10), talvez porque acabasse com toda esperança de futuro para a família, que não teria herdeiro para carregar seu nome. Era desta forma que Israel choraria no dia do julgamento de Deus: o fim dele seria como um dia muito amargo.