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Significado de Provérbios 5:21-23

O Senhor observa as escolhas da humanidade. Quando escolhemos a maldade, ela se torna nossa própria prisão pessoal.

Na seção anterior, Salomão escreveu sobre os dois caminhos que se apresentam diante de nós. A primeira opção é o caminho da vida, representado pela "mulher da sua juventude", e a segunda é o caminho da destruição, representado pela "adúltera". Nestes versículos, Salomão nos diz como e por que esses caminhos acabam onde estão.

Primeiro, os caminhos do homem estão diante dos olhos de Jeová. Deus está observando as escolhas que fazemos. Os dois caminhos estão postos diante de nós, e nos é concedido o poder de escolher a qual iremos seguir. Deus não nos força em uma direção ou outra. Ele nos apresenta a vida, enquanto o inimigo nos apresenta a morte. Esses são os únicos dois caminhos dos quais podemos escolher. Deus observa todos os caminhos do homem. Ele observa. Como um pai amoroso, Ele está prestando atenção, influenciando, mas permitindo que a criança tome suas próprias decisões.

Outras escrituras indicam que não apenas Deus está observando tudo o que fazemos, mas Ele está avaliando o "porquê". O livro de Hebreus no Novo Testamento fala do olhar perspicaz de Deus, neste caso referindo-se aos olhos de Deus observando as ações de Seu povo:

“Pois a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e que penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e pronta para discernir as disposições e pensamentos do coração. Não há criatura que não seja manifesta diante dele, mas todas as coisas estão nuas e descobertas aos olhos daquele a quem havemos de dar contas.”

(Hebreus 4:11-13)

Além disso, parece que cada ação é registrada. No livro de Apocalipse, lemos o seguinte:

“Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; livros foram abertos, e foi aberto outro livro, que é o da vida; e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nesses livros segundo as suas obras.”

(Apocalipse 20:12)

Salomão continua a falar sobre o que o Senhor vê quando Ele contempla um homem ímpio que abraçou as tentações da adúltera e como esse homem será julgado. As suas próprias iniquidades prenderão o perverso. Seu pecado voltará contra ele como um bumerangue.

Isso parece ser a maneira típica como Deus julga o pecado - entregando aquele que o escolhe às suas consequências naturais. O Apóstolo Paulo nota isso explicitamente em Romanos 1:24 e 26 e 28, onde ele usa repetidamente a frase "os entregou" em três progressões de consequências adversas para o pecado. Deus entregou os pecadores à luxúria, depois às paixões degradantes, e finalmente a uma mente depravada. Ser consumido pela luxúria leva à dependência, que por sua vez leva a uma reconfiguração da forma como pensamos.

Na seção anterior (consulte nosso comentário sobre Provérbios 5:15-20), Salomão advertiu contra a entrega da própria vida às forças do mal. A ordem natural das coisas é que experimentemos as consequências de nossas escolhas. Se nos entregarmos às nossas iniquidades, elas nos capturarão. Nosso pecado se torna nosso grilhão. Salomão acrescenta, e pelas cordas do seu pecado, será detido. Escolher o caminho dos ímpios nos deixará emaranhados. Paulo observa esse princípio em Romanos, fazendo a pergunta aos crentes: "Tendo sido libertos da escravidão do pecado, por que vocês voltariam a ela? Vocês não querem ser livres?" (Paráfrase de Romanos 6:15-18).

Como uma cobra, as consequências do pecado eventualmente sufocam a vida de uma pessoa - ela morrerá por falta de instrução. Não é a maldade ou o pecado em si que está na raiz da destruição, mas a influência da sua iniquidade que apaga sua capacidade de receber instrução. Se nos entregarmos ao pecado, perdemos a capacidade de reconhecer como escapar. Isso pode explicar por que as recaídas são tão comuns em programas de reabilitação. Frequentemente usado em Provérbios como um sinônimo de sabedoria, a instrução é como alguém aprende, melhora e recebe orientação. O emaranhado do pecado torna mais difícil receber instrução, pois nubla nossa capacidade de reconhecer os benefícios dela.

Salomão encerra este capítulo com a declaração dolorosa - na grandeza de sua loucura, se perderá. O pecador se perde na floresta da iniquidade. Ele se desvia para um caminho que não é o melhor para ele e que não está alinhado com o verdadeiro propósito para o qual foi criado. Sua loucura torna-se tão grande que ele não consegue mais enxergar o caminho verdadeiro.

Lembre-se de que Deus está observando tudo isso. Ele está atento, com a tristeza de um pai, às escolhas pobres e aos enredos trágicos do pecado. Em tudo isso, Salomão enfatiza a capacidade dos seres humanos de fazerem suas próprias escolhas. É uma responsabilidade séria e empolgante, com consequências imensas para nós mesmos, tanto nesta vida quanto na próxima.

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